Conhecido pela grande quantidade de pinturas rupestres existentes no abrigo sob rocha, sendo tido por muitos como um dos mais bonitos do município de São Raimundo Nonato, no Piauí, o Sítio Arqueológico Toca do Salitre, situado no Povoado Serra Nova, foi objeto de educação patrimonial realizada junto à comunidade local.

Durante visita de monitoramento ao Sítio, técnicos do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em São Raimundo Nonato (Iphan-PI) conversaram com moradores e crianças das imediações e realizaram esclarecimentos sobre a importância histórica e antropológica do ambiente. Deste encontro, surgiu o projeto pioneiro de educação patrimonial, tendo início com a visita guiada ao espaço, situado em área que corresponde ao Corredor Ecológico entre os Parques Nacionais Serra da Capivara e Serra das Confusões. 

As quatro crianças da comunidade receberam informações sobre a relevância e riqueza do local, sendo ressaltado pelo Iphan a responsabilidade e o ato de cidadania que é garantir a proteção deste sítio arqueológico por se tratar de vestígios que contribuem para a compreensão da história da humanidade. No ano de 2015 foi noticiada a retirada ilegal de madeira no caminho que dá acesso ao sítio. Na ocasião também foi observada a recorrência de atos de vandalismo no local, e a necessidade de um monitoramento permanente juntamente com ações de educação patrimonial junto à comunidade. 

Na visita, as crianças fizeram suas interpretações para as imagens observadas no suporte rochoso além de demonstrarem a sua reprovação aos atos de vandalismo. Os técnicos do Iphan emprestaram o equipamento fotográfico para as crianças, que registraram seu olhar sobre as pinturas rupestres.

Com as fotografias reveladas, o Iphan retornou à comunidade para entregar o registro feito pelas crianças, o que resultou no envolvimento de um maior número de pessoas da região, que são os principais agentes para a preservação deste sítio arqueológico. As fotos se mostraram também de grande importância para alguns membros das famílias, principalmente para os mais idosos, que tiveram a oportunidade de relembrar de momentos vividos no local, assim como para aqueles que nunca visitaram o sítio arqueológico.

O escritório técnico do Iphan-PI dará sequência ao trabalho de educação patrimonial junto à comunidade, realizando novas visitas guiadas ao sítio arqueológico. 

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