No interior do Ceará, município de Sobral guarda a arte colonial brasileira
publicada em 23 de junho de 2015, às 11h57
Os estilos artísticos art déco e vernaculares que prevaleceram durante o período colonial ainda estão inscritos na paisagem, história e memória da cidade cearense de Sobral. Sua importância não se dá somente pelas características artísticas e arquitetônicas, mas pelo valor atribuído por cada morador que nessas construções encontram sua relação com a cidade.
Este conjunto urbanístico ainda vive pelo uso social e outros instrumentos, como o tombamento dado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), homologado em 2000 e que completa 15 anos este mês. O tombamento significa não apenas mais um ato de preservação, é o reconhecimento da diversidade do patrimônio cultural brasileiro, que passa a atribuir valor não só às cidades históricas de todas as regiões do Brasil.
Como observou o relator do processo de tombamento de Sobral, Angelo Oswaldo, membro do Conselho Consultivo, à época, “o interesse nacional não paira sobre a realidade federativa, mas nasce da soma dos valores distintos e particulares que compõem essa monumental diversidade”. Dessa maneira, a proteção proporciona, além do direito à memória, o crescimento harmonioso da cidade, respeitando seu dinamismo e sua característica como bem cultural.
Foi no século XVIII, nas terras de uma fazenda que surgiu a Vila Distinta e Real de Sobral. O desenvolvimento da localidade se deu por estar próxima ao Rio Acaraú, que ligava os estados de Pernambuco, Piauí e Maranhão. Contudo, o desenho do município possui a singularidade de ter se constituído espontaneamente e não pelas normas determinadas nas cartas régias. O tombamento de Sobral trouxe, ainda, como peculiaridade no Ceará o envolvimento dos moradores, como consta no relato do Conselheiro Angelo Oswaldo.
Quem passa pela cidade pode ver construções que trazem os estilos coloniais, ecléticos, art déco e vernaculares. Entre os monumentos, destacam-se a Igreja Matriz da Conceição, o Teatro São João, a Igreja do Menino Deus, a Igreja do Rosário, a Câmara Municipal, a Igreja das Dores, o Museu Diocesano Dom José de Sobral – com acervo de quase 5 mil peças, além de sobrados e casas.
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