Iphan aprova tombamento do Bairro do Comércio em Salvador
publicada em 15 de outubro de 2009, às 15h00
O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o tombamento do Bairro do Comércio, localizado na Cidade Baixa, em Salvador (BA), em reunião que aconteceu nesta quinta-feira, dia 15, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O processo segue, agora para o Ministério da Cultura para ser homologado pelo ministro Juca Ferreira.
A área tombada é a do casario eclético, desde a Marinha até a região do Pilar, passando pelo Mercado Modelo e Cais do Ouro. Já o entorno compreende a área que vai desde a Baía Marina até Água de Meninos (Porto), avançando sobre o mar até os antigos quebra-mares, englobando o Forte São Marcelo.
O tombamento do Bairro do Comércio possibilita a preservação de características importantes de Salvador. Em especial, o casario eclético junto à encosta que divide as Cidades Baixa e Alta, uma das referências da capital baiana. Ao mesmo tempo, a proposta ajudará na revitalização da região, que tem grande potencial turístico e cultural.
As duas cidades
A dinâmica entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa marca a história de Salvador desde a sua fundação, por Tomé de Souza, em 1549. No nível do mar, ficava a faixa de terra muito estreita e comprida, onde estava localizado o porto por onde chegavam os mantimentos consumidos pela população. Daí a região ser conhecida por Bairro do Comércio, graças às funções que desempenhou desde o seu início. Sessenta metros acima ficava a Cidade Alta, fortificada e que reunia as funções administrativas, militares, religiosas e civis. Ligando as duas, ladeiras e planos inclinados movidos à tração humana permitiam o deslocamento dos moradores e o transporte de produtos.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação Iphan
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 3326-6864 / 3414-6187
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