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As panelas de barro são o recipiente característico em que se servem as moquecas capixabas (de peixes e mariscos) e a torta da Semana Santa, que constituem os pratos típicos da culinária capixaba
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O processo de produção no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural
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O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como Patrimônio Imaterial em 2002
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As tradicionais panelas usadas no preparo da conhecida moqueca capixaba passam por um processo de impermeabilização à base de tintura de tanino
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Depois de secas ao sol, as panelas são polidas, queimadas a céu aberto e impermeabilizadas com tintura de tanino.
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Apesar da urbanização e do adensamento populacional que envolveu o bairro de Goiabeiras, fazer panelas de barro continua sendo um ofício familiar, doméstico
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A atividade, eminentemente feminina, é tradicionalmente repassada pelas artesãs paneleiras, às suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário
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Paneleira executando a etapa de modelagem da Panela de barro. Denominada por elas de “levantar” a panela, 2014. Iphan/Evandro Rosa.
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Paneleira executando a última etapa de produção da panela, antes de ir à fogueira e ao açoite, O “alisamento, 2014. Iphan/Evandro Rosa.
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Atualmente, as paneleiras de Goiabeiras constituem a expressão máxima dessa cerâmica primitiva, pelo seu lado tradicional e utilitário
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As panelas são modeladas manualmente, com argila sempre da mesma procedência e com o auxílio de ferramentas rudimentares.
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A técnica em cerâmica utilizada é reconhecida por estudos arqueológicos como legado cultural Tupi-guarani e Una
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Paneleira açoitando a panela de barro com a tintura do tanino, 2015. Iphan/Simone Pires.
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O processo de produção das panelas de Goiabeiras conserva todas as características essenciais que se identificam com a prática dos grupos nativos das Américas
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O saber foi apropriado dos índios por colonos e descendentes de escravos africanos que vieram a ocupar a margem do manguezal
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Extração da argila no Barreiro do Vale do Mulembá, 2014. Iphan/Evandro Rosa.
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O processo de produção é no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória, no Espírito Santo
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É empregado técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural
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Sua simetria, a qualidade de seu acabamento e sua eficiência como artefato devem-se às peculiaridades do barro utilizado e ao conhecimento técnico e habilidade das paneleiras
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O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro dos Saberes, em 2002
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Fogueira feita na área externa do galpão em Goiabeiras, para queima das panelas, 2015. Iphan/Luciane Freitas.
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A atividade, eminentemente feminina, é tradicionalmente repassada pelas artesãs paneleiras, às suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário
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As panelas continuam sendo modeladas manualmente, com argila sempre da mesma procedência e com o auxílio de ferramentas rudimentares
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Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas a céu aberto e impermeabilizadas com tintura de tanino, quando ainda quentes