Levantamento traz perfil socioeconômico dos moradores de Serra do Navio

Equipe de Coordenação CRF-UFPA e estagiário em Serra do Navio (AP).Parceria firmada entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a universidade Federal do Pará (UFPA) e a Prefeitura Municipal de Serra do Navio, consolida o perfil socioeconômico dos moradores da cidade amapaense.  Os dados integram o levantamento realizado em novembro de 2015.  

O município de Serra do Navio, no Estado do Amapá, possui atualmente uma população de 1.875 moradores, sendo 958 homens (51%) e 917 mulheres (49%). Existem 734 moradias, sendo 594 localizadas nas vilas Staff, Intermediária e Primária, que foram tombadas como patrimônio histórico na Amazônia Legal. Além dessas,  outras 140 residências estão construídas em áreas de ocupação informal, totalizando 100% das habitações na área urbana da cidade.  Das 734 moradias, 583 são utilizadas como residências, 50 para fins de comércio e serviço, 28 como uso institucional e 31 para uso misto. Mais de 90 famílias recebem entre cinco até 10 salários mínimos e 125 famílias residem de quatro a oito anos na cidade.  

Os dados representam mais um passo no processo de regularização das moradias, que ganha mais celeridade com a publicação do Decreto 8.713 transferindo as terras para o domínio do Estado.  Durante o levantamento socioeconômico, foram utilizados mais de 700 cadastros pelos acadêmicos de instituições de ensino superior com atuação na cidade de Macapá, em sua maioria da Universidade Federal do Amapá (Unifap), fortalecendo as áreas de ensino, pesquisa e extensão universitária.

A Vila Serra do Navio - localizada no município de Água Branca do Amapari, no Amapá - que viveu os áureos tempos da exploração do manganês, foi tombada como Patrimônio Cultural do Brasil, em abril de 2010. Durante 10 anos, o IPHAN trabalhou na investigação histórica, com levantamentos fotográficos e arquitetônicos referentes à vila, sua implantação, suas instalações e edificações, levando em consideração seus valores paisagísticos, históricos e artísticos.

Mesmo com as transformações sofridas pela falta de conservação e por intervenções inadequadas, a vila mantém as características originais que a distinguem na história da ocupação da Região Norte, na arquitetura e no urbanismo brasileiro. A proposta de tombamento foi debatida com os moradores, com foco na recuperação da memória social local e na busca de soluções adequadas para resgatar as características que fazem da Vila uma cidade absolutamente singular.

Apesar do desastre ambiental e social causado pela empresa Indústria e Comércio de Minério (Icomi), com a extração do minério - a contaminação do terreno e dos lençóis freáticos, igarapés e águas subterrâneas, por ferro, arsênio e manganês - o desafio de implantar uma cidade com as características da Vila Serra do Navio, no meio da Floresta Amazônica, levou à criação de um verdadeiro monumento da arquitetura e do urbanismo, onde as soluções propostas pela corrente modernista dialogam e interagem com as soluções construtivas locais, com o clima e a vegetação e, principalmente, com a cultura do lugar.

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