Norte

Mosaico Conjuntos Urbanos Tombados - Região Norte

Os conjuntos urbanos tombados nas cidades da Região Norte apresentam um patrimônio arquitetônico e artístico de origem diversa, e a principal fonte de geração de riquezas que possibilitaram a criação de tais bens foi a exploração dos recursos naturais da Amazônia. No século XIX, a borracha enriqueceu comerciantes e exportadores, o que tornou a região um importante eixo econômico e colocou o Brasil, embora temporariamente, em uma posição de supremacia mundial na produção dessa matéria-prima. 

Um século depois, nas primeiras décadas do século XX, o Norte testemunhou a instalação de grandes projetos industriais derrotados por incompatibilidade com a natureza. No Amapá, foi escolhida uma área na Serra do Navio para a exploração de minério por uma grande empresa, o que motivou a construção da Vila de Serra do Navio - que possui relevância singular para a compreensão do processo de ocupação da Amazônia e do território brasileiro. 

Manaus e Belém viveram um período marcado pela exploração e exportação da borracha, extraída dos seringais nativos da Floresta Amazônica. Em Manaus, com os recursos gerados, os governantes e comerciantes locais trouxeram da Europa vários arquitetos e paisagistas para a execução de um ambicioso plano urbanístico, que resultaria em uma cidade com perfil arquitetônico europeu, embora dentro da selva. Belém surgiu a partir da construção de uma fortificação, adquiriu características de cidade portuária, e se transformou em um importante polo comercial. Do porto de Belém, seguiam para a Europa os recursos florestais e, no período de maior produção da borracha, a cidade se integrou à economia do mercado internacional. 

Natividade e Porto Nacional pertenciam a Goiás (Centro-Oeste), até 1988, quando a parte norte deste Estado foi desmembrada e deu origem ao Estado de Tocantins, incorporado à Região Norte, de acordo com a divisão política nacional. Natividade, como muitas cidades goianas, surgiu a partir da chegada dos bandeirantes paulistas, da descoberta de jazidas de ouro, e da expansão da atividade mineradora nos séculos XVIII e XIX. A história de Porto Nacional também está ligada à mineração, mas o povoado se destacou por ser um porto do rio Tocantins e se transformou em importante entreposto comercial para negociantes que faziam a viagem em botes pelo rio, de Palmas até Belém, de onde o ouro seguia para a Europa. 

 

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