|
![](../imagens/5.2.jpg)
|
5.2.1. Projeto preliminar
O Projeto Preliminar é desenvolvido a partir do Plano Funcional
e deve considerar os aspectos referentes à padronização,
aos tipos de placas e aos critérios de seleção e
ordenamento das mensagens. Nessa fase, são definidas todas as informações
constantes nas placas como referenciais e direções, necessárias
para que os usuários tenham acesso aos diferentes atrativos existentes
no local, prevendo-se a pré-sinalização, a confirmação
de saída e, quando indicado, a confirmação em frente,
a placa de distância ou a placa diagramada.
5.2.1.1. Continuidade das mensagens
Um princípio básico a ser seguido refere-se ao da continuidade
da informação, que repercute na credibilidade da sinalização
por parte dos usuários. A preocupação em manter a
continuidade das mensagens visa garantir a realização de
todos os deslocamentos previstos pela sinalização e não
induzir o usuário da via ao erro ou à dúvida, o que
possibilitaria a ocorrência de acidentes.
A Sinalização de Orientação Turística,
fundamentada na análise detalhada do local e na estratégia
de sinalização, tem como premissa básica a sua formulação
e implantação integral. Dessa forma, a continuidade das
mensagens é garantida, uma vez que disso depende o correto entendimento
por parte do usuário em todos os tipos de deslocamento. Pode ocorrer,
no entanto, que devido a limitações financeiras, técnicas
ou de outra natureza, a sinalização não possa ser
implantada em uma só fase. Neste caso, o projeto deve ser elaborado
integralmente, porém estruturado de forma a ser implantado em fases
distintas, onde cada uma constitui a base para a seguinte, o que impede
o risco de comprometimento da continuidade das informações.
Um cuidado a ser tomado quanto à distribuição da
sinalização no sistema viário é a utilização
otimizada da capacidade de circulação na rede existente,
assim como a preservação do uso e ocupação
do solo lindeiro às vias, evitando-se no primeiro caso o comprometimento
do trânsito em pontos já saturados e, no segundo, a incompatibilidade
da passagem do fluxo veicular com o uso dos imóveis adjacentes,
por causar deterioração do entorno, principalmente quando
ocorre a predominância do uso residencial, de áreas ambientais
e de patrimônio cultural do local.
Deve-se também tomar cuidado quanto à distribuição
da sinalização, de modo a evitar a obstrução
visual de paisagens e monumentos sem, no entanto, deixar de garantir a
legibilidade das informações para usuários de veículos
motorizados e pedestres.
|
clique para ampliar
|
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5.2.1.2.
Compatibilização com o Programa de Orientação
de Tráfego POT Local
Muitos municípios, rodovias e estradas do país já
dispõem de sinalização vertical de orientação
contendo, ao menos, os principais destinos existentes. É recomendável,
quando da implantação da Sinalização de Orientação
Turística, a compatibilização entre ambas, de forma
que as mensagens fornecidas sejam organizadas coerentemente, sem provocar
conflitos ou dificultar o entendimento do usuário de veículo
motorizado ou pedestre. É importante, nesta compatibilização,
que os dois atendimentos sejam efetivados, ou seja, preservados os deslocamentos
da população em geral, como já vinha ocorrendo, e
proporcionados os deslocamentos aos turistas.
Outra possibilidade que essas duas sinalizações permitem
é seu uso em conjunto, como já vem sendo aplicado em algumas
cidades brasileiras. Neste caso, as mensagens destinadas aos deslocamentos
da população e as mensagens dirigidas aos turistas são
utilizadas numa mesma placa de sinalização. Dessa maneira,
os espaços disponíveis são otimizados e a interferência
visual, que o excesso de suportes e placas provoca no meio urbano, é
minimizada, principalmente por se tratar de situações em
que uma paisagem agradável é grande aliada para estimular
a procura pelos atrativos turísticos existentes no local.
Sempre que possível, as duas sinalizações devem ser
usadas em conjunto, especialmente quando se tratar de paisagens naturais
e núcleos históricos. Em todos os casos, devem ser respeitadas
as cores das placas definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro
CTB, direcionadas a usuários de veículos motorizados:
para as mensagens referentes a atrativos turísticos, utiliza-se
fundo marrom; para as informações relativas à orientação
específica da localidade, o fundo da placa deve ser na cor verde;
e para as placas de serviços, a cor azul. No entanto, nas situações
em que o uso de placa diagramada é o mais indicado, essa regra
não deve ser aplicada, uma vez que a utilização de
fundo de cores diferenciadas compromete o entendimento das informações,
por não permitir uma composição adequada dos elementos.
Quando um mesmo suporte abrigar placas de orientação de
tráfego e de orientação de pedestre, esta última
deve ser posicionada abaixo das informações de trânsito,
de forma a facilitar a leitura aos dois tipos de usuários.
![](../imagens/placas.jpg) |
Exemplo
de compatibilização seguindo padronização
do POT Local
|
5.2.2. Detalhamento das placas
Com base na sinalização definida na fase anterior de
Projeto Preliminar, é possível iniciar o detalhamento das
placas. Cabe destacar que esse procedimento não é definitivo,
uma vez que depende da locação da sinalização na via e dos
ajustes necessários, quer pela falta de espaço para colocar
determinada placa, quer pela própria configuração geométrica
do local, que exige solução diferenciada da prevista
originalmente.
5.2.2.1. Padronização
Elementos de Composição
As placas são compostas por elementos fixos e variáveis:
Orla Interna
Corresponde às linhas superior e inferior, que proporcionam o
efeito de uma moldura para as informações contidas na placa.
São constantes, independente do tamanho das demais
informações existentes.
Orla Externa
Corresponde à borda externa, entre a orla interna e o limite
da placa, tendo por finalidade destacar a orla interna. Tem
largura constante em todos os tipos de placas.
Tarja
É a linha divisória que separa as mensagens com sentidos
diferentes de destinos. A placa pode apresentar uma tarja para
separar dois sentidos apenas, ou duas tarjas para separar três
sentidos.
Seta
É o elemento que indica a direção a seguir para se chegar aos
atrativos turísticos sinalizados. As dimensões são variáveis, em
função do número de informações e da necessidade de sua
visualização à distância.
Pictograma
Corresponde às ilustrações que sintetizam os tipos de atrativo
turístico e de serviço auxiliar, cujo uso é recomendado para
facilitar a identificação do destino, complementando a função
do topônimo e melhorando o esquema de comunicação com o
usuário. O pictograma deve ser de fácil identificação a
distância, constituído por um símbolo na cor preta, sobre
campo na forma quadrada de cor branca. Apresenta dimensão
variável, conforme tipo de placa e sua visualização na via.
ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Montanha
|
TNA-01
|
Montanhas, picos e áreas montanhosas
|
![](../imagens/pic01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Praia
|
TNA-02
|
Praias marítimas, lacustres e fluviais
|
![](../imagens/pic02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Ilha
|
TNA-03
|
Ilhas marítimas, lacustres e fluviais
|
![](../imagens/pic03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Rio, lago, lagoa
|
TNA-04
|
Rios, lagos ou lagoas
|
![](../imagens/pic04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Cachoeira
|
TNA-05
|
Cachoeiras e quedas d’àgua
|
![](../imagens/pic05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Patrimônio
natural
|
TNA-06
|
Áreas naturais conservadas, públicas
ou privadas, com visitação permitida
e reconhecidas como de interesse de
preservação
|
![](../imagens/pic06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Gruta
|
TNA-07
|
Grutas e cavernas, com visitação
permitida e reconhecidas como de
interesse de preservação
|
![](../imagens/pic07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Turismo rural
|
TNA-08
|
Serviços de hospedagem, alimentação,
lazer, compras e outros relacionados
ao meio rural
|
![](../imagens/pic08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Estância
hidromineral
|
TNA-09
|
Localidades ou empreendimentos
situados junto a fontes de água mineral,
com propriedades terapêuticas ou
de revigoramento
|
![](../imagens/pic09.jpg)
|
|
|
ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Arquitetura
religiosa
|
THC-01
|
Igrejas, capelas, templos, catedrais,
basílicas, sinagogas,mesquitas,
santuários, conventos, seminários,
mosteiros, reconhecidos como de
interesse de preservação
|
![](../imagens/thc01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Arquitetura
militar
|
THC-02
|
Quartéis, fortes e fortalezas, reconhecidos
como de interesse de preservação
|
![](../imagens/thc02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Arquitetura
histórica
|
THC-03
|
Edificações de valor histórico e artístico
reconhecidas como de interesse de
preservação
|
![](../imagens/thc03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Monumento
|
THC-04
|
Obeliscos, esculturas, estátuas, bustos,
pórticos, chafarizes reconhecidos
como de interesse de preservação
|
![](../imagens/thc04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Museu
|
THC-05
|
Locais que abrigam e conservam acervos
históricos ou artísticos, abertos
à visitação pública, voltados à
pesquisa com o objetivo de promover
estudos, educação e lazer
|
![](../imagens/thc05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Ruína
|
THC-06
|
Ruínas de valor histórico reconhecidas
como de interesse de preservação
|
![](../imagens/thc06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Patrimônio
cultural
|
THC-07
|
Conjunto de atrativos de interesse
cultural abrangendo núcleos e centros
históricos, rotas e circuitos culturais,
reconhecidos como de interesse de
preservação
|
![](../imagens/thc07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Sítio Arqueológico
|
THC-08
|
Lugar onde se localizam vestígios de
atividade humana de culturas pretéritas
que possa conter artefatos, estruturas
e ecofatos em seu contexto original
|
![](../imagens/thc08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Farol
|
THC-09
|
Faróis de auxílio à navegação em
atividade, ou não, reconhecidos como
de interesse de preservação
|
![](../imagens/thc09.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Centro de
Cultura
|
THC-10
|
Casas de cultura, centros culturais,
pinacotecas, cinematecas, arquivos
e demais locais onde ocorram
manifestações culturais
|
![](../imagens/thc10.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Biblioteca
|
THC-11
|
Bibliotecas abertas ao público
|
![](../imagens/thc11.jpg)
|
|
|
ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTE |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Esportes
|
TAD-01
|
Local para prática de esportes
(uso genérico)
|
![](../imagens/tad01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Esportes
eqüestres
|
TAD-02
|
Hípicas, hipódromos, jóqueis-clubes, haras
|
![](../imagens/tad02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Esportes
automobilísticos
|
TAD-03
|
Autódromos, kartódromos e demais pistas
de competição de veículos motorizados
|
![](../imagens/tad03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Esportes náuticos
|
TAD-04
|
Locais para prática de esqui aquático,
jet-sky vela e windsurf
|
![](../imagens/tad04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Mergulho
|
TAD-05
|
Local para prática de mergulho
|
![](../imagens/tad05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Vôo livre
|
TAD-06
|
Plataforma para decolagem de vôo livre
|
![](../imagens/tad06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Surfe
|
TAD-07
|
Local para prática de surfe
|
![](../imagens/tad07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Canoagem
|
TAD-08
|
Local para prática de canoagem, remo
e rafting
|
![](../imagens/tad08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Pesca submarina
|
TAD-09
|
Local para prática de pesca submarina
|
![](../imagens/tad09.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Pesca esportiva
|
TAD-10
|
Local para prática de pesca esportiva
|
![](../imagens/tad10.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Montanhismo
|
TAD-11
|
Local para prática de montanhismo
|
![](../imagens/tad11.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Golfe
|
TAD-12
|
Campo de golfe
|
![](../imagens/tad12.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Aeroclube
|
TAD-13
|
Local para uso de aeronaves particulares
|
![](../imagens/tad13.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Marina
|
TAD-14
|
Marinas e ancoradouros
|
![](../imagens/tad14.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Futebol
|
TAD-15
|
Estádios e outros locais para prática
de futebol
|
![](../imagens/tad15.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Ciclismo
|
TAD-16
|
Ciclovias de lazer e velódromos
|
![](../imagens/tad16.jpg)
|
|
![](0)
|
ÁREAS DE RECREAÇÃO |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Praça
|
TAR-01
|
Praças ou largos
|
![](../imagens/tar01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Barco de passeio
|
TAR-02
|
Local de partida de barcos de passeio
|
![](../imagens/tar02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Parque urbano
|
TAR-03
|
Parques urbanos com predominância
de áreas verdes
|
![](../imagens/tar03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Represa
|
TAR-04
|
Represas e barragens
|
![](../imagens/tar04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Teleférico
|
TAR-05
|
Teleférico e bondes aéreos
|
![](../imagens/tar05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Mirante
|
TAR-06
|
Mirantes naturais ou construídos, locais
com vista panorâmica de interesse turístico
|
![](../imagens/tar06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Parque de
diversões
|
TAR-07
|
Parques de diversões e parques temáticos
|
![](../imagens/tar07.jpg)
|
|
![](0)
|
LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE TURÍSTICO |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Festas populares
|
TIT-01
|
Locais para realização de grandes
festas típicas populares
|
![](../imagens/tit01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Teatro
|
TIT-02
|
Local para exibições teatrais,
anfiteatros
|
![](../imagens/tit02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Convenções
|
TIT-03
|
Auditórios e Centros de
Convenções
|
![](../imagens/tit03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Artesanato
|
TIT-04
|
Locais de produção e
comercialização de artesanato
|
![](../imagens/tit04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Zoológico
|
TIT-05
|
Jardins zoológicos
|
![](../imagens/tit05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Planetário
|
TIT-06
|
Planetários e observatórios
astronômicos
|
![](../imagens/tit06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Feira Típica
|
TIT-07
|
Feiras de produtos típicos
|
![](../imagens/tit07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Exposição agropecuária
|
TIT-08
|
Locais para realização de
exposição agropecuária
|
![](../imagens/tit08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Rodeio
|
TIT-09
|
Locais para realização
de rodeios
|
![](../imagens/tit09.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Pavilhão de feiras
e exposições
|
TIT-10
|
Locais para realização
de feiras e exposições.
|
![](../imagens/tit10.jpg)
|
|
![](0)
|
SERVIÇOS DE TRANSPORTE |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Terminal rodoviário
|
STR-01
|
Terminais de passageiros de
ônibus urbano, interurbano ou
rodoviário
|
![](../imagens/str01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Terminal ferroviário
e metroviário
|
STR-02
|
Terminais e estações de trem
e de metrô
|
![](../imagens/str02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Aeroporto
|
STR-03
|
Aeroportos domésticos
e internacionais
|
![](../imagens/str03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Heliporto
|
STR-04
|
Locais de pouso ou manutenção
de helicópteros
|
![](../imagens/str04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Porto
|
STR-05
|
Portos marítimos e fluviais
|
![](../imagens/str05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Transporte
sobre água
|
STR-06
|
Balsa ou ferry-boat
|
![](../imagens/str06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Terminal aquaviário
|
STR-07
|
Terminal de transporte aquático
de passageiros
|
![](../imagens/str07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Ponto de parada
|
STR-08
|
Ponto de parada de ônibus
|
![](../imagens/str08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
|
![](0)
|
SERVIÇOS VARIADOS |
Identificação
|
Código
|
Utilização
|
Pictogramas
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Área de
estacionamento
|
SVA-01
|
Pátios públicos de estacionamento
de veículos
|
![](../imagens/sva01.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Informações turísticas
|
SVA-02
|
Local de informações a turistas
|
![](../imagens/sva02.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Câmbio
|
SVA-03
|
Casas de câmbio
|
![](../imagens/sva03.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Correio
|
SVA-04
|
Locais de prestação de
serviços postais
|
![](../imagens/sva04.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Rua 24 horas
|
SVA-05
|
Locais de concentração de comércio,
serviço e lazer, com funcionamento
24 horas
|
![](../imagens/sva05.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Serviço telefônico
|
SVA-06
|
Locais com telefone para uso público
|
![](../imagens/sva06.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Serviço mecânico
|
SVA-07
|
Locais que apresentam atendimento
mecânico
|
![](../imagens/sva07.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Borracharia
|
SVA-08
|
Locais que apresentam serviço
de borracheiro
|
![](../imagens/sva08.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Abastecimento
|
SVA-09
|
Existência de posto de
abastecimento
|
![](../imagens/sva09.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Pronto Socorro
|
SVA-10
|
Existência de pronto-socorro,
hospital,ou casa de saúde
|
![](../imagens/sva10.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Serviço sanitário
|
SVA-11
|
Locais equipados com sanitários
públicos
|
![](../imagens/sva11.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Restaurante
|
SVA-12
|
Existência de restaurante
ou lanchonete
|
![](../imagens/sva12.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Hotel
|
SVA-13
|
Locais com serviços hoteleiros
|
![](../imagens/sva13.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Área de campismo
|
SVA-14
|
Existência de área destinada
a camping
|
![](../imagens/sva14.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
Estacionamento de
trailler
|
SVA-15
|
Existência de área para o
estacionamento de trailler
|
![](../imagens/sva15.jpg)
|
![](../imagens/nivel1.gif)
|
|
Mensagem
Consiste nas informações que identificam os atrativos
turísticos, segundo toponímia já definida, devendo ser grafada
em uma única linha. Excepcionalmente para áreas urbanas,
podem ser adotadas duas linhas de texto, quando o topônimo
é muito extenso e sua abreviatura compromete o
entendimento, mas somente para atrativos que sejam
representados por pictograma próprio. Portanto, esse critério
não deve ser utilizado para aqueles atrativos específicos, que
não estão contemplados nas atividades previstas neste Guia.
|
|
Nas placas indicativas de distância, a mensagem também
corresponde aos algarismos e às unidades métricas utilizadas.
Tem dimensão variável de acordo com o tipo de placa, o tipo
de via em que está sendo utilizada e, principalmente, com a
velocidade regulamentada na via.
Assim, o detalhamento das placas compreende a definição
das cores e dos tamanhos dos elementos de sinalização como
o alfabeto, as setas e os pictogramas atendendo,
principalmente, aos critérios de:
• legibilidade da mensagem, conforme a velocidade
regulamentada na via, relacionada ao tempo de reação dos
condutores e, ainda, ao tipo de via em que se pretende
implantar a sinalização, ou seja, área urbana ou rural;
• visibilidade, de acordo com a configuração geométrica do
local e o contraste com o entorno;
• tamanho das mensagens, definida a partir da toponímia
adotada;
• espaço disponível na via para a placa;
• uniformidade visual;
• padronização e facilidade para a confecção e manutenção
das placas.
As tarjas, orlas, setas e padrão de alfabeto podem ser adaptados
quando em locais que já contam com sinalização existente e,
caso seja indicada a compatibilização com o POT Local.
|
Cores e Formas
As placas que constituem a sinalização de orientação turística
para usuários de veículos motorizados são compostas por
alguns elementos que apresentam cor e forma definidas. O
fundo das placas, área que mais se destaca nesse tipo de
sinalização, está associado à cor marrom, já amplamente
utilizada em outros países e por isso de conhecimento
internacional, facilitando assim a compreensão e identificação
dos atrativos por grande parte dos usuários.
Na maioria dos casos, para cada atrativo existente, há um
pictograma correspondente cuja finalidade é, juntamente com
a legenda, contribuir para maior entendimento da mensagem,
sendo para tanto, destacado do fundo da placa por meio da
cor branca e figura na cor preta. Quando ocorrer a
necessidade de sinalizar um atrativo para o qual não exista
pictograma definido neste Guia, sua identificação se faz
somente por meio do respectivo topônimo.
As placas podem se apresentar na forma quadrada e
retangular, com o lado maior na horizontal. A forma quadrada
deve ser utilizada unicamente para as placas de identificação
de atrativos turísticos que apresentam pictograma próprio,
enquanto a forma retangular deve ser aplicada às placas
indicativas de sentido e de distância e, ainda, às placas de
identificação cujo atrativo não é representado por pictograma.
Independente do tipo de placa, o pictograma deve ser sempre
utilizado na forma quadrada.
Opcionalmente, as placas podem ter seus cantos ligeiramente
arredondados a fim de afastar o risco de acidentes causados
pelas arestas pontiagudas, especialmente quando moldadas
em chapas metálicas.
|
![](../imagens/tablecorform.jpg)
|
* nos casos excepcionais em que o atrativo turístico não é representado por pictograma específico, esta placa deve ser retangular, com o lado maior na horizontal.
|
Dimensões
As placas de sinalização de orientação de atrativos turísticos
não apresentam dimensões fixas. Cada placa tem seu
dimensionamento próprio, em função do tipo, do número de
informações e do maior topônimo nela contido, assim como
dos demais elementos que a compõem, tais como setas, orlas,
tarjas, pictogramas etc. As tarjas e orlas, independente do tipo
de placa e de sua localização na via, se mantêm constantes
em todos os casos.
As mensagens das placas e respectivos elementos devem ser
visualizados claramente, independente das características das
vias e das velocidades nelas regulamentadas. A partir dessa
premissa, são definidas alturas e tamanhos mínimos para os
componentes da Sinalização de Orientação Turística,
objetivando garantir sua legibilidade pelos usuários da via, de
acordo com as velocidades estabelecidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro - CTB, para as vias urbanas e rurais. Esse
dimensionamento está apresentado no item 5.2.2.4 deste
capítulo.
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Reflexão e Iluminação
A Sinalização de Orientação Turística pode se apresentar na
forma de placas iluminadas, luminosas, retro-refletivas,
impressas não-refletivas ou pintadas.
A escolha do material empregado deve ser feita segundo
critérios de visualização da sinalização e da distância de
legibilidade necessárias à segurança do trânsito. Recomenda-se
que as placas sejam retro-refletivas, iluminadas ou
luminosas, nas vias rurais ou urbanas não dotadas de rede de
iluminação pública, ou com iluminação deficiente e ainda nas
situações em que houver poluição visual.
Outros materiais podem ser utilizados, desde que possuam
propriedades físicas e químicas que mantenham as
características aqui determinadas de forma, cor e dimensões,
durante todo o seu período de uso, em quaisquer condições
climáticas, de dia ou de noite, inclusive após limpeza ou
utilização de outros processos de manutenção.
No caso de películas, recomenda-se a utilização de materiais
conforme já determinado em normas técnicas específicas
elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT.
Materiais das Placas
Materiais como metais ferrosos e não-ferrosos tratados,
plásticos reforçados com fibra de vidro e compensados de
madeira com resina impermeabilizadora são utilizados em
placas de sinalização.
A escolha do material empregado deve respeitar os seguintes
critérios:
adequação às normas da ABNT;
durabilidade e compatibilidade entre os materiais da placa
e o da película ou pintura;
condições climáticas e atmosféricas.
Outros materiais existentes ou surgidos a partir de
desenvolvimento tecnológico podem ser utilizados, desde que
possuam propriedades físicas e químicas que garantam sua
rigidez e forma em quaisquer condições climáticas, de dia ou
de noite, inclusive após manutenção.
Fixação e Suportes
Os suportes devem ser fixados de modo a manter,
rigidamente, as placas em sua posição permanente e
apropriada, evitando que balancem com o vento e sejam
giradas ou deslocadas. Para a fixação da placa ao seu suporte,
devem ser usados elementos não-corrosíveis, a fim de evitar a
queda da placa. Recomenda-se também que seja utilizado
processo de galvanização a quente.
Os materiais dos suportes podem ser: metal, concreto ou
madeira, de preferência protegida e tratada contra o
apodrecimento. Outros materiais existentes ou surgidos a
partir de desenvolvimento tecnológico podem ser utilizados,
desde que possuam propriedades físicas e químicas que
garantam sua rigidez e forma em quaisquer condições
climáticas, de dia ou de noite, inclusive após manutenção.
Nas placas colocadas nas laterais ou sobre a via, recomenda-se
a utilização de suporte próprio de fixação, tais como:
coluna simples, coluna dupla, braço projetado, bandeira
simples, bandeira dupla, semipórtico simples, semipórtico
duplo, cordoalha ou pórtico.
Quando possível e observada a altura destinada à passagem
dos veículos, a estrutura de viadutos e pontes pode ser
utilizada como suporte de sinais. Em todos esses casos,
entretanto, a localização correta das placas de sinalização de
orientação deve ser respeitada.
É recomendável que os suportes possuam cores neutras e
formas que não causem dificuldade de interpretação das
mensagens. Não devem constituir obstáculos à segurança de
veículos e pedestres. Nos casos em que exista risco potencial,
que não possa ser sanado, os obstáculos devem ser
protegidos.
As placas colocadas em áreas divisoras de pistas, com fluxos
divergentes, devem estar apoiadas em suportes colapsíveis, ou
seja, de material deformável, adequado para absorver a
energia do choque. Caso se utilizem suportes de fixação muito
rígidos, deve-se guarnecer o local com defensas ou barreiras, a
fim de proteger os usuários na eventual colisão.
Manutenção e Conservação
Placas de sinalização, sem conservação ou com conservação
precária, perdem sua eficiência como dispositivos de controle
de tráfego. Placas de sinalização danificadas, sujas ou
deformadas são ineficientes e formam imagem de descrédito
da entidade responsável. Assim, todas as placas de sinalização
devem ser mantidas na posição apropriada, sempre limpas e
legíveis. As placas e os suportes danificados devem ser
reparados ou substituídos sem demora.
Cuidados especiais devem ser tomados pela autoridade de
trânsito local para assegurar que vegetação, mobiliário
urbano, placas publicitárias e materiais de construção não
prejudiquem a visualização da sinalização, mesmo que
temporariamente.
No caso de placas de sinalização iluminadas ou luminosas,
deve-se manter uma programação regular de substituição das
lâmpadas, de forma que sejam renovadas antes que atinjam o
limite da vida útil prevista.
5.2.2.2. Tipos de placas
A Sinalização de Orientação Turística é composta por três tipos
de placas: de identificação de atrativo turístico, indicativas de
sentido e indicativas de distância. As placas indicativas de
sentido apresentam configurações diferenciadas em função
das direções a serem informadas e do atendimento às
necessidades de cada local com relação à visualização,
legibilidade, entendimento etc.
Placa de Identificação de Atrativo Turístico
Corresponde à placa que tem por finalidade indicar aos
usuários de veículos motorizados a localização do destino
procurado, compreendendo a identificação do local por meio
de seu nome e do respectivo pictograma. Pode ocorrer que
determinado atrativo não seja representado por pictograma
específico sendo, neste caso, adotado somente o topônimo
grafado em uma ou duas linhas de texto.
É colocada nos passeios públicos, em geral em frente ao
atrativo turístico e voltada para o trânsito de veículos. Sua
colocação depende da existência, ou não, de identificação
própria do local. Pode ser suprimida caso haja algum tipo de
informação mais eficiente para os condutores, ou outra forma
que destaque visualmente o atrativo turístico, eliminando
assim a necessidade dessa placa de identificação.
Placas Indicativas de Sentido (Direção)
Para garantir a orientação aos destinos pretendidos são
utilizados, basicamente, quatro tipos de placas com setas
direcionais:
na aproximação de uma interseção é aplicada a pré-sinalização;
ainda na aproximação de uma interseção é utilizada a
confirmação de saída, constituindo a segunda etapa de
informação;
uma terceira refere-se à confirmação em frente que,
de acordo com as características do local, é necessária para
identificar os atrativos turísticos que estão posicionados na
diretriz da via sinalizada;
o quarto tipo de placa, que corresponde ao posicionamento
na pista, é utilizada em situações específicas.
Pré-Sinalização
É utilizada em aproximação de interseção, onde há fluxo de
saída em função da existência de atrativos turísticos à
esquerda ou à direita. Seu objetivo é informar
antecipadamente as opções de destino à frente, evitando
enganos e movimentos conflitantes no ponto de decisão, bem
como ordenar o uso de faixas de trânsito. Conforme a
necessidade de cada local, essa sinalização é repetida em um
ou mais pontos, de acordo com as características físicas da
via, do tipo de ambiência do entorno, da velocidade praticada,
do tipo de veículo, entre outros.
Dependendo do número de mensagens a ser utilizado, a pré-sinalização
pode conter as informações correspondentes aos
movimentos de saída ou aos movimentos em frente. No caso
de ocorrer um número maior de mensagens relativas aos
fluxos de saída, a pré-sinalização deve então conter somente
tais informações.
Confirmação de Saída
A confirmação de saída tem a finalidade de identificar, no ponto
de decisão da interseção, a mudança de direção a ser efetuada
para alcançar os atrativos desejados. Nesse local são fornecidas
apenas as informações que implicam a respectiva mudança.
Em algumas situações, esse esquema de sinalização pode ser
alterado por não haver disponibilidade de espaço para a
colocação das duas placas, ou seja, pré-sinalização e
confirmação de saída. São exemplos: vias com guias
rebaixadas contínuas, muito arborizadas, com outras
interferências visuais tipo marquises; e vias locais que
apresentam baixa velocidade dos veículos e, principalmente,
situações nas quais a sinalização interfira negativamente em
monumentos tombados, sendo então utilizada apenas a placa
de pré-sinalização, posicionada mais próxima da interseção.
Confirmação em Frente
Pode ser utilizada em duas situações distintas: na
aproximação de uma interseção e ao longo de um trajeto até
ser atingido o local de interesse.
Em uma aproximação de interseção, onde há necessidade de
orientar separadamente na pré-sinalização os movimentos de
saída e de sentido em frente, esse tipo de placa é utilizado
com o objetivo de garantir, caso sejam muitas mensagens,
maior legibilidade das informações e/ou melhor
posicionamento dos veículos nas faixas de trânsito.
Outra situação em que se aplica tal placa é quando há
necessidade de proporcionar ao usuário, no caso de atrativos
distantes do ponto onde foi iniciada a sinalização, a repetição
a espaços regulares ao longo da via, da confirmação de que
deve seguir em frente para alcançar os atrativos turísticos
discriminados. Dessa forma, evita-se gerar dúvidas quanto ao
caminho a ser seguido, principalmente onde a complexidade
do local compromete seu entendimento.
Posicionamento na Pista
É utilizada para distribuir o fluxo de veículos nas faixas de
tráfego, em locais com indicação para que os condutores
mantenham seus veículos posicionados corretamente na faixa
de rolamento. Assim, são reduzidos os riscos de acidentes em
decorrência de manobras inesperadas para acesso aos
atrativos turísticos e diminuídas as possibilidades de
comprometimento do desempenho do tráfego. Para atender a
esse objetivo, a placa deve sempre estar suspensa ou
projetada sobre as vias, sendo para tanto utilizados os
suportes tipo pórtico, semipórtico ou cordoalha.
As setas são colocadas na posição vertical, apontadas para
baixo e posicionadas no meio da placa, com cuidado para que
o posicionamento coincida com o eixo da faixa de tráfego que
se quer orientar.
Placa Diagramada
Permite a representação da configuração física do local,
indicando a forma como o movimento deve ser executado. É
utilizada em locais específicos, onde a aplicação da sinalização
usual não proporciona ao usuário o total esclarecimento
quanto ao ponto de saída para determinado atrativo turístico.
Pode estar contemplando somente o movimento de saída ou
estar conjugada com o movimento em frente, dependendo,
portanto, da existência de referenciais à frente, de
disponibilidade de espaço na placa, do número máximo de
informações e da complexidade da configuração a ser
representada.
Assim como as demais, a placa diagramada também contribui
para que os condutores mantenham seus veículos
posicionados corretamente na faixa de rolamento, de forma a
evitar manobras inesperadas próximas às interseções e
reduzindo riscos potenciais de acidentes.
Placa Indicativa de Distância
Corresponde à placa que indica as distâncias até aos diversos
atrativos turísticos situados na diretriz da via sinalizada. Tem
como função confirmar o trajeto dos fluxos de passagem,
principalmente quando são acrescentados, a essa via, novos
fluxos veiculares oriundos de outras vias.
As distâncias podem estar discriminadas em quilômetros, caso
mais indicado para situações que se apresentarem em área
rural, ou em metros, para os casos de sítios específicos e áreas
urbanas.
Os nomes dos atrativos devem ser apresentados na placa, do
alto para baixo, em ordem crescente das distâncias.
5.2.2.3. Critérios de diagramação
Uma forma de garantir a legibilidade e uniformidade das
informações, constantes de uma placa de orientação, é por
meio do estabelecimento de critérios quanto à disposição de
seus elementos. Dessa maneira, obtém-se uma melhor leitura
por parte do usuário e, conseqüentemente, o acesso aos
destinos desejados. Esses critérios estão baseados na
composição visual da placa e no alinhamento das
informações, conforme as dimensões da maior mensagem.
Composição Visual
Cinco aspectos importantes estão relacionados à legibilidade
das mensagens nas placas de sinalização:
O número de informações constantes nos diferentes tipos de
placas é o primeiro aspecto a ser avaliado. São estabelecidos
os limites máximos, conforme o tipo de placa e a grafia do
topônimo, considerando a velocidade do veículo e a
capacidade dos condutores para ler e apreender as
mensagens:
Placa Indicativa de Sentido – pode ser utilizado o máximo
de quatro linhas numa mesma placa. No entanto, nos casos
de indicação de um mesmo sentido de direção, o total de
linhas não pode ser superior a três. Admite-se duas
exceções para um mesmo sentido, cuja composição final
resulte em quatro linhas de texto: quando ocorre o uso
simultâneo de dois topônimos grafados em duas linhas, ou
o uso de dois topônimos grafados em uma linha,
combinado com um topônimo em duas linhas.
Placa de Posicionamento na Pista – o limite máximo é a
utilização de duas linhas de mensagem: dois topônimos
grafados em uma linha ou apenas um topônimo grafado em
duas linhas de texto.
Placa Diagramada – pode ter o número máximo de quatro
linhas de informações, sendo possível, para um mesmo
sentido, somente três linhas. Em áreas urbanas, onde,
excepcionalmente, o topônimo pode ser grafado em duas
linhas, são mantidas as mesmas regras da placa indicativa
de sentido.
Placa Indicativa de Distância – o número máximo é de três
linhas de informações em cada placa. Como esse tipo de
placa é usualmente aplicado em área rural, as mensagens
devem ser grafadas em apenas uma linha.
A seqüência de informações é o segundo aspecto importante
e diz respeito à ordem em que as mensagens são
apresentadas tanto numa única placa quanto nas demais ao
longo da via sinalizada. Na definição das informações a serem
incluídas numa placa, é mantida a ordem de saída das
localidades. Primeiramente, é apresentada a mensagem
correspondente ao referencial mais próximo, depois aos
intermediários e por último ao referencial de ponta, ou seja,
mais distante. Quando ocorre mais de uma saída num mesmo
ponto, é obedecida a ordem de colocação das setas.
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No caso de haver necessidade de desmembramento da placa,
a seqüência das informações também deve observar a lógica
de saída, procurando-se agrupar, quando possível, os
referenciais de um mesmo nível numa única placa.
A preocupação em manter uma seqüência coerente de
informações objetiva fazer com que o usuário, ainda que não
tenha conhecimento da regra aplicada, seja induzido a
assimilar as informações prestadas com mais facilidade e
rapidez.
A percepção, pelo usuário, das mensagens e do conjunto de
informações que compõem as placas de sinalização, é
fundamental para se alcançar os objetivos propostos. Para
tanto, os topônimos devem ser adequados, de forma que não
comprometam sua compreensão. Cabe destacar que os
projetos a serem desenvolvidos devem ter toda toponímia
avaliada com relação aos tamanhos das mensagens, de modo
que as abreviações, quando utilizadas, sejam mantidas como
regra geral em toda a sinalização. Nesses casos, são aplicadas
regras gramaticais da língua portuguesa e ajustados alguns
nomes conforme identificação popular. Os critérios de
abreviação constituem o Anexo 2 no final deste documento.
Posteriormente, são definidos os critérios de colocação do
conjunto de informações que compreendem as mensagens, as
setas direcionais, os pictogramas, as tarjas que separam
mensagens com sentidos diferentes, e as orlas superior e
inferior. Toda a composição deve ser estudada de forma a
garantir a percepção por parte do usuário, evitando-se ao
máximo que estes venham a ter dúvidas quanto à informação
procurada.
A visualização das mensagens e das placas é outra
preocupação a ser mantida para garantir a legibilidade. Para o
correto entendimento das mensagens, são considerados: o
tipo de alfabeto a ser utilizado; as alturas de letra de acordo
com o tipo de via e da velocidade dos veículos que nela
trafegam; os espaçamentos entre letras, entre palavras, entre
letras e setas, entre letras e pictogramas, entre seta e
pictograma e entre linhas; e a diagramação de cada placa,
procurando-se melhor legibilidade em função da combinação
de seus diferentes componentes (setas, pictogramas, textos,
tarjas e orlas). É também necessária a definição do critério de
colocação da sinalização de orientação na via, conforme o
tipo de placa a ser implantado, ou seja, pré-sinalização,
confirmação de saída, confirmação em frente, posicionamento,
de distância e identificação. Nesse sentido, deve-se procurar
evitar dúvidas para o usuário no seu deslocamento,
posicionando as placas em locais adequados e livres de
interferências visuais.
A distribuição dos elementos deve seguir um padrão
predefinido para garantir, além da legibilidade, uma
uniformização da sinalização, de forma a tornar mais fácil a
assimilação por parte do usuário, uma vez que os seus
diversos componentes se apresentam organizados e
posicionados, sempre obedecendo uma mesma regra. Essa
padronização torna a leitura e o entendimento mais rápidos,
favorecendo a realização dos deslocamentos com segurança.
A composição visual de cada um dos tipos de placas
existentes é definida considerando os aspectos relacionados à
legibilidade das mensagens nas placas de sinalização, e
procurando garantir a melhor leitura por parte do usuário
para, conseqüentemente, ter acesso aos destinos desejados.
Placas de Identificação de Atrativo Turístico
As placas de identificação de atrativo turístico devem
apresentar a forma quadrada (1,0m x 1,0m) e conter o
pictograma referente ao atrativo turístico colocado acima da
mensagem. Podem ocorrer situações em que o atrativo
sinalizado não é representado por um pictograma próprio,
sendo então colocada apenas sua identificação por texto,
conforme toponímia adotada para as demais placas
indicativas utilizadas e apresentando, por esse motivo, a forma
retangular (0,5m x 1,0m) com o lado maior na horizontal.
Placas Indicativas de Sentido (Direção)
A organização básica das mensagens consiste no seu
agrupamento de acordo com o sentido a ser indicado,
separando os campos visuais por tarja horizontal entre os
diferentes sentidos.
A diagramação das placas é definida de modo que as
mensagens e as setas sejam posicionadas em uma ordem
adequada à indicação dos locais sinalizados. Assim, as
mensagens devem ser apresentadas obedecendo à seqüência
dos sentidos a serem indicados.
A seta de sentido em frente, quando utilizada em conjunto
com mensagens referentes a outras direções, deve ser
posicionada no lado oposto ao da seta imediatamente
anterior. Quando as informações se referem somente ao
sentido em frente, a seta deve estar posicionada do lado
esquerdo da mensagem.
Cabe destacar que nas placas indicativas de sentido,o
pictograma é sempre posicionado entre a seta e a mensagem
referente ao atrativo turístico indicado, admitidas as exceções
previstas para as placas de posicionamento na pista e para as
diagramadas.
Nas placas de posicionamento na pista, a seta é mantida
sempre abaixo das mensagens e centralizada a partir do eixo
vertical da placa. O pictograma, seguido do respectivo
topônimo, é alinhado à esquerda da placa , podendo, no caso
de apenas uma informação, estar posicionado acima do
topônimo, principalmente se este é muito extenso.
As placas diagramadas não possibilitam a definição de
uma composição visual fixa, uma vez que dependem da
configuração física do local a ser sinalizado. Para elaborar o
desenho de uma placa diagramada, são recomendados os
seguintes procedimentos:
desenhar a situação física existente;
simplificar o desenho obtido até que haja espaço na placa
para a inscrição horizontal dos textos;
reduzir ao máximo a área da placa, eliminando espaços
desnecessários, sem prejudicar a compreensão da
informação;
colocar no máximo quatro informações em placa destinada
a áreas rurais, sendo que para um único sentido o número
maior de informações é três;
seguir, em áreas urbanas, os mesmos critérios estabelecidos
para áreas rurais, desde que os topônimos sejam grafados
em apenas uma linha. Para as placas colocadas em área
urbana e que contenham topônimos identificados em duas
linhas, devem ser observados os limites máximos por placa e
por sentido, de acordo com o número de linhas;
utilizar como seta básica a do tipo S-3, conforme
apresentado no item 5.2.2.4 , com prolongamento
correspondendo à maior largura da base da seta;
situar o esquema de movimentos à direita ou à esquerda da
placa, variando conforme a configuração do local;
indicar, a critério, somente os movimentos sinalizados, ou
ainda a representação da geometria do local, por meio da
utilização de hachura nas áreas que correspondem a
passeios, quadras ou canteiros divisores;
colocar o pictograma, quando utilizado, entre a seta e o
texto, atentando-se para o fato de que em casos
excepcionais ele pode ser aplicado acima do texto, desde
que o topônimo seja extenso e naquele sentido seja
indicada somente uma linha de informação.
Placas Indicativas de Distância
As placas indicativas de distância devem conter o
pictograma posicionado à esquerda da mensagem e as
respectivas distâncias colocadas à direita. Pode ocorrer que
um determinado atrativo turístico não seja identificado por
pictograma. Nesse caso, deve constar da placa somente o
topônimo e a distância até o atrativo.
Alinhamento
Manter o alinhamento das informações, conforme regras
preestabelecidas, é um procedimento a ser adotado em todos
os tipos de placas, pois juntamente com a distribuição
padronizada dos elementos na placa, proporciona ao usuário
uma leitura mais rápida e correta das informações, garantindo,
por sua vez, a eficácia da sinalização implantada.
Com exceção das placas de identificação de atrativo turístico,
das placas de posicionamento na pista que apresentem
apenas uma mensagem, e daquelas que contêm os topônimos
grafados em duas linhas, todas as demais devem ter o eixo do
texto alinhado com o eixo do pictograma, independente do
número de informações. Para as placas que apresentam
topônimos identificados em duas linhas de texto, o
alinhamento ocorre pelo eixo do pictograma e pelo eixo do
espaçamento vertical entre as linhas de texto.
Placas de Identificação de Atrativo Turístico
O pictograma e a linha referente à
mensagem que identifica o atrativo
turístico são alinhados ao eixo vertical da
placa. Pelo fato dessas placas terem
tamanho preestabelecido, pode ocorrer
que uma única linha não seja suficiente
para indicar o topônimo. Nesse caso,
pode ser adotado o texto em duas
linhas, também alinhadas ao eixo vertical
da placa.
Nos casos excepcionais, em que o atrativo turístico não é
representado em forma de pictograma, por ser muito
específico ou por não ter sido
contemplado nas atividades previstas
neste Guia, utiliza-se somente a
mensagem referente ao topônimo,
centralizada vertical e horizontalmente
na placa, mesmo se esta estiver grafada
em duas linhas.
Placas Indicativas de Sentido (Direção)
Para permitir que a leitura da placa seja rápida e fácil, é
recomendado o alinhamento das mensagens de acordo com
as seguintes regras:
Quando existir duas ou três informações para uma única
direção, estas devem ser alinhadas à esquerda, se a seta
estiver posicionada à esquerda, e à direita, se a seta estiver
posicionada à direita.
Quando existir duas ou mais informações, com setas
posicionadas de lados opostos, o alinhamento é definido
pela maior mensagem.
O início da maior mensagem define o alinhamento das setas
posicionadas à esquerda da placa. O fim da maior
mensagem define o alinhamento das setas posicionadas à
direita da placa.
Caso existam duas informações e duas direções com setas
posicionadas no mesmo lado da placa, as mensagens são
alinhadas pelo lado de colocação das setas.
O pictograma deve ser posicionado entre a mensagem e a
seta, observadas as exceções previstas para as placas de
posicionamento na pista e placas diagramadas.
Nas situações excepcionais, em que o topônimo é extenso e
a opção for adotá-lo grafado em duas linhas, o alinhamento
deve ocorrer pelo lado do pictograma.
Os espaçamentos do pictograma em relação à borda lateral,
seta e/ou início do texto devem seguir os critérios
estabelecidos conforme o item 5.2.2.4 deste capítulo.
Há casos em que o atrativo não é representado por um
pictograma, sendo então adotados os critérios de
alinhamento definidos pela maior mensagem e pelo
posicionamento das setas.
Nas placas de posicionamento na pista, o pictograma
deve permanecer à esquerda da mensagem ou, no caso de
uma só mensagem, pode estar centralizado na parte
superior da placa.
Nas placas diagramadas, que contemplam o movimento
em frente, os pictogramas e mensagens são alinhados da
seguinte forma:
- pela ponta lateral superior das setas que indicam saídas à
direita ou à esquerda; e
- pela ponta lateral mais externa da seta de sentido em
frente, ou de outro elemento que represente a
configuração física do local, situado mais próximo da
borda da placa.
Nas placas diagramadas, onde não é representado o
movimento em frente, os pictogramas e mensagens são
alinhados da seguinte forma:
- pelo eixo da seta e o eixo da mensagem, no caso de uma
única informação;
- pelo eixo da seta e o eixo entre as duas linhas de
mensagens, no caso de duas informações para o mesmo
sentido; e
- pelo eixo da seta e o eixo da mensagem central, no caso
de três informações para o mesmo sentido.
Placas Indicativas de Distância
Para permitir que a leitura da placa seja rápida e fácil, o
alinhamento das mensagens deve seguir as regras abaixo:
Os pictogramas são alinhados à esquerda da placa, com a
respectiva mensagem posicionada à direita.
A unidade de medida especificada na placa, km ou m,
colocada após o último algarismo, é que define o
alinhamento da lateral direita.
A maior mensagem e a maior distância são os elementos
que definem a largura da placa.
Os espaçamentos entre borda lateral, pictograma,
mensagem, algarismo e unidade de medida devem seguir os
critérios estabelecidos no item 5.2.2.4 deste capítulo.
Nos casos em que o atrativo turístico não é representado
por pictograma específico, o alinhamento da mensagem
deve ser à esquerda da placa.
5.2.2.4. Dimensionamento
O tamanho da placa é definido em função, principalmente, do
tamanho das mensagens, além dos pictogramas, orlas, tarjas e
setas. O tamanho das mensagens, por sua vez, é decorrente
da necessidade destas serem lidas e entendidas rápida e
facilmente, o que implica na observação dos seguintes fatores:
altura das letras, que é em função da distância de
legibilidade e, conseqüentemente, da velocidade
regulamentada para a via;
comprimento das mensagens, calculado a partir da
aplicação das tabelas de largura dos caracteres e
espaçamentos entre eles, diferentes para cada altura de letra;
existência ou não de pictogramas relativos a cada mensagem;
movimentos indicados, o que determina a necessidade e as
dimensões das setas e tarjas.
As dimensões dos elementos que compõem as placas
indicativas de atrativos turísticos são definidas em função da
velocidade regulamentada na via, de forma a garantir as
condições ideais de legibilidade das mensagens. Além da
velocidade, é importante identificar o tipo de via em que se
pretende implantar a Sinalização de Orientação Turística, uma
vez que as características do entorno também interferem
diretamente na definição da altura das letras a serem
utilizadas.
Dimensionamento de textos
Para atender os Princípios da Sinalização de Orientação é
necessário especial cuidado com a diagramação de textos, que
devem ser grafados, na maior parte dos casos, em letras
iniciais maiúsculas e o restante minúsculas, para facilitar a
leitura.
Antes do dimensionamento das mensagens, devem ser
observadas a altura mínima das letras, conforme a velocidade
regulamentada na via, e a característica da área onde a via
está inserida, ou seja, se é urbana ou rural.
Tabela 1 – Altura Mínima das Letras
(1) referente à letra maiúscula
(2) uso exclusivo em áreas protegidas por legislação especial
(patrimônio histórico, arquitetônico etc.) ou que apresente
restrições físicas.
(3) vias arteriais – altura das letras de 150mm e pistas locais
de vias de trânsito rápido - altura das letras de 200mm
Recomenda-se o uso de letras e algarismos conforme o
Anexo 3 deste Guia, com dimensões das letras maiúsculas de
referência fixadas de acordo com os tipos de placa, as
características do local e a velocidade regulamentada na via.
Esse conjunto de caracteres, de uso amplamente difundido, foi
criteriosamente estudado para ser utilizado em situações de
leitura por usuários que se encontram em movimento. Da
mesma maneira, foram estudados os espaçamentos entre os
caracteres, uma vez que as formas das letras e algarismos
criam sensações óticas que distorcem suas dimensões. Assim,
letras de dimensões iguais podem parecer diferentes em
função da sua forma. O mesmo acontece com os
espaçamentos, que podem parecer diferentes dependendo do
desenho das letras que separam. Para facilitar a leitura, os
espaçamentos entre letras e entre algarismos são
estabelecidos de modo a uniformizar e corrigir essas possíveis
distorções visuais.
O dimensionamento do comprimento dos textos é calculado
com base nas tabelas de largura das letras e espaçamentos
entre elas, especificados em milímetros, seguindo o exemplo:
As tabelas 2 a 5 apresentam as dimensões das letras, dos
algarismos e dos sinais gráficos, enquanto que os
espaçamentos entre letras e entre algarismos são
apresentados nas tabelas 6 a 9. A tabela 10 apresenta as
espessuras do traço para letras e algarismos, conforme as
alturas recomendadas e de forma a facilitar a confecção dos
elementos que compõem cada topônimo.
Tabela 2 – Largura das Letras Maiúsculas (mm)
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Tabela 3 – Largura das Letras Minúsculas (mm)
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Tabela 4 – Largura dos Algarismos (mm)
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Tabela 5 – Dimensões dos Sinais Gráficos (mm)
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Tabela 6 – Espaçamento entre Letras
Maiúsculas (mm)
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Nota: Para determinar o espaçamento adequado entre as letras, identifique primeiramente o
número do código (entre letra precedente e letra seguinte); posteriormente encontre o
espaçamento correspondente ao código para a altura de letra desejada.
Tabela 7 – Espaçamento entre Letras Minúsculas (mm)
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Tabela 8 – Espaçamento entre Letras Maiúsculas e Minúsculas (mm)
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Tabela 9 – Espaçamento entre Algarismos (mm)
Nota: Para determinar o espaçamento adequado entre os algarismos,
identifique primeiramente o número do código (entre algarismo
precedente e algarismo seguinte); posteriormente encontre o
espaçamento correspondente ao código para a altura do algarismo
desejado.
Tabela 10 – Espessura do Traço de Letras e
Algarismos (mm)
Dimensionamento de Setas
As setas apresentam dimensão definida em função do
tamanho da letra utilizada, do número de informações, da
posição em que são colocadas na placa e dos tipos de placas
existentes. A Tabela 11 apresenta as dimensões mínimas
necessárias para o dimensionamento das placas.
Tabela 11 – Dimensões das Setas (mm)
Dimensionamento de Pictogramas
Os pictogramas apresentam forma quadrada, com dimensão
definida em função do tipo de placa e do tamanho da letra
utilizada. Recomenda-se não adotar pictograma inferior a 200
mm de lado. A Tabela 12 apresenta as dimensões mínimas
necessárias para a confecção das placas.
Tabela 12 – Dimensão dos Pictogramas (mm)
Espaçamento entre os elementos
Outra preocupação a ser mantida no dimensionamento é a
observação às regras de espaçamento entre os elementos que
compõem a placa de sinalização, considerando que:
os espaçamentos horizontais entre os elementos da placa,
como bordas, texto, seta e pictograma, e inclusive entre
palavras, são sempre iguais a “d”, com exceção do
espaçamento entre o texto e a informação da quilometragem
nas placas de distância que deve ser de “1,5d”.
Tabela 13 – Espaçamento entre os elementos (mm)
o espaçamento vertical, definido em geral entre pictogramas
e entre estes e tarjas ou orlas, é sempre igual a “d”. No
caso de mensagens que não apresentam pictogramas, o
espaçamento “d”é mantido entre linhas de texto, ou entre
linha de texto e pictograma, quando se misturam as duas
situações.
Quando os topônimos utilizados são grafados em duas
linhas, o espaçamento vertical é definido de forma
diferenciada. Nesse caso, o pictograma, elemento base para
a diagramação das placas, é substituído pelas linhas do
topônimo como parâmetro para a definição dos espaçamentos
verticais entre os elementos. Isso ocorre em razão de a altura
formada pelas duas linhas de texto, mais o espaçamento entre
elas, ser maior do que a altura do pictograma.
Assim, devem ser seguidos os critérios abaixo:
- o espaçamento entre as linhas de um topônimo é
sempre “d”.
- o espaçamento das linhas do topônimo até à tarja ou à
orla é sempre “d”.
- quando são utilizados dois topônimos, grafados em duas
linhas para um mesmo sentido, o espaçamento entre eles
é considerado a partir da segunda linha do primeiro
topônimo e da primeira linha do segundo topônimo, sendo
sempre igual à altura “h” utilizada para a mensagem.
- quando é utilizado, para um mesmo sentido, um topônimo
grafado em duas linhas e outro em apenas uma linha, o
espaçamento é sempre “d” e medido a partir de uma das
linhas do topônimo identificado por dois textos, até o
pictograma relativo ao topônimo de uma só linha.
Além dos espaçamentos entre os elementos que definem a
composição das placas, outros três critérios devem ser
observados no dimensionamento. Esses critérios estão
relacionados à configuração do topônimo, quando constituído
por duas palavras separadas por hífen, quando grafado em
forma abreviada por ponto, ou quando apresentado por
números ordinais abreviados.
O espaçamento horizontal entre duas palavras separadas
por hífen é igual a “2d”e o hífen é colocado no ponto
médio do espaço resultante entre as palavras;
O espaçamento horizontal entre a letra e o ponto de
abreviatura é sempre igual a “d 1 ”;
Nas abreviaturas de números ordinais, por exemplo “3ª”,o
espaçamento horizontal entre o número e a abreviatura “ª”
é sempre “d 2 ” e a largura da letra corresponde a “l ”.
Tabela 14 – Espaçamento das abreviaturas (mm)
Para facilitar a compreensão dos procedimentos a serem
observados no dimensionamento das placas, recomenda-se
que sejam seguidas as etapas conforme o fluxograma
apresentado a seguir. Essa medida contribui para que não seja
omitido nenhum item, o que implicaria em dimensões de
placas incompatíveis com as mensagens a serem transmitidas
e comprometeria, conseqüentemente, a legibilidade de todo o
conjunto.
Modulação das placas
As dimensões de cada placa variam em função da altura de
letra utilizada e das mensagens nela contidas. Pode ser
adotada uma modulação, tanto para a altura da placa quanto
para a largura, com o objetivo de otimizar o uso do material
com que as placas são confeccionadas. Em geral, as chapas
são produzidas sob padrões preestabelecidos. Para seu melhor
aproveitamento, recomenda-se a adoção, no mínimo, de
medidas que variem de 0,10m em 0,10m.
Para a definição do comprimento, a partir das dimensões
reais da placa e da necessidade de ajuste em função da
modulação das chapas, devem ser adotados os seguintes
procedimentos:
verifica-se o valor do módulo mais próximo do comprimento
real da placa;
até 0,05m de diferença, deve-se optar pelo módulo menor, e
acima de 0,05m, pelo módulo maior;
se a opção é pelo módulo maior que o valor real da placa,
deve-se calcular a diferença entre o comprimento do
módulo e o valor real e dividir o resultado por dois. Esse
valor deve ser acrescido aos espaçamentos entre as bordas
laterais da placa e os demais elementos como pictogramas,
textos e setas;
se a opção é pelo módulo menor, a diferença também deve
ser retirada nos espaçamentos entre as bordas laterais da
placa e os demais elementos como pictogramas, textos e setas.
O ajuste necessário na altura da placa, em função do
módulo, deve ocorrer da seguinte forma:
verifica-se o valor do módulo mais próximo da altura real
da placa;
até 0,05m de diferença, deve-se optar pelo módulo menor, e
acima de 0,05m, pelo módulo maior;
as diferenças entre o valor real e o valor do módulo, tanto a
menor quanto a maior, são distribuídas, o mais igualmente
possível, nos espaçamentos entre as informações e as orlas
internas e tarjas horizontais.
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5.2.3. Colocação das placas
A visualização das placas é fundamental para garantir a
eficácia da sinalização de orientação na via, sendo, para tanto,
necessária a definição de alguns critérios de colocação,
conforme o tipo de via e o tipo de placa a ser implantado:
pré-sinalização, confirmação de saída, confirmação em frente,
posicionamento, de distância e identificação. Nesse sentido,
deve-se procurar evitar dúvidas ao usuário no seu
deslocamento, posicionando as placas em locais adequados,
livres de interferências visuais e que permitam a legibilidade
completa de todas as informações nelas existentes. Outra
preocupação a ser mantida, quanto à colocação da placa na
via, diz respeito ao afastamento lateral e ao vão livre, ambos
necessários para evitar interferência com o trânsito de
veículos, bem como com o percurso dos pedestres.
5.2.3.1. Critérios de posicionamento
A definição dos critérios de colocação das placas na via deve
considerar, principalmente, as características do sistema viário
a ser utilizado, a começar por sua localização, seja na área
urbana ou rural. Entre as condições a serem analisadas estão:
ter ou não canteiro central;
apresentar duplo sentido de circulação ou sentido único;
número de faixas de tráfego por sentido;
velocidade regulamentada;
espaços disponíveis nas calçadas ou no canteiro central;
existência de acostamento;
condições de visibilidade para condutores e pedestres(árvores, publicidade etc.).
Deve, para tanto, ser analisada uma relação de parâmetros de
projeto que envolvem as situações-tipo, bem como o
posicionamento na pista e a respectiva sustentação.
Quanto à visibilidade e leitura
As placas de sinalização devem ser colocadas em posição
vertical, podendo fazer um ângulo de 90º a 95º em relação ao
fluxo, levemente viradas para o lado externo da via. Essa
inclinação tem como objetivo assegurar boa visibilidade e
leitura das placas, evitando o reflexo especular que ocorre
com a incidência de faróis de um veículo ou de raios solares
sobre a placa refletiva, luminosa ou pintada, que pode torná-la
totalmente ilegível durante alguns segundos. Esse giro deve
ser adotado também nas placas suspensas, inclinando-as
ligeiramente para o alto.
Em curvas, para a determinação do ângulo de colocação da
placa, a análise quanto à posição dos condutores no fluxo de
aproximação deve preponderar sobre a identificação do ponto
de instalação da placa.
Quanto ao lado da via
Pré-sinalização em Área Urbana
Em vias de pista simples e duplo sentido de circulação, as
placas são colocadas no passeio direito para cada sentido de
tráfego, devendo o desmembramento da placa, se necessário,
ser feito longitudinalmente à via.
Nas vias de pista simples e sentido único de circulação, as
placas são colocadas, preferencialmente, no passeio do lado
direito. O desmembramento das informações, quando ocorrer,
é transversal à via, conforme a seguinte regra:
informações à esquerda, do lado esquerdo da via;
informações à direita, do lado direito da via;
informações em frente, onde houver menor número de
informações ou, se indiferente, do lado esquerdo.
Em vias de pista dupla, as placas são colocadas no passeio do
lado direito para cada sentido de tráfego. O canteiro central é
utilizado para se repetir as informações, no caso de vias com
elevado volume veicular ou mais de três faixas de rolamento
num mesmo sentido. É utilizado também quando há
necessidade de desmembramento pelo número excessivo de
informações, seguindo, nesta situação, a mesma regra estabelecida
para vias de pista simples e sentido único de direção.
Quanto ao posicionamento longitudinal na via, considera-se
sua localização entre 50m e 75m antes da interseção, sendo
utilizada outra placa a cerca de 150m do ponto de saída,
quando a velocidade verificada for superior a 80km/h.
Dica
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Quando não houver disponibilidade de espaço para colocação
de pré-sinalização e confirmação de saída, deve-se optar,
preferencialmente, pela pré-sinalização com localização de
20m a 40m antes da interseção.
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Pré-sinalização em Área Rural
As placas de pré-sinalização são sempre colocadas no lado
direito da pista, sendo que as distâncias do ponto de saída
variam conforme o tipo de via a ser sinalizada.
Em rodovia expressa, onde, em geral, as velocidades
regulamentadas são superiores a 100km/h, recomenda-se a
colocação à distância de 500m e outra, a 1km ou 2km do
início do taperde saída. No caso de ser utilizada uma placa
diagramada, esta distância é de 500m do início do taperde
saída, quando em vias com duas faixas de rolamento por
sentido. Em rodovias com três ou mais faixas, a pré-sinalização,
por meio de placa diagramada, é colocada a 1km
do taperde saída.
Em rodovia convencional, a placa de pré-sinalização deve ser
implantada a 500m do início do taperde saída.
Em rodovia convencional, a placa de pré-sinalização deve ser
implantada a 500m do início do taperde saída.
Em estradas, onde a velocidade regulamentada é inferior
àquela adotada em rodovias, a distância de colocação dessa
placa deve seguir o padrão de área urbana, da ordem de 50m
a 75m do entroncamento.
Confirmação de Saída em Área Urbana
No caso de vias de destino, que apresentam pista simples e
duplo sentido de circulação, coloca-se a placa de conversão à
direita, no passeio anterior ao leito viário para o qual deve ser
efetuado o movimento. Na falta de visibilidade desse ponto,
utiliza-se suporte tipo braço projetado. Nas conversões à
esquerda, coloca-se a placa no passeio posterior ao leito
viário, do lado esquerdo da via de origem. Quando detectado
problema de visibilidade, adota-se suporte em braço
projetado, localizado no passeio direito anterior à interseção.
No caso dos destinos estarem em vias que apresentam pista
simples e sentido único, as placas de conversão à direita são
colocadas no passeio, à direita posterior ou anterior ao leito
viário no qual deve ser efetuado o movimento. A regra, para
os casos de falta de visibilidade num desses dois pontos, é
adotar um suporte tipo braço projetado, no passeio direito
anterior à interseção. Nas conversões à esquerda, instala-se a
placa no passeio esquerdo posterior ao leito no qual deve ser
efetuado o movimento, podendo ser colocada no passeio
esquerdo anterior, caso a via em que se encontra apresente
também sentido único de circulação. Onde não é possível a
colocação por falta de visibilidade, a placa pode ser implantada do
lado direito anterior à interseção, em suporte tipo braço projetado.
Em vias de destino com pista dupla, a placa de conversão à
direita segue, como regra, a colocação no canteiro central, do
mesmo lado em que deve ser efetuado o movimento, tendo
como segunda opção, a instalação no passeio lateral direito,
anterior à interseção. Em locais com problema de visibilidade,
essa placa pode ser colocada em braço projetado, no passeio
lateral direito à via, anterior à interseção. Para a conversão à
esquerda, a placa de confirmação de saída, numa via de
destino com pista dupla, adota-se o passeio posterior
esquerdo, como ponto mais favorável para a visualização da
placa. Quando isso não for possível, implanta-se a placa no
passeio lateral direito, em suporte tipo braço projetado,
anterior à interseção.
Confirmação de Saída em Área Rural
Em rodovias expressas, a confirmação de saída, pelo fato
de indicar o local da mudança da direção a ser tomada, é
implantada à direita da pista de rolamento, no início do taper
de saída. Pode ser repetida no “nariz” da saída, caso o local
não disponha da placa com o respectivo número da saída,
como acontece em algumas rodovias em que se adota esse
padrão na sinalização. Apesar de nesse tipo de rodovia não
ser usualmente adotada a conversão à esquerda, os casos
existentes são sinalizados de forma análoga.
Nas rodovias convencionais, recomenda-se a colocação de
duas placas: uma no início do taperde saída, à direita da
pista, e outra no “nariz” da saída. Essa sistemática deve ser
utilizada, inclusive, para conversões à esquerda, em
atendimento ao disposto no Artigo 37 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, sendo recomendada a utilização de placa
diagramada, que represente a situação física existente, nos
casos em que há dificuldade para entendimento do
movimento a ser feito.
Nas estradas, recomenda-se a colocação da placa de
confirmação de saída conforme padrão urbano, situação em
que a via de destino tenha duplo sentido de circulação, não
sendo necessário, no entanto, a colocação de suporte em
braço projetado.
Confirmação em Frente
Independente das características da via em que este tipo de
placa é colocada, a recomendação é que esteja sempre do
lado direito da via, posicionada segundo critérios já
mencionados nas placas anteriores. Em área urbana, no
entanto, ocorrem situações em que, por motivo de melhor
visualização, ou por necessidade de desmembramento de
mensagens, a placa de confirmação em frente tem maior
eficácia quando colocada à esquerda da via, no passeio ou
canteiro divisor, também seguindo a padronização de
afastamento lateral e vão livre mínimos.
Placa de Distância
Este tipo de placa é usualmente utilizado em área rural, onde
há necessidade de informar o usuário quanto as distâncias até
os atrativos existentes, principalmente aqueles que têm origem
em uma via de acesso transversal à que está sendo sinalizada.
Por esse motivo, a placa de distância é colocada a cerca de
1000m, após o taperde entrada na rodovia expressa, ou
acerca de 500m, após o taperde entrada na rodovia
convencional, ou ainda a cerca de 100m, após uma
importante interseção de uma estrada.
Afastamento do meio fio e altura em relação ao solo
Coluna Simples ou Dupla em Área Urbana
Para as placas implantadas em coluna simples ou dupla,
prevê-se um afastamento da borda da placa de no mínimo
0,30m do meio fio, para vias cuja velocidade é inferior a 60
km/h; já para velocidades superiores, essa distância mínima
passa a 0,50m.
O vão livre, considerado como a distância da borda inferior ao
solo, varia entre 2,80m e 4,50m, de acordo com a visibilidade
e as interferências físicas de cada local. Para placas
exclusivamente de pedestres, posicionadas nesse mesmo
suporte, abaixo das placas para os condutores de veículos
motorizados, o vão deve diminuir para 2,10m.
Nos casos de implantação no canteiro central, as distâncias da
projeção da borda da placa até as guias são as mesmas. Para
canteiros estreitos, que não comportam as larguras de placas
previstas, estas são colocadas a uma altura mínima de 4,50m.
Coluna Simples ou Dupla em Área Urbana
Para as placas implantadas em coluna simples ou dupla,
prevê-se um afastamento da borda da placa de no mínimo
0,80m do acostamento ou, na inexistência deste, a 0,80m do
término da pista de rolamento.
A borda inferior da placa deve ficar, no mínimo, a 1,20m de
altura em relação à pista, quando colocada lateralmente à via.
Braço Projetado ou Bandeira em Área Urbana
As placas fixadas em braço projetado ou bandeira devem ter a
distância, entre seu eixo vertical e a guia, variando de 1,50 a
6,50m, de acordo com o número de faixas, a velocidade e a
visibilidade do local. O eixo da coluna de sustentação deve
ficar afastado, no mínimo, 0,50m da face do meio fio. A altura
livre sob a placa deve ter 4,50m, no mínimo, e 5,50m no
máximo.
Semipórtico em Área Urbana
Para as placas colocadas em semipórtico, o eixo da coluna de
sustentação deve apresentar um afastamento da face do meio
fio de no mínimo 0,50m. Nos casos em que há alguma
barreira tipo defensa ou similar, esse afastamento deve ser, no
mínimo, de 1,50m. O vão livre sob a placa é de 4,50m, no
mínimo, e 5,50m no máximo.
Semipórtico em Área Rural
As placas fixadas em semipórtico têm a distância, entre seu
eixo vertical e o término da pista de rolamento ou
acostamento, variável de acordo com o número de faixas, a
velocidade e a visibilidade do local. O eixo da coluna de
sustentação deve ficar afastado, no mínimo, 0,80m do término
da pista, quando não existir acostamento, ou 0,80m do final
deste. A altura livre sob a placa deve ser, no mínimo, de
5,50m.
Pórtico ou Cordoalha em Área Urbana
Para as placas colocadas em pórtico, o eixo da coluna de
sustentação é afastado 0,50m da face do meio fio, ou 1,50m ,
no mínimo, nos casos em que há alguma barreira tipo defensa
ou similar. O eixo vertical da placa deve coincidir com o eixo
da faixa de tráfego que se está orientando. Quando esta placa
é utilizada para duas faixas de rolamento, o eixo da placa
coincide com a linha divisória das duas faixas. O vão livre sob
a placa é de 4,50m, no mínimo, e 5,50m no máximo.
Pórtico em Área Rural
Os eixos das colunas de sustentação laterais devem manter a
mesma distância definida para os semipórticos, mínima de
0,80 m do término do acostamento ou da pista de rolamento,
caso não haja acostamento. O vão livre a ser mantido é de, no
mínimo, 5,50m do nível da pista de rolamento.
Dica
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Para as vias em que é freqüente o tráfego de veículos que
transportam cargas especiais, tanto em área urbana quanto
rural, recomenda-se a utilização de vão livre entre a borda
inferior da placa e o nível da pista de rolamento de 6,0m.
Essa medida visa reduzir o número de solicitações para
remoção das placas suspensas colocadas, em geral, em
pórticos, semipórticos e cordoalhas, quando da passagem de
veículos com carga de altura superior à estabelecida por
Resoluções do Contran.
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5.2.3.2. Definição de suportes
Os suportes utilizados são escolhidos de acordo com o projeto
de sinalização de cada local, com as condições físicas em
relação à visibilidade, largura de passeios, acostamentos e
canteiros, e em função do tamanho das placas.
Os suportes do tipo coluna simples e dupla são utilizados nas
situações onde os passeios e canteiros possuem largura
suficiente e a visibilidade é favorecida.
Utiliza-se braço projetado, bandeira ou semipórtico nos casos
em que: as calçadas ou canteiros não possuem largura
suficiente para utilização de colunas simples ou duplas; a
visibilidade é prejudicada pela existência de árvores ou
eventuais obstáculos, como nas rodovias; e as condições de
traçado geométrico são críticas. Quando constatado avanço
das copas das árvores junto à via, suficiente para prejuízo à
visibilidade, utilizam-se suportes com maior extensão do braço.
Nos casos em que numa mesma seção da via há necessidade
de um conjunto de placas indicativas, utilizam-se suportes do
tipo cordoalha ou pórticos. Os pórticos são empregados, em
geral, nas rodovias e nos acessos/saídas da cidade, contendo
placas indicativas das principais rotas internas, como também
mensagens de boas-vindas ao condutor. As cordoalhas são
utilizadas quando, na seção da via, há necessidade de locação
simultânea de duas ou mais placas, e o uso do pórtico
oneraria a implantação da sinalização.
Pontes e viadutos também podem ser utilizados como suporte
para fixação de placas, desde que seja observada a altura
mínima destinada à passagem dos veículos e a altura máxima
que não inviabilize a visualização e a legibilidade adequada
da sinalização.
Dica
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As placas colocadas em áreas de pistas divergentes
(“narizes”) devem estar apoiadas em suportes colapsíveis.
Caso se utilizem suportes de fixação rígidos, que em situação
de colisão causem danos aos veículos e ocupantes, deve-se
guarnecer o local com defensas ou barreiras.
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Além das características do local onde a placa deve ser
colocada, que indicam a utilização de um tipo ou outro de
suporte, as dimensões da placa também são condicionantes
para a definição dos suportes. As exigências mínimas a serem
obedecidas, quanto às dimensões das placas para cada tipo de
suporte, estão apresentadas na Tabela 15 – Tipos de Suportes.
Tabela 15 – Tipos de Suportes
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5.2.4. Projeto Executivo
A fase de elaboração do Projeto Executivo é aquela em
que são definidos todos os detalhes das placas,
como diagramação, dimensionamento, material, localização
exata, suporte e fixação.
Para elaborar o Projeto Executivo de Sinalização de Orientação
Turística para Usuários de Veículos é preciso considerar: o
projeto preliminar e o detalhamento das placas, as
características físicas e operacionais do local, os princípios da
sinalização de trânsito e a disponibilidade de recursos
humanos, financeiros e materiais.
Os cinco passos principais para a elaboração de um Projeto
Executivo são:
PROJETO PRELIMINAR E DETALHAMENTO DAS PLACAS |
PROJETO EXECUTIVO
1º PASSO
Locação das placas em planta, avaliando os apectos:
Continuidade das mensagens
Pré-sinalização
Confirmação de saída
Confirmação em frente
2º PASSO
Locação das placas em campo, garantindo a legibilidade e visualização:
Amarração
Tipo de suporte
Reformulação da placa
Desmembramento das mensagens
3º PASSO
Representação gráfica identificando:
Sinalização existente a permanecer
Sinalização existente a retirar
Sinalizacão proposta
4º PASSO
Memorial descritivo:
Especificações de materiais, processos
construtivos e outros procedimentos
Resumo de quantidades
5º PASSO
Verificação geral
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IMPLANTAÇÃO |
A metodologia descrita neste item não é um conjunto de
regras rígidas a serem seguidas. Cada equipe possui ou pode
desenvolver metodologia própria, mas é importante que todas
contemplem algumas atividades, como a locação das placas
em campo, que são indispensáveis.
1º Passo: Locação das Placas em Planta
A locação das placas em planta traduz o que o projetista
entende por seu posicionamento ideal. Essa locação deve ser
feita numa planta da área em estudo, preferencialmente em
escala 1:500 a 1:2.000, no lado da via em que a placa será
implantada, na posição aproximada em relação aos
referenciais existentes.
O posicionamento deve ser confirmado caso, por ocasião da
locação em campo, não surjam impedimentos de ordem física
e as condições de visualização da placa sejam atendidas,
indicando exatamente o que se pretende e/ou orientando
adequadamente o turista. Devem ainda ser observados, para
confirmação do posicionamento, os aspectos relativos à
continuidade das mensagens e aos tipos de placas necessárias
para cada situação.
2º Passo: Locação das Placas em Campo
Em grande parte das situações, o local ideal para colocação
das placas nas vias é inviabilizado porque há anteparos
visuais como árvores, letreiros, toldos, ou impedimentos no
piso como guias rebaixadas de acesso aos lotes lindeiros,
bocas de lobo, mobiliário urbano, pontes, viadutos ou outros.
Portanto, a locação das placas em campo é uma etapa
fundamental para a elaboração dos projetos executivos.
Somente no local é possível definir a exata localização das
placas, assim como o tipo de suporte, considerando todas as
interferências físicas e visuais. Torna-se também necessário
verificar se as setas que indicam os movimentos, escolhidas no
projeto preliminar, são as mais adequadas para cada situação.
É possível que as características físicas do local demandem
alteração do tipo de seta ou do desmembramento das
mensagens e, por conseqüência, da locação de mais placas.
A observação atenta, a partir do local onde a placa deve ser
implantada, permite tal definição.
Identificada a melhor posição da placa, é necessário proceder
à “amarração” do local, ou seja, indicar as medidas, a partir
de referenciais físicos próximos, que possibilitem à equipe de
implantação posicionar a placa corretamente. As medidas
desse local devem ser fornecidas em função de referências
físicas permanentes, acessíveis, visíveis e facilmente
identificáveis, como postes, luminárias, árvores de grande
porte, alinhamento de vias, alinhamento de edificações etc.
clique para ampliar
|
É fundamental percorrer todos os
trajetos propostos para pedestres ou
ocupantes de veículos, colocando-se
em seu lugar, para verificar as
condições das vias que compõem esses trajetos. Com isso
podem ser propostas as melhorias e adequações necessárias,
como recomposição de pavimentos, remoção de interferências
e manutenção ou implantação da iluminação pública.
Dicas
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É interessante buscar a utilização de suportes do tipo braço
projetado, aproveitando elementos existentes como postes de
sinalização, de iluminação ou de eletricidade, de forma a
diminuir os custos de implantação e não aumentar a
quantidade de obstáculos nas calçadas. É importante lembrar,
entretanto, que nem todos os postes podem receber as placas de
sinalização. Essa limitação pode ser em função do tipo de poste ou de luminária, ou por questões de segurança,
conforme decisão das concessionárias do serviço prestado.
A sinalização implantada sob luminárias da rede pública tem
a vantagem de ser melhor visualizada nos períodos de pouca
luminosidade.
Sempre que possível, toda sinalização deve ser incorporada a
um projeto maior de desenho urbano. Nesse caso, pode ser
elaborado projeto específico de postes de sustentação
multifuncionais, adequados à colocação de iluminação pública
da pista e da calçada, semáforos, placas de sinalização para
motoristas e pedestres e outros elementos, conforme as
peculiaridades de cada local. Os projetos dos postes podem
estar integrados ao conjunto do mobiliário urbano, assim
como à ambientação local.
Fique Atento
Caso transcorra muito tempo entre a elaboração do projeto e
sua implantação, deve-se efetuar nova checagem em campo,
para evitar que as placas de orientação turística sejam locadas
onde há novos obstáculos à visualização. É muito importante
atualizar o projeto, pois podem surgir novos atrativos
turísticos, novas vias ou alterações de regulamentação da
circulação das vias.
|
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3º Passo: Representação Gráfica do Projeto
O desenho do projeto é a representação gráfica do que se
pretende que seja implantado na via. Enquanto a sinalização é
a forma como o órgão de trânsito se comunica com os
usuários, o desenho do projeto é a forma como o projetista se
comunica com a equipe de implantação.
A representação do Projeto Executivo deve conter todos os
elementos necessários para a confecção e implantação correta
e ágil das placas:
tipo de placa;
código da placa;
material;
suporte;
fixação;
dimensões;
localização e amarração das placas;
sinalização a ser retirada e implantada, além da sinalização
que deve permanecer;
elementos significativos para referenciar a locação das
placas na via;
tabela-resumo com quantidades de materiais;
legendas, notas e observações necessárias ao entendimento
do desenho;
localização do desenho em relação às outras folhas do projeto.
As medidas fornecidas devem permitir a confecção exata da
placa, com todos os elementos em dimensões corretas e
distribuídos conforme especificado, evitando gerar incertezas.
Da mesma forma, o projeto de locação das placas deve
possibilitar sua implantação no local exato.
Os projetos elaborados devem ter uma forma de
representação padronizada e o desenho, da mesma forma,
apresentar linguagem clara e precisa, evitando informações
ambíguas, e ser de conhecimento de todas as equipes
envolvidas. Assim, o entendimento do projeto fica facilitado,
tanto para a equipe que o executa, quanto para a equipe de
implantação, que usualmente é composta por pessoas sem
formação técnica especializada.
Na representação gráfica do projeto, alguns recursos são
importantes para facilitar o entendimento e a implantação:
codificação das placas contendo suas características;
utilização de diferentes espessuras de traços para
representar elementos distintos como os existentes, os
propostos e aqueles a retirar;
adoção de simbologia que faça distinção entre as placas a
serem implantadas, as existentes a retirar, a remanejar e
aquelas a permanecer.
Existem diversas formas de representação gráfica das placas e
de suportes que podem ser utilizados. No entanto, recomenda-se,
para efeito deste Guia, a adoção da seguinte simbologia:
Fique Atento
|
Devem ser evitadas duas linhas de cota para indicar medidas
relativas a um mesmo elemento, devendo ser dada
preferência àquela que possibilitar a marcação, de maneira
mais fácil, na implantação.
Deve-se evitar a utilização de várias cotas de amarração
consecutivas a partir de uma sinalização proposta, para evitar
que um eventual erro na implantação do primeiro elemento
se propague aos demais.
Dica
A utilização de plantas em escala não é imprescindível. Se
não houver base cartográfica disponível, pode-se lançar mão
de croquis com escalas aproximadas. O importante é que as
amarrações do conjunto, suporte e placa, feitas em campo,
estejam corretas e relacionadas a elementos existentes.
Com os recursos de informática cada vez mais disseminados,
é possível a utilização de cores, variação de traços e outros
recursos gráficos, para diferenciação.
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Há diferentes maneiras de organizar os desenhos
elaborados, sendo importante escolher a forma que
possibilite a melhor qualidade do trabalho e da
produtividade das equipes de confecção e implantação
das placas.
Exemplo 1
Plantas contendo mapa de toda a área de projeto, em escala
aproximada de 1:2.000, e:
localização de todas as placas, com indicação dos códigos e
amarrações;
nomes das vias;
sentido de circulação do trânsito e referência de direção.
Plantas resumo contendo informações de cada placa:
código;
conteúdo das informações;
dimensões;
tabela-resumo de quantidades de materiais.
Vantagens
concentração de maior número de informações num único tipo de representação;
facilidade de controlar o conjunto de placas programadas
para confecção;
facilidade de implantação.
Desvantagens
dificuldade de se ter uma idéia geral do projeto, pela
necessidade de divisão em diversas plantas, quando a área
é extensa.
Exemplo 2
Plantas contendo mapa de toda a área de projeto, em escala
aproximada de 1:5.000, e:
localização de todas as placas, com indicação dos códigos,
não havendo necessidade das medidas de amarração;
nomes das vias;
sentido de circulação do trânsito e referência de direção.
Folhas tamanho ofício A4 ou similar, contendo informações de
cada placa:
croquis da localização, em escala aproximada de 1:500 ou
sem escala, com amarrações;
conteúdo das informações;
código;
dimensões;
tabela resumo de quantidades de materiais.
Vantagens
facilidade de manuseio dos croquis de localização das
placas;
facilidade de entendimento do projeto, pela escala utilizada.
Desvantagens
possível descontrole na confecção e implantação das placas,
quando há um maior número dessas e portanto, grande
quantidade de folhas avulsas;
comprometimento da eficiência da implantação quando há
um número elevado de placas, por não permitir uma visão
de conjunto e uma otimização na distribuição dos materiais.
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Para permitir a elaboração de orçamento e a programação da
confecção e implantação de placas, é necessária a elaboração
de um resumo das quantidades de placas e suportes, por tipo
e total.
Exemplo de resumo por área de placa e tipo de
suporte correspondente
Exemplo de Tabela Resumo de placas e suportes
utilizados no projeto
Fique Atento
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Mesmo em projetos mais simples, recomenda-se a codificação
das placas para que não ocorram dúvidas entre placas
similares.
Dica
A codificação das placas pode ser utilizada para acessá-las em
bancos de dados, principalmente os informatizados e
georreferenciados.
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4º Passo: Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo contém informações importantes do
projeto, necessárias à contratação da implantação, confecção
das placas, aquisição do material e implantação propriamente
dita, tais como:
especificações mais detalhadas dos materiais utilizados
como chapas, suportes, elementos de fixação, tintas,
películas, iluminação etc.;
processos construtivos como montagens, modulação,
galvanização, fixação, concretagem etc.;
quantidades de materiais como placas, suportes e fixadores;
procedimentos para implantação, tais como providências
necessárias para a interdição de vias;
procedimentos relativos à segurança de trânsito e dos
trabalhadores envolvidos;
cuidados especiais eventualmente necessários como, por
exemplo, em sítios arqueológicos, em locais próximos a
dutos e a linhas de transmissão de energia ou a cabos de
fibras óticas;
outros procedimentos peculiares de cada projeto.
O Memorial Descritivo também pode conter o resumo de
todos os elementos utilizados na implantação do projeto,
classificados por tipo de material e respectivas quantidades.
5º Passo: Verificação Final
A Verificação Final é importante, sobretudo nos projetos de
grande porte, em função da complexidade do trabalho. Essa
atividade compreende a análise global de todo o Projeto
Executivo, inclusive do Memorial Descritivo, com o objetivo de
detectar eventuais inconsistências, como: descontinuidade de
mensagens, falta de uniformidade nos critérios de colocação
de placas, dimensionamento incorreto das placas, indicação de
suporte inadequado à área da placa, incompatibilidade com
demais sinalizações existentes etc.
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