Bibliografia Geral do Patrimônio

Difusão de conhecimento. Esta é uma das responsabilidades que o Iphan assumiu, desde sua criação, em 1937, por meio de ações editoriais próprias ou com apoio a inciativas externas. Além de facilitar o acesso do público ao seu próprio acervo de Publicações, o Iphan reuniu informações bibliográficas e elaborou uma extensa bibliografia de obras sobre o Patrimônio Cultural Nacional e Mundial, em seus aspectos material e imaterial. Dentre autores de tais obras, estão alguns dos mais importantes pensadores e estudiosos da história contemporânea mundial das artes e da arquitetura.

Somam-se a esse universo, inúmeros estudos de pesquisadores e profissionais que marcaram suas atividades acadêmicas e técnicas com a produção de um conhecimento fundamental para a preservação dos bens culturais, no Brasil e no mundo. Legado que pertence a toda sociedade. Esta é uma lista aberta a novas indicações dos interessados em compartilhar o conhecimento sobre patrimônio cultural e temas afins. O Iphan aguarda a sugestão de novos títulos. Envie suas colaborações para bibliografiageraldopatrimonio@iphan.gov.br.

Na Bibliografia Geral do Patrimônio, estão obras como as quatro indicadas, abaixo, pelo Iphan: 

 

Acervo IphanPatrimônio de Origem Portuguesa no Mundo - América do Sul: Arquitetura e Urbanismo 

O Patrimônio de Origem Portuguesa no Mundo é o tema da coleção publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa (Portugal), em 2010, e reúne precioso registro histórico e fotográfico sobre arquitetura e urbanismo nos países de origem portuguesa. A coleção, coordenada por José Mattoso, é formada por três volumes com os subtítulos América do Sul, Ásia e África. Este primeiro volume, coordenado por Renata Klautau Malcher de Araújo, em 2012, e está dividido nos capítulos A Costa (Este-Nordeste), O Sul (Sudeste-Sul), O Sertão (Centro-Oeste) e A Selva (Norte). O patrimônio de origem portuguesa foi documentado, no Brasil, por uma equipe de arquitetos e historiadores de importantes universidades portuguesas e brasileiras.  

A obra apresenta o estado atual dos conhecimentos sobre esse patrimônio em cada um dos continentes onde houve colonização portuguesa. Destacam-se a arquitetura religiosa, com igrejas nas cidades, engenhos e fazendas construídas como elementos votivos, capelas de peregrinação ou remanescentes de aldeamentos eventualmente desaparecidos: imponentes sedes das ordens religiosas ou construções primitivas de taipa e cobertura de palha. Quanto à arquitetura militar, restaram fortificações (fortes, fortalezas e fortins) distribuídas ao longo da costa e dos rios da fronteira interna, para proteger o território brasileiro. 

 

IphanAtlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do Brasil

Esta edição do atlas - revista e atualizada - integra a Coleção Obras de Referência do Programa Monumenta/Iphan. É uma obra fundamental para a educação dos jovens que se iniciam no conhecimento do Patrimônio Cultural Brasileiro. Apresenta uma análise detalhada do acervo histórico, arquitetônico e artístico brasileiro, o que transformou suas edições anteriores – anos de 1975 e 1980 -, em referência para professores, estudantes e profissionais de diversas áreas. O Atlas oferece informações, análises, descrições e críticas a respeito dos elementos estruturais, estilísticos e ornamentais que compõem as fachadas e o interior das mais importantes edificações de cada região do País. Segundo o autor, professor Augusto Silva Telles, "não se pretende esgotar todo o acervo acumulado em cinco séculos de história, e a intenção, desde as primeiras edições deste livro, era mostrar o que é mais significativo em cada região, período ou estilo, evidenciando a relação das diversas amostragens arquitetônicas com a geografia e os acontecimentos históricos, econômicos e sociais, no lugar em que foram erigidas”.

 

IphanArquitetura na Formação do Brasil

A obra - orgnizada por Briane E. Panitz Bicca e Paulo Renato Silveira Bicca - traça um grande mosaico da arquitetura, urbanismo e organização das cidades e do território, destacando períodos significativos do processo de formação do patrimônio cultural do Brasil, em suas dimensões material e imaterial, para o qual contribuíram todos os povos e etnias da nação brasileira. Ao analisar as relações entre as atividades econômicas e a produção dos espaços - sem considerar as suas escalas -, a obra traz à luz não apenas as manifestações notórias e monumentais, mas aquilo que é subjacente e que muitas vezes fica oculto em obras do gênero. Embora não seja inédita, sua abordagem e sistematização, com a participação de diversos autores de renomada competência em pesquisa e ensino, permitem ao leitor a compreensão da dinâmica histórico-geográfica e indicam novas possibilidades de investigação e pesquisa. 

 

IphanOs Sambas, As Rodas, Os Bumbas, Os Meus e os Bois (2003 – 2010)

Nesta publicação, estão os fundamentos e instrumentos da política de salvaguarda e da dimensão imaterial do Patrimônio Cultural Brasileiro. Aspectos e gestos essenciais da nossa vida cotidiana que, com muitos outros, são objeto das políticas de preservação. Os bens culturais imateriais - jongos, violas, círios e ofícios, e muitos outros - são bens vivos mantidos pelas pessoas que os praticam. Preservá-los é valorizar seu conhecimento e ação, e a salvaguarda desses bens está orientada para a valorização do ser humano, a garantia e a melhoria das condições sociais, culturais e ambientais que permitem sua permanência.

Com base na percepção da necessidade de diferentes estratégias de preservação para essas duas dimensões do patrimônio cultural foi possível buscar formas de salvaguarda adequadas à especificidade dos bens culturais imateriais. Essa adequação tem importantes implicações sociais, políticas e culturais, e vem atender à demanda por reconhecimento das “formas de expressão e dos modos de criar, fazer e viver” como patrimônio cultural e sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira. O texto final foi elaborado por Rogério Menezes e Maria Cecília Londres Fonseca.

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