Teatro de bonecos popular do Nordeste recebe título de Patrimônio Cultural do Brasil

Segundo encontro de brincadeira de babau da ParaíbaDe 6 a 8 de julho de 2017 ocorre na cidade de Mari, na Paraíba, o II Encontro de Brincantes de Babau da Paraíba. O evento reunirá bonequeiros, pesquisadores, gestores públicos e a sociedade civil para discussões acerca da construção do Plano Nacional de Salvaguarda do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste.
 
Para celebrar o reconhecimento do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste: Mamulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Iphan, em 2015, o diretor de Departamento de Patrimônio Imaterial, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Hermano Queiroz, entregará aos mestres representantes dos grupos brincantes da Paraíba o título que declara a inclusão deste bem cultural no livro das Formas de Expressão. 
 
Com uma ampla programação, o encontro terá exposições, mesas redondas, rodas de conversas, realização de oficinas, exibição de documentários e diversas apresentações. 
 

Segundo encontro de brincantes de babau da Paraíba

 


O II Encontro de Brincantes de Babau da Paraíba
 
O evento acontecerá na cidade de Mari, um lugar que tem como referência o legado deixado por Antônio Alves Pequeno – Antônio do Babau, que influenciou e ainda influência várias gerações de bonequeiros por todo Brasil. A iniciativa visa despertar o estado da Paraíba a para a importância da manutenção de seu patrimônio cultural, sendo ele a memória histórica de saberes e fazeres específicos, que se mantêm vivos e produtivos na sociedade brasileira.


A brincadeira

Reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil em 2015, o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste se tornou uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil. A troca intensa possibilitou uma diversidade de temáticas: religiosa, profana ou de costumes populares. E, apesar deste bem ser amplamente conhecido como mamulengo, em cada contexto se desenvolveu de forma diferenciada, por isso, possui diversas denominações: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga no Rio Grande do Norte; Babau na Paraíba; Mamulengo em Pernambuco. 

A brincadeira começa com a montagem da empanada, uma espécie de barraca. Depois disso, os brincantes se colocam na parte de trás e então começa o espetáculo com os bonecos em cena e a introdução de um texto poético, a loa. Além da narrativa, a peça contém elementos surpresas, sugeridos, muitas vezes, pelo mestre a partir de um conhecimento prévio sobre o público, por exemplo.
 
Esta forma de expressão carrega elementos fundamentais para a sustentabilidade da identidade, memória e ainda desempenha um papel agregador que legitima as práticas cotidianas nessas regiões. Dessa maneira, tornou-se uma referência cultural que vem se atualizando, ao longo do tempo, mas que mantém relações de tradição, pertencimento e coletividade no universo cultural na qual se desenvolve.

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