Conjunto Arquitetônico Museu Mariano Procópio é tombado

Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora (MG)O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural se reuniu na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, e aprovou o pedido de tombamento do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Museu Mariano Procópio, que fica em Juiz de Fora (MG). O diretor superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, comemorou o tombamento e lembrou que, em 1915, o museu era particular e aberto ao público –portanto celebram-se 100 anos de existência do espaço cultural no Brasil. 

A proposta de tombamento do conjunto teve como base o valor arquitetônico dos imóveis, com sua arquitetura eclética, exemplar único em Minas Gerais, sua decoração, mobiliário, além da importância do acervo que abriga. Além disso, destaca-se o valor paisagístico atribuído ao parque Glaziou, com seus prédios, estátuas, monumentos, fontes e outros. Se os conselheiros decidirem pelo tombamento, o Conjunto Arquitetônico passará a ser considerado Patrimônio Cultural do Brasil, inscrito no Livro do Tombo Histórico e Etnográfico, Arqueológico e Paisagístico.

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Museu Mariano Procópio compreende a área que é de propriedade do município, incluindo a Vila Ferreira Lage, o anexo (que abriga o Museu); o Parque Mariano Procópio e todos os seus equipamentos. A Villa Ferreira Lage foi construída em 1861 pelo Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, em estilo eclético, com inspiração em modelos do renascimento italiano. Em 1915 foi aberta à visitação. A construção consiste em um bloco com dois pavimentos, um torreão e porão. O acesso é feito por uma varanda com escadas em dois lances. Em cima observa-se um terraço à maneira das construções renascentistas italianas. 

O Anexo (Museu) foi inaugurado em 1922 por Alfredo Ferreira Lage, filho de Mariano Procópio, para que, juntamente com a residência, abrigasse a sua coleção. Trata-se de um pavimento retangular, com uma galeria central ladeada por salas para abrigar acervo, arquivo e biblioteca. O projeto da grande claraboia de vidro que ilumina a galeria central é atribuído ao artista Rodolfo Bernadelli. Em 1983 foram realizadas obras de acréscimo do segundo pavimento nas salas laterais.

Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora (MG)No Parque estão inseridos a Villa, o museu e outros equipamentos, configura-se como uma grande área verde, reflorestada entre a segunda metade do século XIX e início do século XX. O paisagismo é atribuído ao francês Auguste François Marie Glaziou. O parque abrange a parte baixa do terreno, onde existe um lago artificial de forma retangular. Em uma extremidade do lago observa-se um jardim geométrico, de gosto francês. Outra parte do parque é constituída por um denso bosque subindo a encosta do Outeiro, onde se localizam os prédios, alamedas e calçadas. Ainda há um pequeno rio que vem dar no lago, cruzado por duas pontes de madeira construídas no século XIX, com ancoradouro para pequenos barcos. O parque conta com elementos artísticos, como uma figura escultórica da fundição Val D’Osne, estátuas de mármore, muretas, bustos, escadarias, monumentos. Recentemente o parque foi revitalizado com a construção de portaria, lanchonete e outros equipamentos de apoio à visitação. No local existe, também, uma fauna diversificada. 

Em 9 de fevereiro de 1936 o complexo formado pela Villa, o anexo e o parque, além de todo o acervo, foi doado ao município de Juiz de Fora (Decreto Municipal nº 202/107). O Museu histórico, artístico e de história natural, tem seu acervo formado por amplas coleções de pintura, escultura, mobiliário, porcelana, cristais, numismática, medalhística, artes decorativas, joias do século XIX, arquivo fotográfico, biblioteca, etc. A coleção do Museu Mariano Procópio foi tombada pelo Iphan em 1939. O parque e as edificações foram tombados pelo município em 1983.

Conselho Consultivo
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan 
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Isadora Fonseca – isadora.fonseca@iphan.gov.br
(61) 2024-5461 / 2024-5479/ 2024-5459 / 9381-7543
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr

Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin