Este volume divide-se em quatro capítulos: A Costa (Este-Nordeste), O Sul (Sudeste-Sul), O Sertão (Centro-Oeste) e A Selva (Norte). O patrimônio de origem portuguesa foi documentado, no Brasil, por uma equipe de arquitetos e historiadores das mais prestigiadas universidades portuguesas e brasileiras, de acordo com o processo de descoberta e incorporação do território a partir do litoral atlântico. A obra apresenta o estado atual dos conhecimentos sobre esse patrimônio em cada um dos continentes onde houve colonização portuguesa.

Destacam-se a arquitetura religiosa e a militar, de acordo com a professora Renata Klautau Malcher de Araújo, coordenadora do primeiro volume: “No Brasil, as igrejas estão em toda parte, nas cidades, nos Engenhos e fazendas e algumas quase no meio do nada, em pleno campo, construídas como elementos votivos, capelas de peregrinação ou remanescentes de aldeamentos eventualmente desaparecidos. As suas dimensões e tipologias vão desde as imponentes sedes das ordens religiosas que emulavam umas às outras em construções faustosas revestidas internamente de ouro, até exemplos absolutamente singelos que evocam ainda as construções primitivas de taipa e cobertura de palha”. Quanto à arquitetura militar, restaram obras significativas do empenho de defesa que a manutenção do território exigiu, com fortificações (fortes, fortalezas e fortins) distribuídas ao longo da costa e dos rios da fronteira interna, para proteger as baías e ancoradouros ou os grandes eixos fluviais e os núcleos urbanos adjacentes. (coord. da coleção: José Mattoso; coord. deste volume: Renata Klautau Malcher de Araújo) Fechar

O Atlas oferece informações, análises, descrições e críticas a respeito dos elementos estruturais, estilísticos e ornamentais que compõem as fachadas e o interior das mais importantes edificações de cada região. Segundo o professor Augusto Silva Telles, não se pretende “esgotar todo o acervo acumulado em cinco séculos de história, e a intenção, desde as primeiras edições deste livro, era mostrar o que é mais significativo em cada região, período ou estilo, evidenciando a relação das diversas amostragens arquitetônicas com a geografia e os acontecimentos históricos, econômicos e sociais, no lugar em que foram erigidas”. (autor: Augusto Carlos da Silva Telles) Fechar

Ao analisar as relações entre as atividades econômicas e a produção dos espaços - sem considerar as suas escalas -, a obra traz à luz não apenas as manifestações notórias e monumentais, mas aquilo que é subjacente e que muitas vezes fica oculto em obras do gênero. Embora não se caracterize pelo ineditismo, sua abordagem e sistematização, com a participação de diversos autores de renomada competência em pesquisa e ensino, permitem ao leitor a compreensão da dinâmica histórico-geográfica e indicam novas possibilidades de investigação e pesquisa. (orgs.: Briane E. Panitz Bicca e Paulo Renato Silveira Bicca) Fechar

Preservá-los é valorizar seu conhecimento e ação, e a salvaguarda desses bens está orientada para a valorização do ser humano, a garantia e a melhoria das condições sociais, culturais e ambientais que permitem sua permanência. Com base na percepção da necessidade de diferentes estratégias de preservação para essas duas dimensões do patrimônio cultural foi possível buscar formas de salvaguarda adequadas à especificidade dos bens culturais imateriais.