Os Romeiros e o Santuário

No século XIX, quando encontraram a pequena medalha de barro com a imagem da Santíssima, famílias de amigos e vizinhos começaram a se reunir para rezar o terço em louvor ao Divino Pai Eterno. Por alguns anos, a devoção continuou sendo praticada naquele ambiente familiar, entretanto, com o crescimento do número de devotos, foi construída uma capela coberta de folhas de buriti para que o público tivesse acesso permanente à relíquia. Tempos depois, em 1866, com as esmolas dos fiéis, foi possível erguer uma capela maior e encomendar ao escultor Veiga Valle a imagem da Santíssima Trindade. 

O crescente fluxo de romeiros justificou a construção de uma nova igreja e, em 1911, um dia após a festa, as obras foram iniciadas e a reinauguração ocorreu no ano seguinte, durante a Romaria dos Carros de Bois da Festa do Divino Pai Eterno de Trindade. Conhecido como Santuário Velho, a igreja foi tombada pelo Iphan em 2013. Desde a chegada dos colonizadores, a ocupação do interior do País surgiu ao redor das igrejas, onde pessoas simples amparadas em sua fé e movidas por um ideal comum instalam-se em uma porção de terra e sacralizam o que então era um lugar como tantos outros. 

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