5.2.1. Projeto preliminar

O Projeto Preliminar é desenvolvido a partir do Plano Funcional e deve considerar os aspectos referentes à padronização, aos tipos de placas e aos critérios de seleção e ordenamento das mensagens. Nessa fase, são definidas todas as informações constantes nas placas como referenciais e direções, necessárias para que os usuários tenham acesso aos diferentes atrativos existentes no local, prevendo-se a pré-sinalização, a confirmação de saída e, quando indicado, a confirmação em frente, a placa de distância ou a placa diagramada.


5.2.1.1. Continuidade das mensagens

Um princípio básico a ser seguido refere-se ao da continuidade da informação, que repercute na credibilidade da sinalização por parte dos usuários. A preocupação em manter a continuidade das mensagens visa garantir a realização de todos os deslocamentos previstos pela sinalização e não induzir o usuário da via ao erro ou à dúvida, o que possibilitaria a ocorrência de acidentes.


A Sinalização de Orientação Turística, fundamentada na análise detalhada do local e na estratégia de sinalização, tem como premissa básica a sua formulação e implantação integral. Dessa forma, a continuidade das mensagens é garantida, uma vez que disso depende o correto entendimento por parte do usuário em todos os tipos de deslocamento. Pode ocorrer, no entanto, que devido a limitações financeiras, técnicas ou de outra natureza, a sinalização não possa ser implantada em uma só fase. Neste caso, o projeto deve ser elaborado integralmente, porém estruturado de forma a ser implantado em fases distintas, onde cada uma constitui a base para a seguinte, o que impede o risco de comprometimento da continuidade das informações.


Um cuidado a ser tomado quanto à distribuição da sinalização no sistema viário é a utilização otimizada da capacidade de circulação na rede existente, assim como a preservação do uso e ocupação do solo lindeiro às vias, evitando-se no primeiro caso o comprometimento do trânsito em pontos já saturados e, no segundo, a incompatibilidade da passagem do fluxo veicular com o uso dos imóveis adjacentes, por causar deterioração do entorno, principalmente quando ocorre a predominância do uso residencial, de áreas ambientais e de patrimônio cultural do local.


Deve-se também tomar cuidado quanto à distribuição da sinalização, de modo a evitar a obstrução visual de paisagens e monumentos sem, no entanto, deixar de garantir a legibilidade das informações para usuários de veículos motorizados e pedestres.

clique para ampliar

5.2.1.2. Compatibilização com o Programa de Orientação de Tráfego – POT Local
Muitos municípios, rodovias e estradas do país já dispõem de sinalização vertical de orientação contendo, ao menos, os principais destinos existentes. É recomendável, quando da implantação da Sinalização de Orientação Turística, a compatibilização entre ambas, de forma que as mensagens fornecidas sejam organizadas coerentemente, sem provocar conflitos ou dificultar o entendimento do usuário de veículo motorizado ou pedestre. É importante, nesta compatibilização, que os dois atendimentos sejam efetivados, ou seja, preservados os deslocamentos da população em geral, como já vinha ocorrendo, e proporcionados os deslocamentos aos turistas.


Outra possibilidade que essas duas sinalizações permitem é seu uso em conjunto, como já vem sendo aplicado em algumas cidades brasileiras. Neste caso, as mensagens destinadas aos deslocamentos da população e as mensagens dirigidas aos turistas são utilizadas numa mesma placa de sinalização. Dessa maneira, os espaços disponíveis são otimizados e a interferência visual, que o excesso de suportes e placas provoca no meio urbano, é minimizada, principalmente por se tratar de situações em que uma paisagem agradável é grande aliada para estimular a procura pelos atrativos turísticos existentes no local.


Sempre que possível, as duas sinalizações devem ser usadas em conjunto, especialmente quando se tratar de paisagens naturais e núcleos históricos. Em todos os casos, devem ser respeitadas as cores das placas definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro – CTB, direcionadas a usuários de veículos motorizados: para as mensagens referentes a atrativos turísticos, utiliza-se fundo marrom; para as informações relativas à orientação específica da localidade, o fundo da placa deve ser na cor verde; e para as placas de serviços, a cor azul. No entanto, nas situações em que o uso de placa diagramada é o mais indicado, essa regra não deve ser aplicada, uma vez que a utilização de fundo de cores diferenciadas compromete o entendimento das informações, por não permitir uma composição adequada dos elementos.


Quando um mesmo suporte abrigar placas de orientação de tráfego e de orientação de pedestre, esta última deve ser posicionada abaixo das informações de trânsito, de forma a facilitar a leitura aos dois tipos de usuários.


Exemplo de compatibilização seguindo padronização do POT Local

5.2.2. Detalhamento das placas
Com base na sinalização definida na fase anterior de Projeto Preliminar, é possível iniciar o detalhamento das placas. Cabe destacar que esse procedimento não é definitivo, uma vez que depende da locação da sinalização na via e dos ajustes necessários, quer pela falta de espaço para colocar determinada placa, quer pela própria configuração geométrica do local, que exige solução diferenciada da prevista originalmente.

5.2.2.1. Padronização

Elementos de Composição
As placas são compostas por elementos fixos e variáveis:


Orla Interna

Corresponde às linhas superior e inferior, que proporcionam o efeito de uma moldura para as informações contidas na placa. São constantes, independente do tamanho das demais informações existentes.


Orla Externa

Corresponde à borda externa, entre a orla interna e o limite da placa, tendo por finalidade destacar a orla interna. Tem largura constante em todos os tipos de placas.

Tarja

É a linha divisória que separa as mensagens com sentidos diferentes de destinos. A placa pode apresentar uma tarja para separar dois sentidos apenas, ou duas tarjas para separar três sentidos.

Seta

É o elemento que indica a direção a seguir para se chegar aos atrativos turísticos sinalizados. As dimensões são variáveis, em função do número de informações e da necessidade de sua visualização à distância.

Pictograma

Corresponde às ilustrações que sintetizam os tipos de atrativo turístico e de serviço auxiliar, cujo uso é recomendado para facilitar a identificação do destino, complementando a função do topônimo e melhorando o esquema de comunicação com o usuário. O pictograma deve ser de fácil identificação a distância, constituído por um símbolo na cor preta, sobre campo na forma quadrada de cor branca. Apresenta dimensão variável, conforme tipo de placa e sua visualização na via.


  ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


  Montanha

  TNA-01

  Montanhas, picos e áreas montanhosas



  Praia

  TNA-02

  Praias marítimas, lacustres e fluviais



  Ilha

  TNA-03

  Ilhas marítimas, lacustres e fluviais



  Rio, lago, lagoa

  TNA-04

  Rios, lagos ou lagoas



  Cachoeira

  TNA-05

  Cachoeiras e quedas d’àgua



  Patrimônio
  natural

  TNA-06

  Áreas naturais conservadas, públicas
  ou privadas, com visitação permitida
  e reconhecidas como de interesse de           preservação




  Gruta

  TNA-07

  Grutas e cavernas, com visitação
  permitida e reconhecidas como de
  interesse de preservação



  Turismo rural

  TNA-08

  Serviços de hospedagem, alimentação,
  lazer, compras e outros relacionados
  ao meio rural



  Estância
  hidromineral

  TNA-09

  Localidades ou empreendimentos
  situados junto a fontes de água mineral,
  com propriedades terapêuticas ou
  de revigoramento


  ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


  Arquitetura
  religiosa

  THC-01

  Igrejas, capelas, templos, catedrais,
  basílicas, sinagogas,mesquitas,
  santuários, conventos, seminários,
  mosteiros, reconhecidos como de
  interesse de preservação



  Arquitetura
  militar

  THC-02

  Quartéis, fortes e fortalezas, reconhecidos
  como de interesse de preservação



  Arquitetura
  histórica

  THC-03

  Edificações de valor histórico e artístico
  reconhecidas como de interesse de
  preservação



  Monumento

  THC-04

  Obeliscos, esculturas, estátuas, bustos,
  pórticos, chafarizes reconhecidos
  como de interesse de preservação



  Museu

  THC-05

  Locais que abrigam e conservam acervos
  históricos ou artísticos, abertos
  à visitação pública, voltados à
  pesquisa com o objetivo de promover
  estudos, educação e lazer



  Ruína

  THC-06

  Ruínas de valor histórico reconhecidas
  como de interesse de preservação




  Patrimônio
  cultural

  THC-07

  Conjunto de atrativos de interesse
  cultural abrangendo núcleos e centros
  históricos, rotas e circuitos culturais,
  reconhecidos como de interesse de
  preservação



  Sítio Arqueológico

  THC-08

  Lugar onde se localizam vestígios de
  atividade humana de culturas pretéritas
  que possa conter artefatos, estruturas
  e ecofatos em seu contexto original



  Farol

  THC-09

  Faróis de auxílio à navegação em
  atividade, ou não, reconhecidos como
  de interesse de preservação



  Centro de
  Cultura

  THC-10

  Casas de cultura, centros culturais,
  pinacotecas, cinematecas, arquivos
  e demais locais onde ocorram
  manifestações culturais



  Biblioteca

  THC-11

  Bibliotecas abertas ao público

 ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTE
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


 Esportes

  TAD-01

  Local para prática de esportes
  (uso genérico)



 Esportes
  eqüestres

  TAD-02

  Hípicas, hipódromos, jóqueis-clubes, haras



  Esportes
  automobilísticos

  TAD-03

  Autódromos, kartódromos e demais pistas
  de competição de veículos motorizados



  Esportes náuticos

  TAD-04

 Locais para prática de esqui aquático,
  jet-sky vela e windsurf



  Mergulho

  TAD-05

 Local para prática de mergulho



  Vôo livre

  TAD-06

  Plataforma para decolagem de vôo livre




  Surfe

  TAD-07

  Local para prática de surfe



  Canoagem

  TAD-08

  Local para prática de canoagem, remo
  e rafting



  Pesca submarina

  TAD-09

  Local para prática de pesca submarina



  Pesca esportiva

  TAD-10

  Local para prática de pesca esportiva



  Montanhismo

  TAD-11

  Local para prática de montanhismo



  Golfe

  TAD-12

  Campo de golfe



  Aeroclube

  TAD-13

  Local para uso de aeronaves particulares



  Marina

  TAD-14

  Marinas e ancoradouros



  Futebol

  TAD-15

  Estádios e outros locais para prática
  de futebol



  Ciclismo

  TAD-16

  Ciclovias de lazer e velódromos


 ÁREAS DE RECREAÇÃO
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


 Praça

  TAR-01

  Praças ou largos



 Barco de passeio

  TAR-02

  Local de partida de barcos de passeio



  Parque urbano

  TAR-03

  Parques urbanos com predominância
  de áreas verdes



  Represa

  TAR-04

 Represas e barragens



  Teleférico

  TAR-05

 Teleférico e bondes aéreos



  Mirante

  TAR-06

  Mirantes naturais ou construídos, locais
  com vista panorâmica de interesse turístico




  Parque de
  diversões

  TAR-07

  Parques de diversões e parques temáticos


 LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE TURÍSTICO
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


 Festas populares

  TIT-01

  Locais para realização de grandes
  festas típicas populares



  Teatro

  TIT-02

  Local para exibições teatrais,
  anfiteatros



  Convenções

  TIT-03

  Auditórios e Centros de
  Convenções



  Artesanato

  TIT-04

  Locais de produção e
  comercialização de artesanato



  Zoológico

  TIT-05

  Jardins zoológicos



  Planetário

  TIT-06

  Planetários e observatórios
  astronômicos




  Feira Típica

  TIT-07

  Feiras de produtos típicos



  Exposição agropecuária

  TIT-08

  Locais para realização de
  exposição agropecuária



  Rodeio

  TIT-09

  Locais para realização
  de rodeios



  Pavilhão de feiras
  e exposições

  TIT-10

  Locais para realização
  de feiras e exposições.


  SERVIÇOS DE TRANSPORTE
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


 Terminal rodoviário

  STR-01

  Terminais de passageiros de
  ônibus urbano, interurbano ou
  rodoviário



  Terminal ferroviário
  e metroviário

  STR-02

  Terminais e estações de trem
  e de metrô



  Aeroporto

  STR-03

  Aeroportos domésticos
  e internacionais



  Heliporto

  STR-04

  Locais de pouso ou manutenção
  de helicópteros



  Porto

  STR-05

  Portos marítimos e fluviais



  Transporte
  sobre água

  STR-06

  Balsa ou ferry-boat




  Terminal aquaviário

  STR-07

  Terminal de transporte aquático
  de passageiros



  Ponto de parada

  STR-08

  Ponto de parada de ônibus



 SERVIÇOS VARIADOS
  Identificação   Código   Utilização Pictogramas


  Área de
  estacionamento

  SVA-01

  Pátios públicos de estacionamento
  de veículos



  Informações turísticas

  SVA-02

  Local de informações a turistas



  Câmbio

  SVA-03

  Casas de câmbio



  Correio

  SVA-04

  Locais de prestação de
  serviços postais



  Rua 24 horas

  SVA-05

  Locais de concentração de comércio,
  serviço e lazer, com funcionamento
  24 horas



  Serviço telefônico

  SVA-06

  Locais com telefone para uso público




  Serviço mecânico

  SVA-07

  Locais que apresentam atendimento
  mecânico



  Borracharia

  SVA-08

  Locais que apresentam serviço
  de borracheiro



  Abastecimento

  SVA-09

  Existência de posto de
  abastecimento



  Pronto Socorro

  SVA-10

  Existência de pronto-socorro,
  hospital,ou casa de saúde



  Serviço sanitário

  SVA-11

  Locais equipados com sanitários
  públicos



  Restaurante

  SVA-12

  Existência de restaurante
  ou lanchonete



  Hotel

  SVA-13

  Locais com serviços hoteleiros




  Área de campismo

  SVA-14

  Existência de área destinada
  a camping



  Estacionamento de
  trailler

  SVA-15

  Existência de área para o
  estacionamento de trailler



Mensagem

Consiste nas informações que identificam os atrativos turísticos, segundo toponímia já definida, devendo ser grafada em uma única linha. Excepcionalmente para áreas urbanas, podem ser adotadas duas linhas de texto, quando o topônimo é muito extenso e sua abreviatura compromete o entendimento, mas somente para atrativos que sejam representados por pictograma próprio. Portanto, esse critério não deve ser utilizado para aqueles atrativos específicos, que não estão contemplados nas atividades previstas neste Guia.



Nas placas indicativas de distância, a mensagem também corresponde aos algarismos e às unidades métricas utilizadas. Tem dimensão variável de acordo com o tipo de placa, o tipo de via em que está sendo utilizada e, principalmente, com a velocidade regulamentada na via.


Assim, o detalhamento das placas compreende a definição das cores e dos tamanhos dos elementos de sinalização como o alfabeto, as setas e os pictogramas atendendo, principalmente, aos critérios de:
• legibilidade da mensagem, conforme a velocidade regulamentada na via, relacionada ao tempo de reação dos condutores e, ainda, ao tipo de via em que se pretende implantar a sinalização, ou seja, área urbana ou rural;
• visibilidade, de acordo com a configuração geométrica do local e o contraste com o entorno;
• tamanho das mensagens, definida a partir da toponímia adotada;
• espaço disponível na via para a placa;
• uniformidade visual;
• padronização e facilidade para a confecção e manutenção das placas.


As tarjas, orlas, setas e padrão de alfabeto podem ser adaptados quando em locais que já contam com sinalização existente e, caso seja indicada a compatibilização com o POT Local.


Cores e Formas
As placas que constituem a sinalização de orientação turística para usuários de veículos motorizados são compostas por alguns elementos que apresentam cor e forma definidas. O fundo das placas, área que mais se destaca nesse tipo de sinalização, está associado à cor marrom, já amplamente utilizada em outros países e por isso de conhecimento internacional, facilitando assim a compreensão e identificação dos atrativos por grande parte dos usuários.


Na maioria dos casos, para cada atrativo existente, há um pictograma correspondente cuja finalidade é, juntamente com a legenda, contribuir para maior entendimento da mensagem, sendo para tanto, destacado do fundo da placa por meio da cor branca e figura na cor preta. Quando ocorrer a necessidade de sinalizar um atrativo para o qual não exista pictograma definido neste Guia, sua identificação se faz somente por meio do respectivo topônimo.


As placas podem se apresentar na forma quadrada e retangular, com o lado maior na horizontal. A forma quadrada deve ser utilizada unicamente para as placas de identificação de atrativos turísticos que apresentam pictograma próprio, enquanto a forma retangular deve ser aplicada às placas indicativas de sentido e de distância e, ainda, às placas de identificação cujo atrativo não é representado por pictograma. Independente do tipo de placa, o pictograma deve ser sempre utilizado na forma quadrada.


Opcionalmente, as placas podem ter seus cantos ligeiramente arredondados a fim de afastar o risco de acidentes causados pelas arestas pontiagudas, especialmente quando moldadas em chapas metálicas.




* nos casos excepcionais em que o atrativo turístico não é representado por pictograma específico, esta placa deve ser retangular, com o lado maior na horizontal.


Dimensões


As placas de sinalização de orientação de atrativos turísticos não apresentam dimensões fixas. Cada placa tem seu dimensionamento próprio, em função do tipo, do número de informações e do maior topônimo nela contido, assim como dos demais elementos que a compõem, tais como setas, orlas, tarjas, pictogramas etc. As tarjas e orlas, independente do tipo de placa e de sua localização na via, se mantêm constantes em todos os casos.


As mensagens das placas e respectivos elementos devem ser visualizados claramente, independente das características das vias e das velocidades nelas regulamentadas. A partir dessa premissa, são definidas alturas e tamanhos mínimos para os componentes da Sinalização de Orientação Turística, objetivando garantir sua legibilidade pelos usuários da via, de acordo com as velocidades estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB, para as vias urbanas e rurais. Esse dimensionamento está apresentado no item 5.2.2.4 deste capítulo.


Reflexão e Iluminação

A Sinalização de Orientação Turística pode se apresentar na forma de placas iluminadas, luminosas, retro-refletivas, impressas não-refletivas ou pintadas.





A escolha do material empregado deve ser feita segundo critérios de visualização da sinalização e da distância de legibilidade necessárias à segurança do trânsito. Recomenda-se que as placas sejam retro-refletivas, iluminadas ou luminosas, nas vias rurais ou urbanas não dotadas de rede de iluminação pública, ou com iluminação deficiente e ainda nas situações em que houver poluição visual.


Outros materiais podem ser utilizados, desde que possuam propriedades físicas e químicas que mantenham as características aqui determinadas de forma, cor e dimensões, durante todo o seu período de uso, em quaisquer condições climáticas, de dia ou de noite, inclusive após limpeza ou utilização de outros processos de manutenção.


No caso de películas, recomenda-se a utilização de materiais conforme já determinado em normas técnicas específicas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT.


Materiais das Placas

Materiais como metais ferrosos e não-ferrosos tratados, plásticos reforçados com fibra de vidro e compensados de madeira com resina impermeabilizadora são utilizados em placas de sinalização.


A escolha do material empregado deve respeitar os seguintes critérios:


•  adequação às normas da ABNT;
•  durabilidade e compatibilidade entre os materiais da placa e o da película ou pintura;
•  condições climáticas e atmosféricas.



Outros materiais existentes ou surgidos a partir de desenvolvimento tecnológico podem ser utilizados, desde que possuam propriedades físicas e químicas que garantam sua rigidez e forma em quaisquer condições climáticas, de dia ou de noite, inclusive após manutenção.


Fixação e Suportes

Os suportes devem ser fixados de modo a manter, rigidamente, as placas em sua posição permanente e apropriada, evitando que balancem com o vento e sejam giradas ou deslocadas. Para a fixação da placa ao seu suporte, devem ser usados elementos não-corrosíveis, a fim de evitar a queda da placa. Recomenda-se também que seja utilizado processo de galvanização a quente.


Os materiais dos suportes podem ser: metal, concreto ou madeira, de preferência protegida e tratada contra o apodrecimento. Outros materiais existentes ou surgidos a partir de desenvolvimento tecnológico podem ser utilizados, desde que possuam propriedades físicas e químicas que garantam sua rigidez e forma em quaisquer condições climáticas, de dia ou de noite, inclusive após manutenção.


Nas placas colocadas nas laterais ou sobre a via, recomenda-se a utilização de suporte próprio de fixação, tais como: coluna simples, coluna dupla, braço projetado, bandeira simples, bandeira dupla, semipórtico simples, semipórtico duplo, cordoalha ou pórtico.





Quando possível e observada a altura destinada à passagem dos veículos, a estrutura de viadutos e pontes pode ser utilizada como suporte de sinais. Em todos esses casos, entretanto, a localização correta das placas de sinalização de orientação deve ser respeitada.


É recomendável que os suportes possuam cores neutras e formas que não causem dificuldade de interpretação das mensagens. Não devem constituir obstáculos à segurança de veículos e pedestres. Nos casos em que exista risco potencial, que não possa ser sanado, os obstáculos devem ser protegidos.


As placas colocadas em áreas divisoras de pistas, com fluxos divergentes, devem estar apoiadas em suportes colapsíveis, ou seja, de material deformável, adequado para absorver a energia do choque. Caso se utilizem suportes de fixação muito rígidos, deve-se guarnecer o local com defensas ou barreiras, a fim de proteger os usuários na eventual colisão.


Manutenção e Conservação

Placas de sinalização, sem conservação ou com conservação precária, perdem sua eficiência como dispositivos de controle de tráfego. Placas de sinalização danificadas, sujas ou deformadas são ineficientes e formam imagem de descrédito da entidade responsável. Assim, todas as placas de sinalização devem ser mantidas na posição apropriada, sempre limpas e legíveis. As placas e os suportes danificados devem ser reparados ou substituídos sem demora.


Cuidados especiais devem ser tomados pela autoridade de trânsito local para assegurar que vegetação, mobiliário urbano, placas publicitárias e materiais de construção não prejudiquem a visualização da sinalização, mesmo que temporariamente.


No caso de placas de sinalização iluminadas ou luminosas, deve-se manter uma programação regular de substituição das lâmpadas, de forma que sejam renovadas antes que atinjam o limite da vida útil prevista.


5.2.2.2. Tipos de placas

A Sinalização de Orientação Turística é composta por três tipos de placas: de identificação de atrativo turístico, indicativas de sentido e indicativas de distância. As placas indicativas de sentido apresentam configurações diferenciadas em função das direções a serem informadas e do atendimento às necessidades de cada local com relação à visualização, legibilidade, entendimento etc.


Placa de Identificação de Atrativo Turístico

Corresponde à placa que tem por finalidade indicar aos usuários de veículos motorizados a localização do destino procurado, compreendendo a identificação do local por meio de seu nome e do respectivo pictograma. Pode ocorrer que determinado atrativo não seja representado por pictograma específico sendo, neste caso, adotado somente o topônimo grafado em uma ou duas linhas de texto.


É colocada nos passeios públicos, em geral em frente ao atrativo turístico e voltada para o trânsito de veículos. Sua colocação depende da existência, ou não, de identificação própria do local. Pode ser suprimida caso haja algum tipo de informação mais eficiente para os condutores, ou outra forma que destaque visualmente o atrativo turístico, eliminando assim a necessidade dessa placa de identificação.



Placas Indicativas de Sentido (Direção)

Para garantir a orientação aos destinos pretendidos são utilizados, basicamente, quatro tipos de placas com setas direcionais: •  na aproximação de uma interseção é aplicada a pré-sinalização;
•  ainda na aproximação de uma interseção é utilizada a confirmação de saída, constituindo a segunda etapa de informação;
•  uma terceira refere-se à confirmação em frente que, de acordo com as características do local, é necessária para identificar os atrativos turísticos que estão posicionados na diretriz da via sinalizada;
•  o quarto tipo de placa, que corresponde ao posicionamento na pista, é utilizada em situações específicas.


Pré-Sinalização

É utilizada em aproximação de interseção, onde há fluxo de saída em função da existência de atrativos turísticos à esquerda ou à direita. Seu objetivo é informar antecipadamente as opções de destino à frente, evitando enganos e movimentos conflitantes no ponto de decisão, bem como ordenar o uso de faixas de trânsito. Conforme a necessidade de cada local, essa sinalização é repetida em um ou mais pontos, de acordo com as características físicas da via, do tipo de ambiência do entorno, da velocidade praticada, do tipo de veículo, entre outros.


Dependendo do número de mensagens a ser utilizado, a pré-sinalização pode conter as informações correspondentes aos movimentos de saída ou aos movimentos em frente. No caso de ocorrer um número maior de mensagens relativas aos fluxos de saída, a pré-sinalização deve então conter somente tais informações.



Confirmação de Saída

A confirmação de saída tem a finalidade de identificar, no ponto de decisão da interseção, a mudança de direção a ser efetuada para alcançar os atrativos desejados. Nesse local são fornecidas apenas as informações que implicam a respectiva mudança.


Em algumas situações, esse esquema de sinalização pode ser alterado por não haver disponibilidade de espaço para a colocação das duas placas, ou seja, pré-sinalização e confirmação de saída. São exemplos: vias com guias rebaixadas contínuas, muito arborizadas, com outras interferências visuais tipo marquises; e vias locais que apresentam baixa velocidade dos veículos e, principalmente, situações nas quais a sinalização interfira negativamente em monumentos tombados, sendo então utilizada apenas a placa de pré-sinalização, posicionada mais próxima da interseção.



Confirmação em Frente

Pode ser utilizada em duas situações distintas: na aproximação de uma interseção e ao longo de um trajeto até ser atingido o local de interesse.


Em uma aproximação de interseção, onde há necessidade de orientar separadamente na pré-sinalização os movimentos de saída e de sentido em frente, esse tipo de placa é utilizado com o objetivo de garantir, caso sejam muitas mensagens, maior legibilidade das informações e/ou melhor posicionamento dos veículos nas faixas de trânsito.


Outra situação em que se aplica tal placa é quando há necessidade de proporcionar ao usuário, no caso de atrativos distantes do ponto onde foi iniciada a sinalização, a repetição a espaços regulares ao longo da via, da confirmação de que deve seguir em frente para alcançar os atrativos turísticos discriminados. Dessa forma, evita-se gerar dúvidas quanto ao caminho a ser seguido, principalmente onde a complexidade do local compromete seu entendimento.



Posicionamento na Pista

É utilizada para distribuir o fluxo de veículos nas faixas de tráfego, em locais com indicação para que os condutores mantenham seus veículos posicionados corretamente na faixa de rolamento. Assim, são reduzidos os riscos de acidentes em decorrência de manobras inesperadas para acesso aos atrativos turísticos e diminuídas as possibilidades de comprometimento do desempenho do tráfego. Para atender a esse objetivo, a placa deve sempre estar suspensa ou projetada sobre as vias, sendo para tanto utilizados os suportes tipo pórtico, semipórtico ou cordoalha.


As setas são colocadas na posição vertical, apontadas para baixo e posicionadas no meio da placa, com cuidado para que o posicionamento coincida com o eixo da faixa de tráfego que se quer orientar.


Placa Diagramada

Permite a representação da configuração física do local, indicando a forma como o movimento deve ser executado. É utilizada em locais específicos, onde a aplicação da sinalização usual não proporciona ao usuário o total esclarecimento quanto ao ponto de saída para determinado atrativo turístico.


Pode estar contemplando somente o movimento de saída ou estar conjugada com o movimento em frente, dependendo, portanto, da existência de referenciais à frente, de disponibilidade de espaço na placa, do número máximo de informações e da complexidade da configuração a ser representada.


Assim como as demais, a placa diagramada também contribui para que os condutores mantenham seus veículos posicionados corretamente na faixa de rolamento, de forma a evitar manobras inesperadas próximas às interseções e reduzindo riscos potenciais de acidentes.



Placa Indicativa de Distância

Corresponde à placa que indica as distâncias até aos diversos atrativos turísticos situados na diretriz da via sinalizada. Tem como função confirmar o trajeto dos fluxos de passagem, principalmente quando são acrescentados, a essa via, novos fluxos veiculares oriundos de outras vias.


As distâncias podem estar discriminadas em quilômetros, caso mais indicado para situações que se apresentarem em área rural, ou em metros, para os casos de sítios específicos e áreas urbanas.


Os nomes dos atrativos devem ser apresentados na placa, do alto para baixo, em ordem crescente das distâncias.



5.2.2.3. Critérios de diagramação

Uma forma de garantir a legibilidade e uniformidade das informações, constantes de uma placa de orientação, é por meio do estabelecimento de critérios quanto à disposição de seus elementos. Dessa maneira, obtém-se uma melhor leitura por parte do usuário e, conseqüentemente, o acesso aos destinos desejados. Esses critérios estão baseados na composição visual da placa e no alinhamento das informações, conforme as dimensões da maior mensagem.


Composição Visual

Cinco aspectos importantes estão relacionados à legibilidade das mensagens nas placas de sinalização:


O número de informações constantes nos diferentes tipos de placas é o primeiro aspecto a ser avaliado. São estabelecidos os limites máximos, conforme o tipo de placa e a grafia do topônimo, considerando a velocidade do veículo e a capacidade dos condutores para ler e apreender as mensagens:


•  Placa Indicativa de Sentido – pode ser utilizado o máximo de quatro linhas numa mesma placa. No entanto, nos casos de indicação de um mesmo sentido de direção, o total de linhas não pode ser superior a três. Admite-se duas exceções para um mesmo sentido, cuja composição final resulte em quatro linhas de texto: quando ocorre o uso simultâneo de dois topônimos grafados em duas linhas, ou o uso de dois topônimos grafados em uma linha, combinado com um topônimo em duas linhas.




•  Placa de Posicionamento na Pista – o limite máximo é a utilização de duas linhas de mensagem: dois topônimos grafados em uma linha ou apenas um topônimo grafado em duas linhas de texto.


•  Placa Diagramada – pode ter o número máximo de quatro linhas de informações, sendo possível, para um mesmo sentido, somente três linhas. Em áreas urbanas, onde, excepcionalmente, o topônimo pode ser grafado em duas linhas, são mantidas as mesmas regras da placa indicativa de sentido.


•  Placa Indicativa de Distância – o número máximo é de três linhas de informações em cada placa. Como esse tipo de placa é usualmente aplicado em área rural, as mensagens devem ser grafadas em apenas uma linha.


A seqüência de informações é o segundo aspecto importante e diz respeito à ordem em que as mensagens são apresentadas tanto numa única placa quanto nas demais ao longo da via sinalizada. Na definição das informações a serem incluídas numa placa, é mantida a ordem de saída das localidades. Primeiramente, é apresentada a mensagem correspondente ao referencial mais próximo, depois aos intermediários e por último ao referencial de ponta, ou seja, mais distante. Quando ocorre mais de uma saída num mesmo ponto, é obedecida a ordem de colocação das setas.


clique para ampliar



clique para ampliar



No caso de haver necessidade de desmembramento da placa, a seqüência das informações também deve observar a lógica de saída, procurando-se agrupar, quando possível, os referenciais de um mesmo nível numa única placa. A preocupação em manter uma seqüência coerente de informações objetiva fazer com que o usuário, ainda que não tenha conhecimento da regra aplicada, seja induzido a assimilar as informações prestadas com mais facilidade e rapidez.


A percepção, pelo usuário, das mensagens e do conjunto de informações que compõem as placas de sinalização, é fundamental para se alcançar os objetivos propostos. Para tanto, os topônimos devem ser adequados, de forma que não comprometam sua compreensão. Cabe destacar que os projetos a serem desenvolvidos devem ter toda toponímia avaliada com relação aos tamanhos das mensagens, de modo que as abreviações, quando utilizadas, sejam mantidas como regra geral em toda a sinalização. Nesses casos, são aplicadas regras gramaticais da língua portuguesa e ajustados alguns nomes conforme identificação popular. Os critérios de abreviação constituem o Anexo 2 no final deste documento. Posteriormente, são definidos os critérios de colocação do conjunto de informações que compreendem as mensagens, as setas direcionais, os pictogramas, as tarjas que separam mensagens com sentidos diferentes, e as orlas superior e inferior. Toda a composição deve ser estudada de forma a garantir a percepção por parte do usuário, evitando-se ao máximo que estes venham a ter dúvidas quanto à informação procurada.


A visualização das mensagens e das placas é outra preocupação a ser mantida para garantir a legibilidade. Para o correto entendimento das mensagens, são considerados: o tipo de alfabeto a ser utilizado; as alturas de letra de acordo com o tipo de via e da velocidade dos veículos que nela trafegam; os espaçamentos entre letras, entre palavras, entre letras e setas, entre letras e pictogramas, entre seta e pictograma e entre linhas; e a diagramação de cada placa, procurando-se melhor legibilidade em função da combinação de seus diferentes componentes (setas, pictogramas, textos, tarjas e orlas). É também necessária a definição do critério de colocação da sinalização de orientação na via, conforme o tipo de placa a ser implantado, ou seja, pré-sinalização, confirmação de saída, confirmação em frente, posicionamento, de distância e identificação. Nesse sentido, deve-se procurar evitar dúvidas para o usuário no seu deslocamento, posicionando as placas em locais adequados e livres de interferências visuais.


A distribuição dos elementos deve seguir um padrão predefinido para garantir, além da legibilidade, uma uniformização da sinalização, de forma a tornar mais fácil a assimilação por parte do usuário, uma vez que os seus diversos componentes se apresentam organizados e posicionados, sempre obedecendo uma mesma regra. Essa padronização torna a leitura e o entendimento mais rápidos, favorecendo a realização dos deslocamentos com segurança.


A composição visual de cada um dos tipos de placas existentes é definida considerando os aspectos relacionados à legibilidade das mensagens nas placas de sinalização, e procurando garantir a melhor leitura por parte do usuário para, conseqüentemente, ter acesso aos destinos desejados.


Placas de Identificação de Atrativo Turístico

As placas de identificação de atrativo turístico devem apresentar a forma quadrada (1,0m x 1,0m) e conter o pictograma referente ao atrativo turístico colocado acima da mensagem. Podem ocorrer situações em que o atrativo sinalizado não é representado por um pictograma próprio, sendo então colocada apenas sua identificação por texto, conforme toponímia adotada para as demais placas indicativas utilizadas e apresentando, por esse motivo, a forma retangular (0,5m x 1,0m) com o lado maior na horizontal.






Placas Indicativas de Sentido (Direção)

A organização básica das mensagens consiste no seu agrupamento de acordo com o sentido a ser indicado, separando os campos visuais por tarja horizontal entre os diferentes sentidos.


A diagramação das placas é definida de modo que as mensagens e as setas sejam posicionadas em uma ordem adequada à indicação dos locais sinalizados. Assim, as mensagens devem ser apresentadas obedecendo à seqüência dos sentidos a serem indicados.





A seta de sentido em frente, quando utilizada em conjunto com mensagens referentes a outras direções, deve ser posicionada no lado oposto ao da seta imediatamente anterior. Quando as informações se referem somente ao sentido em frente, a seta deve estar posicionada do lado esquerdo da mensagem.





Cabe destacar que nas placas indicativas de sentido,o pictograma é sempre posicionado entre a seta e a mensagem referente ao atrativo turístico indicado, admitidas as exceções previstas para as placas de posicionamento na pista e para as diagramadas.









Nas placas de posicionamento na pista, a seta é mantida sempre abaixo das mensagens e centralizada a partir do eixo vertical da placa. O pictograma, seguido do respectivo topônimo, é alinhado à esquerda da placa , podendo, no caso de apenas uma informação, estar posicionado acima do topônimo, principalmente se este é muito extenso.





As placas diagramadas não possibilitam a definição de uma composição visual fixa, uma vez que dependem da configuração física do local a ser sinalizado. Para elaborar o desenho de uma placa diagramada, são recomendados os seguintes procedimentos:


•  desenhar a situação física existente;

•  simplificar o desenho obtido até que haja espaço na placa para a inscrição horizontal dos textos;

•  reduzir ao máximo a área da placa, eliminando espaços desnecessários, sem prejudicar a compreensão da informação;

•  colocar no máximo quatro informações em placa destinada a áreas rurais, sendo que para um único sentido o número maior de informações é três;

•  seguir, em áreas urbanas, os mesmos critérios estabelecidos para áreas rurais, desde que os topônimos sejam grafados em apenas uma linha. Para as placas colocadas em área urbana e que contenham topônimos identificados em duas linhas, devem ser observados os limites máximos por placa e por sentido, de acordo com o número de linhas;

•  utilizar como seta básica a do tipo S-3, conforme apresentado no item 5.2.2.4 , com prolongamento correspondendo à maior largura da base da seta;

•  situar o esquema de movimentos à direita ou à esquerda da placa, variando conforme a configuração do local;

•  indicar, a critério, somente os movimentos sinalizados, ou ainda a representação da geometria do local, por meio da utilização de hachura nas áreas que correspondem a passeios, quadras ou canteiros divisores;

•  colocar o pictograma, quando utilizado, entre a seta e o texto, atentando-se para o fato de que em casos excepcionais ele pode ser aplicado acima do texto, desde que o topônimo seja extenso e naquele sentido seja indicada somente uma linha de informação.





Placas Indicativas de Distância

As placas indicativas de distância devem conter o pictograma posicionado à esquerda da mensagem e as respectivas distâncias colocadas à direita. Pode ocorrer que um determinado atrativo turístico não seja identificado por pictograma. Nesse caso, deve constar da placa somente o topônimo e a distância até o atrativo.



Alinhamento

Manter o alinhamento das informações, conforme regras preestabelecidas, é um procedimento a ser adotado em todos os tipos de placas, pois juntamente com a distribuição padronizada dos elementos na placa, proporciona ao usuário uma leitura mais rápida e correta das informações, garantindo, por sua vez, a eficácia da sinalização implantada.


Com exceção das placas de identificação de atrativo turístico, das placas de posicionamento na pista que apresentem apenas uma mensagem, e daquelas que contêm os topônimos grafados em duas linhas, todas as demais devem ter o eixo do texto alinhado com o eixo do pictograma, independente do número de informações. Para as placas que apresentam topônimos identificados em duas linhas de texto, o alinhamento ocorre pelo eixo do pictograma e pelo eixo do espaçamento vertical entre as linhas de texto.



Placas de Identificação de Atrativo Turístico

O pictograma e a linha referente à mensagem que identifica o atrativo turístico são alinhados ao eixo vertical da placa. Pelo fato dessas placas terem tamanho preestabelecido, pode ocorrer que uma única linha não seja suficiente para indicar o topônimo. Nesse caso, pode ser adotado o texto em duas linhas, também alinhadas ao eixo vertical da placa.





Nos casos excepcionais, em que o atrativo turístico não é representado em forma de pictograma, por ser muito específico ou por não ter sido contemplado nas atividades previstas neste Guia, utiliza-se somente a mensagem referente ao topônimo, centralizada vertical e horizontalmente na placa, mesmo se esta estiver grafada em duas linhas.






Placas Indicativas de Sentido (Direção)

Para permitir que a leitura da placa seja rápida e fácil, é recomendado o alinhamento das mensagens de acordo com as seguintes regras:


•  Quando existir duas ou três informações para uma única direção, estas devem ser alinhadas à esquerda, se a seta estiver posicionada à esquerda, e à direita, se a seta estiver posicionada à direita.




•  Quando existir duas ou mais informações, com setas posicionadas de lados opostos, o alinhamento é definido pela maior mensagem.




•  O início da maior mensagem define o alinhamento das setas posicionadas à esquerda da placa. O fim da maior mensagem define o alinhamento das setas posicionadas à direita da placa.






•  Caso existam duas informações e duas direções com setas posicionadas no mesmo lado da placa, as mensagens são alinhadas pelo lado de colocação das setas.




•  O pictograma deve ser posicionado entre a mensagem e a seta, observadas as exceções previstas para as placas de posicionamento na pista e placas diagramadas.




•  Nas situações excepcionais, em que o topônimo é extenso e a opção for adotá-lo grafado em duas linhas, o alinhamento deve ocorrer pelo lado do pictograma.




•  Os espaçamentos do pictograma em relação à borda lateral, seta e/ou início do texto devem seguir os critérios estabelecidos conforme o item 5.2.2.4 deste capítulo.


•  Há casos em que o atrativo não é representado por um pictograma, sendo então adotados os critérios de alinhamento definidos pela maior mensagem e pelo posicionamento das setas.




•  Nas placas de posicionamento na pista, o pictograma deve permanecer à esquerda da mensagem ou, no caso de uma só mensagem, pode estar centralizado na parte superior da placa.




•  Nas placas diagramadas, que contemplam o movimento em frente, os pictogramas e mensagens são alinhados da seguinte forma:

- pela ponta lateral superior das setas que indicam saídas à direita ou à esquerda; e
- pela ponta lateral mais externa da seta de sentido em frente, ou de outro elemento que represente a configuração física do local, situado mais próximo da borda da placa.




•  Nas placas diagramadas, onde não é representado o movimento em frente, os pictogramas e mensagens são alinhados da seguinte forma:


- pelo eixo da seta e o eixo da mensagem, no caso de uma única informação;


- pelo eixo da seta e o eixo entre as duas linhas de mensagens, no caso de duas informações para o mesmo sentido; e


- pelo eixo da seta e o eixo da mensagem central, no caso de três informações para o mesmo sentido.






Placas Indicativas de Distância

Para permitir que a leitura da placa seja rápida e fácil, o alinhamento das mensagens deve seguir as regras abaixo:


•  Os pictogramas são alinhados à esquerda da placa, com a respectiva mensagem posicionada à direita.


•  A unidade de medida especificada na placa, km ou m, colocada após o último algarismo, é que define o alinhamento da lateral direita.


•  A maior mensagem e a maior distância são os elementos que definem a largura da placa.


•  Os espaçamentos entre borda lateral, pictograma, mensagem, algarismo e unidade de medida devem seguir os critérios estabelecidos no item 5.2.2.4 deste capítulo.


•  Nos casos em que o atrativo turístico não é representado por pictograma específico, o alinhamento da mensagem deve ser à esquerda da placa.



5.2.2.4. Dimensionamento

O tamanho da placa é definido em função, principalmente, do tamanho das mensagens, além dos pictogramas, orlas, tarjas e setas. O tamanho das mensagens, por sua vez, é decorrente da necessidade destas serem lidas e entendidas rápida e facilmente, o que implica na observação dos seguintes fatores:
•  altura das letras, que é em função da distância de legibilidade e, conseqüentemente, da velocidade regulamentada para a via;


•  comprimento das mensagens, calculado a partir da aplicação das tabelas de largura dos caracteres e espaçamentos entre eles, diferentes para cada altura de letra;


•  existência ou não de pictogramas relativos a cada mensagem;


•  movimentos indicados, o que determina a necessidade e as dimensões das setas e tarjas.


As dimensões dos elementos que compõem as placas indicativas de atrativos turísticos são definidas em função da velocidade regulamentada na via, de forma a garantir as condições ideais de legibilidade das mensagens. Além da velocidade, é importante identificar o tipo de via em que se pretende implantar a Sinalização de Orientação Turística, uma vez que as características do entorno também interferem diretamente na definição da altura das letras a serem utilizadas.


Dimensionamento de textos

Para atender os Princípios da Sinalização de Orientação é necessário especial cuidado com a diagramação de textos, que devem ser grafados, na maior parte dos casos, em letras iniciais maiúsculas e o restante minúsculas, para facilitar a leitura.


Antes do dimensionamento das mensagens, devem ser observadas a altura mínima das letras, conforme a velocidade regulamentada na via, e a característica da área onde a via está inserida, ou seja, se é urbana ou rural.


Tabela 1 – Altura Mínima das Letras



(1) referente à letra maiúscula
(2) uso exclusivo em áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, arquitetônico etc.) ou que apresente restrições físicas.
(3) vias arteriais – altura das letras de 150mm e pistas locais de vias de trânsito rápido - altura das letras de 200mm


Recomenda-se o uso de letras e algarismos conforme o Anexo 3 deste Guia, com dimensões das letras maiúsculas de referência fixadas de acordo com os tipos de placa, as características do local e a velocidade regulamentada na via. Esse conjunto de caracteres, de uso amplamente difundido, foi criteriosamente estudado para ser utilizado em situações de leitura por usuários que se encontram em movimento. Da mesma maneira, foram estudados os espaçamentos entre os caracteres, uma vez que as formas das letras e algarismos criam sensações óticas que distorcem suas dimensões. Assim, letras de dimensões iguais podem parecer diferentes em função da sua forma. O mesmo acontece com os espaçamentos, que podem parecer diferentes dependendo do desenho das letras que separam. Para facilitar a leitura, os espaçamentos entre letras e entre algarismos são estabelecidos de modo a uniformizar e corrigir essas possíveis distorções visuais.


O dimensionamento do comprimento dos textos é calculado com base nas tabelas de largura das letras e espaçamentos entre elas, especificados em milímetros, seguindo o exemplo:


As tabelas 2 a 5 apresentam as dimensões das letras, dos algarismos e dos sinais gráficos, enquanto que os espaçamentos entre letras e entre algarismos são apresentados nas tabelas 6 a 9. A tabela 10 apresenta as espessuras do traço para letras e algarismos, conforme as alturas recomendadas e de forma a facilitar a confecção dos elementos que compõem cada topônimo.


Tabela 2 – Largura das Letras Maiúsculas (mm)

clique para ampliar




Tabela 3 – Largura das Letras Minúsculas (mm)

clique para ampliar




Tabela 4 – Largura dos Algarismos (mm)

clique para ampliar




Tabela 5 – Dimensões dos Sinais Gráficos (mm)

clique para ampliar




Tabela 6 – Espaçamento entre Letras Maiúsculas (mm)

clique para ampliar



Nota: Para determinar o espaçamento adequado entre as letras, identifique primeiramente o número do código (entre letra precedente e letra seguinte); posteriormente encontre o espaçamento correspondente ao código para a altura de letra desejada.




Tabela 7 – Espaçamento entre Letras Minúsculas (mm)

clique para ampliar





Tabela 8 – Espaçamento entre Letras Maiúsculas e Minúsculas (mm)

clique para ampliar





Tabela 9 – Espaçamento entre Algarismos (mm)




Nota: Para determinar o espaçamento adequado entre os algarismos, identifique primeiramente o número do código (entre algarismo precedente e algarismo seguinte); posteriormente encontre o espaçamento correspondente ao código para a altura do algarismo desejado.


Tabela 10 – Espessura do Traço de Letras e Algarismos (mm)






Dimensionamento de Setas

As setas apresentam dimensão definida em função do tamanho da letra utilizada, do número de informações, da posição em que são colocadas na placa e dos tipos de placas existentes. A Tabela 11 apresenta as dimensões mínimas necessárias para o dimensionamento das placas.


Tabela 11 – Dimensões das Setas (mm)






Dimensionamento de Pictogramas

Os pictogramas apresentam forma quadrada, com dimensão definida em função do tipo de placa e do tamanho da letra utilizada. Recomenda-se não adotar pictograma inferior a 200 mm de lado. A Tabela 12 apresenta as dimensões mínimas necessárias para a confecção das placas.


Tabela 12 – Dimensão dos Pictogramas (mm)






Espaçamento entre os elementos

Outra preocupação a ser mantida no dimensionamento é a observação às regras de espaçamento entre os elementos que compõem a placa de sinalização, considerando que:


•  os espaçamentos horizontais entre os elementos da placa, como bordas, texto, seta e pictograma, e inclusive entre palavras, são sempre iguais a “d”, com exceção do espaçamento entre o texto e a informação da quilometragem nas placas de distância que deve ser de “1,5d”.







Tabela 13 – Espaçamento entre os elementos (mm)




•  o espaçamento vertical, definido em geral entre pictogramas e entre estes e tarjas ou orlas, é sempre igual a “d”. No caso de mensagens que não apresentam pictogramas, o espaçamento “d”é mantido entre linhas de texto, ou entre linha de texto e pictograma, quando se misturam as duas situações.





•  Quando os topônimos utilizados são grafados em duas linhas, o espaçamento vertical é definido de forma diferenciada. Nesse caso, o pictograma, elemento base para a diagramação das placas, é substituído pelas linhas do topônimo como parâmetro para a definição dos espaçamentos verticais entre os elementos. Isso ocorre em razão de a altura formada pelas duas linhas de texto, mais o espaçamento entre elas, ser maior do que a altura do pictograma.
Assim, devem ser seguidos os critérios abaixo:

- o espaçamento entre as linhas de um topônimo é sempre “d”.


- o espaçamento das linhas do topônimo até à tarja ou à orla é sempre “d”.





- quando são utilizados dois topônimos, grafados em duas linhas para um mesmo sentido, o espaçamento entre eles é considerado a partir da segunda linha do primeiro topônimo e da primeira linha do segundo topônimo, sendo sempre igual à altura “h” utilizada para a mensagem.





- quando é utilizado, para um mesmo sentido, um topônimo grafado em duas linhas e outro em apenas uma linha, o espaçamento é sempre “d” e medido a partir de uma das linhas do topônimo identificado por dois textos, até o pictograma relativo ao topônimo de uma só linha.





Além dos espaçamentos entre os elementos que definem a composição das placas, outros três critérios devem ser observados no dimensionamento. Esses critérios estão relacionados à configuração do topônimo, quando constituído por duas palavras separadas por hífen, quando grafado em forma abreviada por ponto, ou quando apresentado por números ordinais abreviados.


•  O espaçamento horizontal entre duas palavras separadas por hífen é igual a “2d”e o hífen é colocado no ponto médio do espaço resultante entre as palavras;





•  O espaçamento horizontal entre a letra e o ponto de abreviatura é sempre igual a “d 1 ”; •  Nas abreviaturas de números ordinais, por exemplo “3ª”,o espaçamento horizontal entre o número e a abreviatura “ª” é sempre “d 2 ” e a largura da letra corresponde a “l ”.







Tabela 14 – Espaçamento das abreviaturas (mm)







Para facilitar a compreensão dos procedimentos a serem observados no dimensionamento das placas, recomenda-se que sejam seguidas as etapas conforme o fluxograma apresentado a seguir. Essa medida contribui para que não seja omitido nenhum item, o que implicaria em dimensões de placas incompatíveis com as mensagens a serem transmitidas e comprometeria, conseqüentemente, a legibilidade de todo o conjunto.







Modulação das placas

As dimensões de cada placa variam em função da altura de letra utilizada e das mensagens nela contidas. Pode ser adotada uma modulação, tanto para a altura da placa quanto para a largura, com o objetivo de otimizar o uso do material com que as placas são confeccionadas. Em geral, as chapas são produzidas sob padrões preestabelecidos. Para seu melhor aproveitamento, recomenda-se a adoção, no mínimo, de medidas que variem de 0,10m em 0,10m.


Para a definição do comprimento, a partir das dimensões reais da placa e da necessidade de ajuste em função da modulação das chapas, devem ser adotados os seguintes procedimentos:
•  verifica-se o valor do módulo mais próximo do comprimento real da placa;

•  até 0,05m de diferença, deve-se optar pelo módulo menor, e acima de 0,05m, pelo módulo maior;

•  se a opção é pelo módulo maior que o valor real da placa, deve-se calcular a diferença entre o comprimento do módulo e o valor real e dividir o resultado por dois. Esse valor deve ser acrescido aos espaçamentos entre as bordas laterais da placa e os demais elementos como pictogramas, textos e setas;

•  se a opção é pelo módulo menor, a diferença também deve ser retirada nos espaçamentos entre as bordas laterais da placa e os demais elementos como pictogramas, textos e setas. O ajuste necessário na altura da placa, em função do módulo, deve ocorrer da seguinte forma:

•  verifica-se o valor do módulo mais próximo da altura real da placa;

•  até 0,05m de diferença, deve-se optar pelo módulo menor, e acima de 0,05m, pelo módulo maior;

•  as diferenças entre o valor real e o valor do módulo, tanto a menor quanto a maior, são distribuídas, o mais igualmente possível, nos espaçamentos entre as informações e as orlas internas e tarjas horizontais.



5.2.3. Colocação das placas

A visualização das placas é fundamental para garantir a eficácia da sinalização de orientação na via, sendo, para tanto, necessária a definição de alguns critérios de colocação, conforme o tipo de via e o tipo de placa a ser implantado: pré-sinalização, confirmação de saída, confirmação em frente, posicionamento, de distância e identificação. Nesse sentido, deve-se procurar evitar dúvidas ao usuário no seu deslocamento, posicionando as placas em locais adequados, livres de interferências visuais e que permitam a legibilidade completa de todas as informações nelas existentes. Outra preocupação a ser mantida, quanto à colocação da placa na via, diz respeito ao afastamento lateral e ao vão livre, ambos necessários para evitar interferência com o trânsito de veículos, bem como com o percurso dos pedestres.


5.2.3.1. Critérios de posicionamento

A definição dos critérios de colocação das placas na via deve considerar, principalmente, as características do sistema viário a ser utilizado, a começar por sua localização, seja na área urbana ou rural. Entre as condições a serem analisadas estão:

•  ter ou não canteiro central;
•  apresentar duplo sentido de circulação ou sentido único;
•  número de faixas de tráfego por sentido;
•  velocidade regulamentada;
•  espaços disponíveis nas calçadas ou no canteiro central;
•  existência de acostamento;
•  condições de visibilidade para condutores e pedestres(árvores, publicidade etc.).


Deve, para tanto, ser analisada uma relação de parâmetros de projeto que envolvem as situações-tipo, bem como o posicionamento na pista e a respectiva sustentação.


Quanto à visibilidade e leitura

As placas de sinalização devem ser colocadas em posição vertical, podendo fazer um ângulo de 90º a 95º em relação ao fluxo, levemente viradas para o lado externo da via. Essa inclinação tem como objetivo assegurar boa visibilidade e leitura das placas, evitando o reflexo especular que ocorre com a incidência de faróis de um veículo ou de raios solares sobre a placa refletiva, luminosa ou pintada, que pode torná-la totalmente ilegível durante alguns segundos. Esse giro deve ser adotado também nas placas suspensas, inclinando-as ligeiramente para o alto.





Em curvas, para a determinação do ângulo de colocação da placa, a análise quanto à posição dos condutores no fluxo de aproximação deve preponderar sobre a identificação do ponto de instalação da placa.


Quanto ao lado da via

Pré-sinalização em Área Urbana

Em vias de pista simples e duplo sentido de circulação, as placas são colocadas no passeio direito para cada sentido de tráfego, devendo o desmembramento da placa, se necessário, ser feito longitudinalmente à via.


Nas vias de pista simples e sentido único de circulação, as placas são colocadas, preferencialmente, no passeio do lado direito. O desmembramento das informações, quando ocorrer, é transversal à via, conforme a seguinte regra:

•  informações à esquerda, do lado esquerdo da via;
•  informações à direita, do lado direito da via;
•  informações em frente, onde houver menor número de informações ou, se indiferente, do lado esquerdo.








Em vias de pista dupla, as placas são colocadas no passeio do lado direito para cada sentido de tráfego. O canteiro central é utilizado para se repetir as informações, no caso de vias com elevado volume veicular ou mais de três faixas de rolamento num mesmo sentido. É utilizado também quando há necessidade de desmembramento pelo número excessivo de informações, seguindo, nesta situação, a mesma regra estabelecida para vias de pista simples e sentido único de direção.





Quanto ao posicionamento longitudinal na via, considera-se sua localização entre 50m e 75m antes da interseção, sendo utilizada outra placa a cerca de 150m do ponto de saída, quando a velocidade verificada for superior a 80km/h.





Dica
Quando não houver disponibilidade de espaço para colocação de pré-sinalização e confirmação de saída, deve-se optar, preferencialmente, pela pré-sinalização com localização de 20m a 40m antes da interseção.



Pré-sinalização em Área Rural

As placas de pré-sinalização são sempre colocadas no lado direito da pista, sendo que as distâncias do ponto de saída variam conforme o tipo de via a ser sinalizada.


Em rodovia expressa, onde, em geral, as velocidades regulamentadas são superiores a 100km/h, recomenda-se a colocação à distância de 500m e outra, a 1km ou 2km do início do taperde saída. No caso de ser utilizada uma placa diagramada, esta distância é de 500m do início do taperde saída, quando em vias com duas faixas de rolamento por sentido. Em rodovias com três ou mais faixas, a pré-sinalização, por meio de placa diagramada, é colocada a 1km do taperde saída.


Em rodovia convencional, a placa de pré-sinalização deve ser implantada a 500m do início do taperde saída.


Em rodovia convencional, a placa de pré-sinalização deve ser implantada a 500m do início do taperde saída. Em estradas, onde a velocidade regulamentada é inferior àquela adotada em rodovias, a distância de colocação dessa placa deve seguir o padrão de área urbana, da ordem de 50m a 75m do entroncamento.






Confirmação de Saída em Área Urbana

No caso de vias de destino, que apresentam pista simples e duplo sentido de circulação, coloca-se a placa de conversão à direita, no passeio anterior ao leito viário para o qual deve ser efetuado o movimento. Na falta de visibilidade desse ponto, utiliza-se suporte tipo braço projetado. Nas conversões à esquerda, coloca-se a placa no passeio posterior ao leito viário, do lado esquerdo da via de origem. Quando detectado problema de visibilidade, adota-se suporte em braço projetado, localizado no passeio direito anterior à interseção.





No caso dos destinos estarem em vias que apresentam pista simples e sentido único, as placas de conversão à direita são colocadas no passeio, à direita posterior ou anterior ao leito viário no qual deve ser efetuado o movimento. A regra, para os casos de falta de visibilidade num desses dois pontos, é adotar um suporte tipo braço projetado, no passeio direito anterior à interseção. Nas conversões à esquerda, instala-se a placa no passeio esquerdo posterior ao leito no qual deve ser efetuado o movimento, podendo ser colocada no passeio esquerdo anterior, caso a via em que se encontra apresente também sentido único de circulação. Onde não é possível a colocação por falta de visibilidade, a placa pode ser implantada do lado direito anterior à interseção, em suporte tipo braço projetado.





Em vias de destino com pista dupla, a placa de conversão à direita segue, como regra, a colocação no canteiro central, do mesmo lado em que deve ser efetuado o movimento, tendo como segunda opção, a instalação no passeio lateral direito, anterior à interseção. Em locais com problema de visibilidade, essa placa pode ser colocada em braço projetado, no passeio lateral direito à via, anterior à interseção. Para a conversão à esquerda, a placa de confirmação de saída, numa via de destino com pista dupla, adota-se o passeio posterior esquerdo, como ponto mais favorável para a visualização da placa. Quando isso não for possível, implanta-se a placa no passeio lateral direito, em suporte tipo braço projetado, anterior à interseção.



Confirmação de Saída em Área Rural

Em rodovias expressas, a confirmação de saída, pelo fato de indicar o local da mudança da direção a ser tomada, é implantada à direita da pista de rolamento, no início do taper de saída. Pode ser repetida no “nariz” da saída, caso o local não disponha da placa com o respectivo número da saída, como acontece em algumas rodovias em que se adota esse padrão na sinalização. Apesar de nesse tipo de rodovia não ser usualmente adotada a conversão à esquerda, os casos existentes são sinalizados de forma análoga.


Nas rodovias convencionais, recomenda-se a colocação de duas placas: uma no início do taperde saída, à direita da pista, e outra no “nariz” da saída. Essa sistemática deve ser utilizada, inclusive, para conversões à esquerda, em atendimento ao disposto no Artigo 37 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, sendo recomendada a utilização de placa diagramada, que represente a situação física existente, nos casos em que há dificuldade para entendimento do movimento a ser feito.


Nas estradas, recomenda-se a colocação da placa de confirmação de saída conforme padrão urbano, situação em que a via de destino tenha duplo sentido de circulação, não sendo necessário, no entanto, a colocação de suporte em braço projetado.






Confirmação em Frente

Independente das características da via em que este tipo de placa é colocada, a recomendação é que esteja sempre do lado direito da via, posicionada segundo critérios já mencionados nas placas anteriores. Em área urbana, no entanto, ocorrem situações em que, por motivo de melhor visualização, ou por necessidade de desmembramento de mensagens, a placa de confirmação em frente tem maior eficácia quando colocada à esquerda da via, no passeio ou canteiro divisor, também seguindo a padronização de afastamento lateral e vão livre mínimos.


Placa de Distância

Este tipo de placa é usualmente utilizado em área rural, onde há necessidade de informar o usuário quanto as distâncias até os atrativos existentes, principalmente aqueles que têm origem em uma via de acesso transversal à que está sendo sinalizada. Por esse motivo, a placa de distância é colocada a cerca de 1000m, após o taperde entrada na rodovia expressa, ou acerca de 500m, após o taperde entrada na rodovia convencional, ou ainda a cerca de 100m, após uma importante interseção de uma estrada.



Afastamento do meio fio e altura em relação ao solo

Coluna Simples ou Dupla em Área Urbana

Para as placas implantadas em coluna simples ou dupla, prevê-se um afastamento da borda da placa de no mínimo 0,30m do meio fio, para vias cuja velocidade é inferior a 60 km/h; já para velocidades superiores, essa distância mínima passa a 0,50m.


O vão livre, considerado como a distância da borda inferior ao solo, varia entre 2,80m e 4,50m, de acordo com a visibilidade e as interferências físicas de cada local. Para placas exclusivamente de pedestres, posicionadas nesse mesmo suporte, abaixo das placas para os condutores de veículos motorizados, o vão deve diminuir para 2,10m.


Nos casos de implantação no canteiro central, as distâncias da projeção da borda da placa até as guias são as mesmas. Para canteiros estreitos, que não comportam as larguras de placas previstas, estas são colocadas a uma altura mínima de 4,50m.



Coluna Simples ou Dupla em Área Urbana

Para as placas implantadas em coluna simples ou dupla, prevê-se um afastamento da borda da placa de no mínimo 0,80m do acostamento ou, na inexistência deste, a 0,80m do término da pista de rolamento. A borda inferior da placa deve ficar, no mínimo, a 1,20m de altura em relação à pista, quando colocada lateralmente à via.



Braço Projetado ou Bandeira em Área Urbana

As placas fixadas em braço projetado ou bandeira devem ter a distância, entre seu eixo vertical e a guia, variando de 1,50 a 6,50m, de acordo com o número de faixas, a velocidade e a visibilidade do local. O eixo da coluna de sustentação deve ficar afastado, no mínimo, 0,50m da face do meio fio. A altura livre sob a placa deve ter 4,50m, no mínimo, e 5,50m no máximo.






Semipórtico em Área Urbana

Para as placas colocadas em semipórtico, o eixo da coluna de sustentação deve apresentar um afastamento da face do meio fio de no mínimo 0,50m. Nos casos em que há alguma barreira tipo defensa ou similar, esse afastamento deve ser, no mínimo, de 1,50m. O vão livre sob a placa é de 4,50m, no mínimo, e 5,50m no máximo.


Semipórtico em Área Rural

As placas fixadas em semipórtico têm a distância, entre seu eixo vertical e o término da pista de rolamento ou acostamento, variável de acordo com o número de faixas, a velocidade e a visibilidade do local. O eixo da coluna de sustentação deve ficar afastado, no mínimo, 0,80m do término da pista, quando não existir acostamento, ou 0,80m do final deste. A altura livre sob a placa deve ser, no mínimo, de 5,50m.






Pórtico ou Cordoalha em Área Urbana

Para as placas colocadas em pórtico, o eixo da coluna de sustentação é afastado 0,50m da face do meio fio, ou 1,50m , no mínimo, nos casos em que há alguma barreira tipo defensa ou similar. O eixo vertical da placa deve coincidir com o eixo da faixa de tráfego que se está orientando. Quando esta placa é utilizada para duas faixas de rolamento, o eixo da placa coincide com a linha divisória das duas faixas. O vão livre sob a placa é de 4,50m, no mínimo, e 5,50m no máximo.






Pórtico em Área Rural

Os eixos das colunas de sustentação laterais devem manter a mesma distância definida para os semipórticos, mínima de 0,80 m do término do acostamento ou da pista de rolamento, caso não haja acostamento. O vão livre a ser mantido é de, no mínimo, 5,50m do nível da pista de rolamento.


Dica
Para as vias em que é freqüente o tráfego de veículos que transportam cargas especiais, tanto em área urbana quanto rural, recomenda-se a utilização de vão livre entre a borda inferior da placa e o nível da pista de rolamento de 6,0m. Essa medida visa reduzir o número de solicitações para remoção das placas suspensas colocadas, em geral, em pórticos, semipórticos e cordoalhas, quando da passagem de veículos com carga de altura superior à estabelecida por Resoluções do Contran.



5.2.3.2. Definição de suportes

Os suportes utilizados são escolhidos de acordo com o projeto de sinalização de cada local, com as condições físicas em relação à visibilidade, largura de passeios, acostamentos e canteiros, e em função do tamanho das placas.


Os suportes do tipo coluna simples e dupla são utilizados nas situações onde os passeios e canteiros possuem largura suficiente e a visibilidade é favorecida.


Utiliza-se braço projetado, bandeira ou semipórtico nos casos em que: as calçadas ou canteiros não possuem largura suficiente para utilização de colunas simples ou duplas; a visibilidade é prejudicada pela existência de árvores ou eventuais obstáculos, como nas rodovias; e as condições de traçado geométrico são críticas. Quando constatado avanço das copas das árvores junto à via, suficiente para prejuízo à visibilidade, utilizam-se suportes com maior extensão do braço.


Nos casos em que numa mesma seção da via há necessidade de um conjunto de placas indicativas, utilizam-se suportes do tipo cordoalha ou pórticos. Os pórticos são empregados, em geral, nas rodovias e nos acessos/saídas da cidade, contendo placas indicativas das principais rotas internas, como também mensagens de boas-vindas ao condutor. As cordoalhas são utilizadas quando, na seção da via, há necessidade de locação simultânea de duas ou mais placas, e o uso do pórtico oneraria a implantação da sinalização.


Pontes e viadutos também podem ser utilizados como suporte para fixação de placas, desde que seja observada a altura mínima destinada à passagem dos veículos e a altura máxima que não inviabilize a visualização e a legibilidade adequada da sinalização.


Dica
As placas colocadas em áreas de pistas divergentes (“narizes”) devem estar apoiadas em suportes colapsíveis. Caso se utilizem suportes de fixação rígidos, que em situação de colisão causem danos aos veículos e ocupantes, deve-se guarnecer o local com defensas ou barreiras.





Além das características do local onde a placa deve ser colocada, que indicam a utilização de um tipo ou outro de suporte, as dimensões da placa também são condicionantes para a definição dos suportes. As exigências mínimas a serem obedecidas, quanto às dimensões das placas para cada tipo de suporte, estão apresentadas na Tabela 15 – Tipos de Suportes.


Tabela 15 – Tipos de Suportes


clique para ampliar


5.2.4. Projeto Executivo

A fase de elaboração do Projeto Executivo é aquela em que são definidos todos os detalhes das placas, como diagramação, dimensionamento, material, localização exata, suporte e fixação.


Para elaborar o Projeto Executivo de Sinalização de Orientação Turística para Usuários de Veículos é preciso considerar: o projeto preliminar e o detalhamento das placas, as características físicas e operacionais do local, os princípios da sinalização de trânsito e a disponibilidade de recursos humanos, financeiros e materiais.


Os cinco passos principais para a elaboração de um Projeto Executivo são:


  PROJETO PRELIMINAR E DETALHAMENTO DAS PLACAS


  PROJETO EXECUTIVO


  1º PASSO


 Locação das placas em planta, avaliando os apectos:


  •  Continuidade das mensagens
  •  Pré-sinalização
  •  Confirmação de saída
  •  Confirmação em frente


  2º PASSO


  Locação das placas em campo, garantindo a legibilidade e visualização:


  •  Amarração
  •  Tipo de suporte
  •  Reformulação da placa
  •  Desmembramento das mensagens


 3º PASSO


  Representação gráfica identificando:


  •  Sinalização existente a permanecer
  •  Sinalização existente a retirar
  •  Sinalizacão proposta


 4º PASSO


 Memorial descritivo:


  •  Especificações de materiais, processos construtivos e outros procedimentos
  •  Resumo de quantidades


 5º PASSO


 Verificação geral




  IMPLANTAÇÃO



A metodologia descrita neste item não é um conjunto de regras rígidas a serem seguidas. Cada equipe possui ou pode desenvolver metodologia própria, mas é importante que todas contemplem algumas atividades, como a locação das placas em campo, que são indispensáveis.


1º Passo: Locação das Placas em Planta

A locação das placas em planta traduz o que o projetista entende por seu posicionamento ideal. Essa locação deve ser feita numa planta da área em estudo, preferencialmente em escala 1:500 a 1:2.000, no lado da via em que a placa será implantada, na posição aproximada em relação aos referenciais existentes.


O posicionamento deve ser confirmado caso, por ocasião da locação em campo, não surjam impedimentos de ordem física e as condições de visualização da placa sejam atendidas, indicando exatamente o que se pretende e/ou orientando adequadamente o turista. Devem ainda ser observados, para confirmação do posicionamento, os aspectos relativos à continuidade das mensagens e aos tipos de placas necessárias para cada situação.


2º Passo: Locação das Placas em Campo

Em grande parte das situações, o local ideal para colocação das placas nas vias é inviabilizado porque há anteparos visuais como árvores, letreiros, toldos, ou impedimentos no piso como guias rebaixadas de acesso aos lotes lindeiros, bocas de lobo, mobiliário urbano, pontes, viadutos ou outros. Portanto, a locação das placas em campo é uma etapa fundamental para a elaboração dos projetos executivos. Somente no local é possível definir a exata localização das placas, assim como o tipo de suporte, considerando todas as interferências físicas e visuais. Torna-se também necessário verificar se as setas que indicam os movimentos, escolhidas no projeto preliminar, são as mais adequadas para cada situação. É possível que as características físicas do local demandem alteração do tipo de seta ou do desmembramento das mensagens e, por conseqüência, da locação de mais placas. A observação atenta, a partir do local onde a placa deve ser implantada, permite tal definição. Identificada a melhor posição da placa, é necessário proceder à “amarração” do local, ou seja, indicar as medidas, a partir de referenciais físicos próximos, que possibilitem à equipe de implantação posicionar a placa corretamente. As medidas desse local devem ser fornecidas em função de referências físicas permanentes, acessíveis, visíveis e facilmente identificáveis, como postes, luminárias, árvores de grande porte, alinhamento de vias, alinhamento de edificações etc.


clique para ampliar



É fundamental percorrer todos os trajetos propostos para pedestres ou ocupantes de veículos, colocando-se em seu lugar, para verificar as condições das vias que compõem esses trajetos. Com isso podem ser propostas as melhorias e adequações necessárias, como recomposição de pavimentos, remoção de interferências e manutenção ou implantação da iluminação pública.



Dicas
É interessante buscar a utilização de suportes do tipo braço projetado, aproveitando elementos existentes como postes de sinalização, de iluminação ou de eletricidade, de forma a diminuir os custos de implantação e não aumentar a quantidade de obstáculos nas calçadas. É importante lembrar, entretanto, que nem todos os postes podem receber as placas de sinalização. Essa limitação pode ser em função do tipo de poste ou de luminária, ou por questões de segurança, conforme decisão das concessionárias do serviço prestado.


A sinalização implantada sob luminárias da rede pública tem a vantagem de ser melhor visualizada nos períodos de pouca luminosidade.


Sempre que possível, toda sinalização deve ser incorporada a um projeto maior de desenho urbano. Nesse caso, pode ser elaborado projeto específico de postes de sustentação multifuncionais, adequados à colocação de iluminação pública da pista e da calçada, semáforos, placas de sinalização para motoristas e pedestres e outros elementos, conforme as peculiaridades de cada local. Os projetos dos postes podem estar integrados ao conjunto do mobiliário urbano, assim como à ambientação local.


Fique Atento
Caso transcorra muito tempo entre a elaboração do projeto e sua implantação, deve-se efetuar nova checagem em campo, para evitar que as placas de orientação turística sejam locadas onde há novos obstáculos à visualização. É muito importante atualizar o projeto, pois podem surgir novos atrativos turísticos, novas vias ou alterações de regulamentação da circulação das vias.



3º Passo: Representação Gráfica do Projeto

O desenho do projeto é a representação gráfica do que se pretende que seja implantado na via. Enquanto a sinalização é a forma como o órgão de trânsito se comunica com os usuários, o desenho do projeto é a forma como o projetista se comunica com a equipe de implantação.


A representação do Projeto Executivo deve conter todos os elementos necessários para a confecção e implantação correta e ágil das placas:

•  tipo de placa;
•  código da placa;
•  material;
•  suporte;
•  fixação;
•  dimensões;
•  localização e amarração das placas;
•  sinalização a ser retirada e implantada, além da sinalização que deve permanecer;
•  elementos significativos para referenciar a locação das placas na via;
•  tabela-resumo com quantidades de materiais;
•  legendas, notas e observações necessárias ao entendimento do desenho;
•  localização do desenho em relação às outras folhas do projeto.



As medidas fornecidas devem permitir a confecção exata da placa, com todos os elementos em dimensões corretas e distribuídos conforme especificado, evitando gerar incertezas. Da mesma forma, o projeto de locação das placas deve possibilitar sua implantação no local exato.


Os projetos elaborados devem ter uma forma de representação padronizada e o desenho, da mesma forma, apresentar linguagem clara e precisa, evitando informações ambíguas, e ser de conhecimento de todas as equipes envolvidas. Assim, o entendimento do projeto fica facilitado, tanto para a equipe que o executa, quanto para a equipe de implantação, que usualmente é composta por pessoas sem formação técnica especializada.


Na representação gráfica do projeto, alguns recursos são importantes para facilitar o entendimento e a implantação:


•  codificação das placas contendo suas características;
•  utilização de diferentes espessuras de traços para representar elementos distintos como os existentes, os propostos e aqueles a retirar;
•  adoção de simbologia que faça distinção entre as placas a serem implantadas, as existentes a retirar, a remanejar e aquelas a permanecer.


Existem diversas formas de representação gráfica das placas e de suportes que podem ser utilizados. No entanto, recomenda-se, para efeito deste Guia, a adoção da seguinte simbologia:



Fique Atento
Devem ser evitadas duas linhas de cota para indicar medidas relativas a um mesmo elemento, devendo ser dada preferência àquela que possibilitar a marcação, de maneira mais fácil, na implantação.


Deve-se evitar a utilização de várias cotas de amarração consecutivas a partir de uma sinalização proposta, para evitar que um eventual erro na implantação do primeiro elemento se propague aos demais.


Dica
A utilização de plantas em escala não é imprescindível. Se não houver base cartográfica disponível, pode-se lançar mão de croquis com escalas aproximadas. O importante é que as amarrações do conjunto, suporte e placa, feitas em campo, estejam corretas e relacionadas a elementos existentes.


Com os recursos de informática cada vez mais disseminados, é possível a utilização de cores, variação de traços e outros recursos gráficos, para diferenciação.











Há diferentes maneiras de organizar os desenhos elaborados, sendo importante escolher a forma que possibilite a melhor qualidade do trabalho e da produtividade das equipes de confecção e implantação das placas.


Exemplo 1

Plantas contendo mapa de toda a área de projeto, em escala aproximada de 1:2.000, e:
•  localização de todas as placas, com indicação dos códigos e amarrações;
•  nomes das vias;
•  sentido de circulação do trânsito e referência de direção.


Plantas resumo contendo informações de cada placa:
•  código;
•  conteúdo das informações;
•  dimensões;
•  tabela-resumo de quantidades de materiais.

Vantagens

•  concentração de maior número de informações num único tipo de representação;
•  facilidade de controlar o conjunto de placas programadas para confecção;
•  facilidade de implantação.

Desvantagens

•  dificuldade de se ter uma idéia geral do projeto, pela necessidade de divisão em diversas plantas, quando a área é extensa.



Exemplo 2

Plantas contendo mapa de toda a área de projeto, em escala aproximada de 1:5.000, e:
•  localização de todas as placas, com indicação dos códigos, não havendo necessidade das medidas de amarração;
•  nomes das vias;
•  sentido de circulação do trânsito e referência de direção.


Folhas tamanho ofício A4 ou similar, contendo informações de cada placa:

•  croquis da localização, em escala aproximada de 1:500 ou sem escala, com amarrações;
•  conteúdo das informações;
•  código;
•  dimensões;
•  tabela resumo de quantidades de materiais.

Vantagens

•  facilidade de manuseio dos croquis de localização das placas;
•  facilidade de entendimento do projeto, pela escala utilizada.

Desvantagens

•  possível descontrole na confecção e implantação das placas, quando há um maior número dessas e portanto, grande quantidade de folhas avulsas;
•  comprometimento da eficiência da implantação quando há um número elevado de placas, por não permitir uma visão de conjunto e uma otimização na distribuição dos materiais.



clique para ampliar



clique para ampliar



clique para ampliar



clique para ampliar



clique para ampliar



Para permitir a elaboração de orçamento e a programação da confecção e implantação de placas, é necessária a elaboração de um resumo das quantidades de placas e suportes, por tipo e total.


Exemplo de resumo por área de placa e tipo de suporte correspondente




Exemplo de Tabela Resumo de placas e suportes utilizados no projeto







Fique Atento
Mesmo em projetos mais simples, recomenda-se a codificação das placas para que não ocorram dúvidas entre placas similares.


Dica
A codificação das placas pode ser utilizada para acessá-las em bancos de dados, principalmente os informatizados e georreferenciados.



4º Passo: Memorial Descritivo

O Memorial Descritivo contém informações importantes do projeto, necessárias à contratação da implantação, confecção das placas, aquisição do material e implantação propriamente dita, tais como:


•  especificações mais detalhadas dos materiais utilizados como chapas, suportes, elementos de fixação, tintas, películas, iluminação etc.;
•  processos construtivos como montagens, modulação, galvanização, fixação, concretagem etc.;
•  quantidades de materiais como placas, suportes e fixadores;
•  procedimentos para implantação, tais como providências necessárias para a interdição de vias;
•  procedimentos relativos à segurança de trânsito e dos trabalhadores envolvidos;
•  cuidados especiais eventualmente necessários como, por exemplo, em sítios arqueológicos, em locais próximos a dutos e a linhas de transmissão de energia ou a cabos de fibras óticas;
•  outros procedimentos peculiares de cada projeto.



O Memorial Descritivo também pode conter o resumo de todos os elementos utilizados na implantação do projeto, classificados por tipo de material e respectivas quantidades.


5º Passo: Verificação Final

A Verificação Final é importante, sobretudo nos projetos de grande porte, em função da complexidade do trabalho. Essa atividade compreende a análise global de todo o Projeto Executivo, inclusive do Memorial Descritivo, com o objetivo de detectar eventuais inconsistências, como: descontinuidade de mensagens, falta de uniformidade nos critérios de colocação de placas, dimensionamento incorreto das placas, indicação de suporte inadequado à área da placa, incompatibilidade com demais sinalizações existentes etc.