MinC e Iphan entregam reforma da Praça da Alegria, em São Luís (MA)

publicada em 26 de março de 2015, às 12h31

 

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, participaram no fim da tarde desta quinta-feira, dia 26 de março, da segunda entrega de obras financiadas pelo programa PAC Cidades Históricas em São Luís, no Maranhão. A Praça da Alegria, que estava degredada e invadida pelo comércio informal, foi totalmente restaurada, permitindo à população voltar a utilizar um espaço de fruição paisagística e de enorme importância para a memória da cidade. O investimento foi de R$ 865,7 mil.

"Não podíamos ter um nome mais simbólico para começar as obras do PAC Cidades Históricas; logo esta, que era a praça da forca, e que o tempo soube transformar de uma forma tão positiva na praça da Alegria", afirmou a presidenta do Iphan, Jurema Machado. "A revitalização e o mercado de flores darão vitalidade a este espaço que esperamos seja um irradiador de novas transformações, da adaptação dos imóveis e uso cada vez mais intenso da população", continuou.

A história da Praça da Alegria remonta a 1815, quando o então ouvidor-geral do Crime, desembargador Francisco Leal, mandou construir no local uma forca para execução de escravos e criminosos comuns. Em 1849, por determinação da Câmara Municipal, a forca foi retirada e o espaço, urbanizado, com a colocação de bancos, árvores e plantas ornamentais. O Largo da Forca Velha passou, então, a chamar-se Praça da Alegria.

Ao longo dos anos, a praça recebeu outros nomes: Praça Sotero dos Reis (1868), Praça Colombo (1890), Praça 13 de maio (1929), Praça Saturnino Bello (1951) e Praça Coronel Manuel Inácio (1963). A população, teimosamente, continuou a chamá-la de Praça da Alegria. No centro da praça, funcionou, por muitos anos, o Jardim de Infância Dom Francisco, um dos primeiros da cidade.

Durante a cerimônia, o governador do Maranhão, Flávio Dino, contou que foi aluno da escola e usava a praça para jogar futebol. "Esta praça está intrinsecamente ligada a tudo na minha vida. Até o meu partido tem sede nesta praça", afirmou.

"Graças à cooperação entre governo estadual, prefeitura e o Ministério da Cultura estamos devolvendo à população um importante espaço de convivência pública. Isso faz parte do processo de recuperação do patrimônio histórico e da valorização da cidade de São Luís com toda sua cultura material e imaterial", afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Durante a manhã, o MinC e o Iphan entregaram completamente restaurada a fachada de azulejos do Sobrado dos Belfort, prédio histórico de São Luís. No início da tarde, foi assinada ordem de serviço para requalificação urbanística da Rua Grande, considerada o coração do centro da capital maranhense. A execução das duas obras envolve recursos do PAC Cidades Históricas.

No final da tarde, a presidenta do Iphan, Jurema Machado, visitou as obras da Fábrica Santa Amélia, que abrigou uma indústria de tecidos do final do século XIX. Após anos de abandono, o complexo irá abrigar o campus dos cursos de turismo e hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O Iphan assinou o projeto executivo da obra e tem participação nos investimentos em parceria com os ministérios da Educação e do Turismo.

O reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, explicou que o centro acadêmico tinha conjunto de prédios que estavam "m processo grave de destruição. Segundo ele, a parceria entre os ministérios, Iphan e universidade possibilitará, “além da restauração física, a valorização do patrimônio histórico, e o resgate da nossa história, da nossa tradição. Isso gera renda, movimenta a economia e ajuda turismo. É um projeto de grande envergadura do ponto de vista histórico, cultural, social e econômico", completou o reitor.

Fonte: Iphan-MinC

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