A transformação dos espaços urbanos e a constante mudança na dinâmica de seu uso e ocupação, exigem da gestão patrimonial e turística uma contínua atualização da sinalização, que valorize os atrativos turísticos, em especial os bens culturais. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) trabalha como parceiro do Ministério do Turismo (MTur) em estudos específicos para a atualização do Guia Brasileiro de Sinalização Turística, publicado pela primeira vez em 2001. A inexistência ou informações pouco qualificadas nas placas tem sido apontadas por turistas nacionais e estrangeiros como um dos itens mais criticados – ao lado da segurança e limpeza – em estudos de demanda realizados pelo MTur.
 
A primeira versão do Guia Brasileiro de Sinalização Turística foi desenvolvida pelo Iphan, Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), com o objetivo de ressaltar a importância dos recursos patrimoniais como elementos que despertassem interesse turístico, destacando a autenticidade e o caráter único dos sítios históricos, artísticos, naturais e arqueológicos. A revisão e atualização do Guia pretende superar os desafios da hospitalidade nos locais, em relação aos seus atrativos turísticos, bem como garantir os direitos de acessibilidade, melhorar a mobilidade urbana diante do aumento de fluxos turísticos cada vez mais globalizados e otimizar os sistemas existentes de informação pública. 
 
Para o diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan, Marcelo Brito, a atualização da sinalização é fundamental para o melhor acolhimento e valorização dos atrativos locais, em especial do Patrimônio Cultural.
 
“Trabalhamos junto ao Ministério do Turismo para incorporar as orientações técnicas já desenvolvidas com a UNESCO no Guia de Sinalização Turística para os Sítios do Patrimônio Mundial, além de contemplar as possíveis inovações tecnológicas hoje disponíveis no campo da sinalização turística no mundo. A partir deste ano devemos revisar e adotar premissas que favoreçam, dentro das perspectivas tecnológicas atuais, a incorporação de orientações para as estratégias de sinalização e de elaboração de projetos que considerem a natureza do reconhecimento patrimonial, os princípios de interpretação do patrimônio, a linguagem direta para a comunicação de públicos e os meios tecnológicos de informação ampliada dos atrativos turísticos que venham a ser sinalizados”, explica Brito.
 
O Iphan e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil) lançaram em janeiro de 2014 a publicação Sinalização do Patrimônio Mundial no Brasil – Orientações Técnicas para Aplicação, o que vem dando maior visibilidade aos 20 sítios brasileiros declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO, 13 sítios culturais e sete naturais. 
 
Políticas públicas que valorizem o Patrimônio Cultural e o Turismo, juntos, fazem parte de uma estratégia necessária para o desenvolvimento local e a parceria entre os dois pode encurtar caminhos para garantir o conhecimento sobre os bens culturais brasileiros, bem como seu acesso, o que certamente enriquecerá a experiência do visitante. Lugares como Ouro Preto (MG), Diamantina (MG), São Luís (MA), Cidade de Goiás (GO), São Miguel das Missões (RS) e Olinda (PE), são exemplos onde o patrimônio se constitui como elemento motor central para despertar o interesse turístico.
 
Patrimônio Mundial, Cultural e Natural no BrasilBrasília (DF)
Centro Histórico de Goiás (GO)
Centro Histórico de Diamantina (MG)
Centro Histórico de Ouro Preto (MG)
Centro Histórico de Olinda (PE)
Centro Histórico de São Luís (MA)
Centro Histórico de Salvador (BA)
Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (MT/MS)
Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM)
Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica (BA/ES)
Conjunto Moderno da Pampulha - Belo Horizonte (MG)
Ilhas Atlânticas: Fernando de Noronha e Atol das Rocas (PE/RN)
Missões Jesuíticas Guaranis - no Brasil, ruínas de São Miguel das Missões (RS)
Parque Nacional Serra da Capivara (PI)
Parque Nacional do Iguaçu (PR)
Praça São Francisco, na cidade de São Cristóvão (SE)
Reservas da Mata Atlântica (PR/SP)
Reservas do Cerrado: Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas (GO)
Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar (RJ)
Santuário do Bom Jesus de Matozinhos - Congonhas (MG)

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