Monumentos e Espaços Públicos Tombados - São Cristóvão (SE)

Convento e Igreja de Santa Cruz; Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo; Museu Histórico do Estado de Sergipe; Conjunto Carmelita; igrejas da Matriz de Nossa Senhora das Vitórias, da Ordem Terceira do Carmo (Igreja de Nosso Senhor dos Passos), de Nossa Senhora do Amparo, de São Francisco e de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos; praças da Bandeira,  de São Francisco, e do Senhor dos Passos (Largo do Carmo); ladeiras de Epaminondas (Beco da Poesia), do Porto da Banca, e do Açougue; Beco do Amparo; Largo do Rosário; e Engenho Poxim e Capela de Nossa Senhora da Conceição, entre outros. 

Praça de São Francisco - Destaca-se, entre o patrimônio tombado e apresenta um conjunto monumental excepcional e homogêneo, composto de edifícios públicos e privados. Construída entre os séculos XVI e XVII, demonstra de forma singular a fusão das influências das legislações e práticas espanhola e portuguesa na formação de núcleos urbanos coloniais. A Praça constitui um assentamento urbano que funde os padrões de ocupação do solo seguidos por Portugal e as normas definidas para cidades estabelecidas pela Espanha. Dessa forma, sua autenticidade está explícita em seu desenho, entorno, técnicas, uso, função, e contexto histórico e cultural. 

O entorno da Praça abriga a Igreja de Misericórdia, o Palácio Provincial e Casario Antigo, Igreja e Convento de São Francisco, a Capela da Ordem Terceira (atual Museu de Arte Sacra), Santa Casa, Museu de Sergipe e a Casa do Folclore Zeca de Noberto. Implantada de acordo com o comprimento e a largura exigida pela Lei IX das Ordenações Filipinas, incorpora o conceito de Praça Maior tal como empregado nas cidades coloniais da América hispânica, inserida no padrão urbano português de cidade colonial em uma paisagem tropical. Por isso, pode ser considerada uma simbiose notável do planejamento urbano de cidades de origem ibérica. Edifícios institucionais civis e religiosos relevantes - o principal deles é o complexo da Igreja e Convento de São Francisco - transmitem valor universal excepcional e estão intactos e completos. 

Museu Histórico de Sergipe - Localizado na Praça São Francisco, é um prédio do século XVIII e abriga os principais elementos que ajudam a contar a história de Sergipe. O acervo reúne relíquias como o famoso quadro de Horácio Pinto da Hora, que retrata Ceci e Peri (personagens principais do romance, O Guarani, de José de Alencar), móveis, documentos, moedas, louças e outros objetos que revelam a importância de São Cristóvão no contexto histórico.
 
Igreja Matriz de Nossa Sra. da Vitória - Edificada no largo de um outeiro, configurou o núcleo inicial da cidade alta. Após a década de lutas entre holandeses e portugueses no território de Sergipe (1637-1647), a cidade começou a ser reconstruída e expandida a partir de ligações e prolongamentos derivados da implantação do Convento de São Francisco (1693), do Convento e Igreja da Ordem Terceira do Carmo (1699), da Igreja e Santa Casa de Misericórdia (do início do século) e da Igreja do Rosário dos Homens Pretos (1746).

Convento e Igreja de Santa Cruz (Convento e Igreja de São Francisco) - Atual Museu de Arte Sacra, reúne um dos acervos mais completos do Brasil. A pedra fundamental para construção do convento foi lançada em 1693 e as obras contaram com as esmolas recolhidas entre a população da cidade. Durante o século XIX, as instalações do convento foram utilizadas pela Assembleia Provincial e Tesouraria-Geral da Província, e também hospedaram as tropas federais que combateram os revoltosos de Canudos, em 1897. O convento foi reformado por frades alemães, em 1902. 

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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