História - Vila de Santo Amaro do Sul (General Câmara - RS)

Santo Amaro do Sul foi um dos primeiros povoados de colonização açoriana no Estado. Nessa região, em meados do século XVIII, situava-se a fronteira entre os impérios Português e Espanhol - um território habitado por índios. Em 1750, o general Gomes Freitas de Andradas construiu um armazém para abastecer os portugueses que subiam o rio Jacuí rumo às Missões.  A vila foi fundada em 1752, neste local às margens do rio, na época em que Portugal e Espanha disputavam o território sul-americano. 

Em 1753, chegaram os primeiros sesmeiros e, em 1770, os açorianos que se alojaram na margem esquerda do rio formaram a Forqueta de Santo Amaro. O local era estratégico e abrigava depósitos de armas e munições, e foi escolhido para a construção do Forte de Santo Amaro. A partir da segunda metade do século XVIII, chegaram à região migrantes de outras partes do Brasil e de Portugal. 

O povoado cresceu e, nos anos seguintes, recebeu muitos imigrantes vindos do Arquipélago dos Açores. Os casais de açorianos construíram suas residências nos lotes que receberam. O objetivo central dessa ocupação, apoiada por Portugal era a demarcação das fronteiras, como determinava o Tratado de Madrid, firmado entre portugueses e espanhóis. Em 1773, Santo Amaro foi elevada à vila e esteve juridicamente ligada aos municípios de Rio Pardo, Triunfo e Taquari. Em 1849, passou à categoria de cidade e, em 1881, à sede do município de General Câmara, conhecido, então, como Margem. 

A Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana foi aberta como empresa federal em 1883, ligando Santo Amaro a Cachoeira do Sul. Antes da ferrovia, as viagens para Porto Alegre eram feitas em embarcações que navegavam pelo rio Jacuí. Em 1898, a Estrada de Ferro foi encampada pela empresa belga Cie. Auxilaire e, em 1905, passou a ser a linha-tronco da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS), ainda administrada pelos belgas. Em 1907, os trilhos chegara a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.

A partir de 1939, com a instalação do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro, a sede do município se consolidou na margem do rio Taquari, com o nome de General Câmara, uma homenagem ao General José Antônio Correa da Câmara, primeiro governador do Rio Grande do Sul, após a Proclamação da República.

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