Projeto promove ações de proteção de bens arqueológicos do Baixo São Francisco (SE)

Rio São Francisco - Sergipe

O município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, destaca-se na arqueologia brasileira pela existência de mais de cem sítios arqueológicos, descobertos desde a década de 1980. Para sensibilizar a população local para a importância de proteger esses bens culturais, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desenvolveu o projeto Opará Coletivo do Baixo São Francisco.

O Projeto consiste em desenvolver experiências de criação e expressividade artística por meio de oficinas lúdicas com temática arqueológica, para diferentes faixas etárias, com vista a vivenciar momentos de produção cultural. As ações resultam de um conjunto de estratégias desenvolvidas em parceria com o Museu de Arqueologia do Xingó (MAX), e a comunidade escolar da Escola Municipal Antônio Alexandre dos Santos do Povoado de Curituba (SE).

A ideia é que ações de sensibilização para a proteção do patrimônio arqueológico despertem na comunidade o sentimento de pertencimento e, consequentemente, a consciência da sua participação na tarefa de proteger e preservar os patrimônios culturais que dão identidade à região.  

Entre as ações promovidas pelo Projeto Opará Coletivo, também está prevista apresentação da Exposição O Meu Opará. A mostra abordará as narrativas sobre a ocupação humana no Baixo São Francisco.

Rio São Francisco: O Opará

Tradições, folclore, alimentação e habitações. Índios, jesuítas, tropeiros, garinpeiros. O sertanejo, o vaqueiro e o cangaceiro. Todos eles, e muitos outros, se banharam e beberam das águas cristalinas do rio São Francisco. Inspiração de muitas lendas, contos, canções, poesias, entre vários povos, o rio é conhecido por diferentes denominações. Para muitos, Velho Chico é uma forma de se referir ao rio, citado nas mais antigas histórias. Entre os índios Caeté, no entanto, o rio é conhecido como Opará, que significa rio-mar, pela sua magnitude e exuberância. Fazendo alusão à essa antiga denominação dos Caeté, que o projeto recebeu o nome Opará Coletivo.

Pinturas rupestres -  Patrimônio ArqueológicoAções pedagógicas para o Patrimônio Arqueológico

Administrar o patrimônio implica em compreender como a sociedade se relaciona com os bens reconhecidos como herança, que sejam referências à autoestima e autodeterminação dos cidadãos. Nesse contexto, a equipe de arqueologia do Iphan em Sergipe vem atuando, no campo da arqueologia pública, em conjunto com a equipe técnica e pesquisadores do Museu de Arqueologia do Xingó (MAX), e a comunidade escolar da Escola Municipal Antônio Alexandre dos Santos do Povoado de Curituba, na condução de um programa de ações colaborativas, com foco na corresponsabilidade da população na tarefa de valorizar e proteger os inúmeros bens culturais presentes na região.

As oficinas, que ocorrerão em um sábado de cada mês, no período de julho a novembro de 2017, serão ministradas por trabalhadores voluntários independentes, como pesquisadores, artistas, artesãos, educadores, tendo como eixos transversais: o Rio São Francisco (Opará) e eu; inter-relação seres vivos e desenvolvimento local; diferentes ocupações humanas no território e sua história; resíduos e objetos socioculturalmente apropriados.

Para os alunos, serão ministradas atividades lúdicas sobre o patrimônio Arqueológico. Voltadas aos adultos membros da comunidade de Curituba, as oficinas oferecerão aulas de artesanatos com temática arqueológica.

Serviço:
Oficinas: Ações pedagógicas para o Patrimônio Arqueológico
Data:
12 de agosto; 16 de setembro; 21 de outubro e 11 de novembro de 2017. (Sábados)
Local: Escola Municipal Antônio Alexandre dos Santos – Povoado Curituba – Canindé do São Francisco/SE

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