Restauro do Palácio Capanema valoriza ícone da arquitetura moderna

Palácio Gustavo Capanema - Rio de Janeiro (RJ)

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    O Centro Lucio Costa funciona no Palácio Gustavo Capanema, localizado no centro do Rio de Janeiro.
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    O Palácio Gustavo Capanema (1936 e 1947) é um dos primeiros arranha-céus com fachada toda de vidro construído no mundo.
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    Obras de arte estão em vários pontos do Palácio Gustavo Capanema: painéis de Cândido Portinari, jardins de Burle Marx, entre outras.
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    Construído entre 1936 e 1947, o Palácio Gustavo Capanema foi projetado pelo arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy e equipe.
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    Obras de arte estão em vários pontos do Palácio Gustavo Capanema: painéis de Cândido Portinari, jardins de Burle Marx, entre outras.
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    O Palácio Gustavo Capanema é uma das edificações mais representativas da arquitetura moderna brasileira.
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    Obras de importantes artistas brasileiros estão nas dependências do Palácio Gustavo Capanema, tombado pelo Iphan, em 1948.
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    O Palácio Gustavo Capanema é uma das edificações mais representativas da arquitetura moderna brasileira.
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    Obras de arte embelezam o Palácio Gustavo Capanema, como a escultura de Celso Antônio Dias.
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    Obras de importantes artistas brasileiros estão nas dependências do Palácio Gustavo Capanema, tombado pelo Iphan, em 1948.
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    Obras de arte como os jardins de Burle Marx e a escultura de Celso Antônio Dias, embelezam o Palácio Gustavo Capanema.
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    Obras de arte como os jardins de Burle Marx e a escultura de Celso Antônio Dias, embelezam o Palácio Gustavo Capanema.
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    Os jardins de Burle Marx completam o cenário no terraço do Palácio Gustavo Capanema.
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    O Palácio Gustavo Capanema foi construído entre 1936 e 1947.
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    Palácio Capanema - pioneiro no uso de vidro em toda a fachada.
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    Os 14 andares do Palácio Capanema erguem-se sobre pilotis de dez metros de altura.
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    Os painéis de Cândido Portinari destacam-se no Palácio Capanema.
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    Jardins do Palácio Gustavo Capanema.
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    Painel de azulejos de Cândido Portinari, no Edifício Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ)

Como parte das atividades comemorativas de 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), representantes da instituição realizam no próximo dia 5 de maio uma visita às obras de restauro e revitalização em curso no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro, exemplar icônico da arquitetura moderna brasileira. Participam a presidente da instituição, Jurema Machado, e seus diretores, os membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, superintendentes, diretores de unidade, ex-presidentes, ex-servidores e especialistas, muitos dos quais contribuíram com a valorização do edifício. A visita e a apresentação sobre o projeto acontecem às 14h e podem ser acompanhadas pela Internet no link.

Financiado pelo PAC-Cidades Históricas, o Projeto de Restauração e Modernização do Palácio Gustavo Capanema é coordenado pelo Iphan, por meio de equipes multidisciplinares formadas por especialistas da instituição e profissionais de escritórios contratados. A ação inclui um plano para revisão do programa de uso do monumento, privilegiando a sua vocação cultural e sua identidade como marco do movimento moderno brasileiro. O objetivo é que o prédio se torne um centro cultural com uma dinâmica própria, promovendo a interação do público com as bibliotecas, os arquivos e oferecendo programas educativos, concertos, exposições, performances, instalações e manifestações artísticas contemporâneas. 

A antiga sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (MES) foi projetada pelo arquiteto urbanista Lúcio Costa e sua equipe, composta por Carlos Leão, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira, Oscar Niemayer, em 1937, ano de criação do Iphan e do marco regulatório da proteção ao patrimônio cultural brasileiro. A equipe teve como referência estudos feitos por Le Corbusier, que esteve no Brasil em 1936, convidado pelo Ministro Gustavo Capanema. O edifício foi construído entre 1937 e 1945 e sua estrutura foi projetada pelo engenheiro Emílio Baumgart. 

O prédio está parcialmente fechado para visitação - a restrição não abrange os serviços prestados ao público pelo Iphan, Funarte, Biblioteca Nacional, Fundação Cultural Palmares e a representação do Ministério da Cultura – desde abril de 2013, com o início dos trabalhos.

Etapas

Obras de arte como os jardins de Burle Marx e a escultura de Celso Antônio Dias, embelezam o Palácio Gustavo Capanema.

A primeira etapa das obras, finalizada em 2014, compreendeu a substituição dos seis elevadores, os serviços de impermeabilização da cobertura, dos terraços-jardins, a restauração do gnaisse (espécie de pedra) das fachadas Leste e Oeste e das colunas do térreo e a recuperação dos jardins-terraços projetados por Burle Marx em 1982.

Na fase atual, iniciada em janeiro de 2015, o esforço concentra-se nas fachadas, compreendendo a restauração dos sistemas das esquadrias de estrutura metálica de aço carbono, a substituição das pastilhas conforme o projeto original e a recuperação do sistema dos brises-soleils (para-sóis externos das janelas). A restauração dos elementos construtivos das fachadas Sudoeste e Noroeste irá permitir o resgate do sistema de ventilação cruzada concebido por Dr. Lúcio Costa - um dos atributos arquitetônicos de maior relevância do monumento. As esquadrias e os brises-soleis não funcionavam mais na sua totalidade, causando intenso calor nos ambientes internos de trabalho. 

Após a conclusão dos trabalhos na fachada, como terceira e última etapa, serão realizados os projetos de restauração e modernização dos espaços internos da construção que abrange em um único projeto cultural o urbanismo, a arquitetura, o paisagismo e as artes plásticas. Os painéis de azulejos, o afresco Ciclos Econômicos e a têmpera Jogos Infantis de Portinari, as escultura de Bruno Giorgi, Celso Antônio, Adriana Janacópulos fazem parte do acervo de artes plásticas integrado à arquitetura do monumento, que receberá tratamento de conservação e restauro. Para esse momento da obra, um programa educativo prevê a visitação do público durante os trabalhos de restauração por meio do Atelier Aberto.

O grande volume de documentação e registros fotográficos presentes nos arquivos do Iphan são as fontes de pesquisa e de informação que subsidiam a restauração, assim como as escolhas e as decisões de projeto. Um dos grandes desafios do projeto foi encontrar a solução técnica para a climatização 

do edifício que fosse coerente com o conceito original arquitetônico. Assim, preservando as soluções da sua arquitetura bioclimática adotada pela equipe coordenada pelo Lúcio Costa, o sistema de ventilação cruzada natural será mantido nos meses de temperaturas amenas da cidade, permitindo que a brisa da baía da Guanabara entre no edifício, circule nos espaços internos, de modo a impulsionar a saída do ar quente dos ambientes pela fachada noroeste. O sistema de ar condicionado deverá ser acionado apenas nos meses de calor. Entretanto, as áreas que abrigam as bibliotecas e os arquivos históricos serão climatizadas por sistema mecânico com controle de temperatura e umidade durante todo o ano, diante da necessidade de conservação de seus acervos.

História e projeto original

Há 79 anos, em 24 de abril, o então ministro da Educação e Saúde Pública Gustavo Capanema lançou a pedra fundamental na solenidade de início das obras. O edifício foi aclamado como a primeira obra da arquitetura moderna de caráter monumental a consolidar os cincos princípios básicos corbuseanos: planta livre, fachada livre, pilotis, terraço-jardim e janelas em fita. O Palácio Capanema também se destaca pela singular incorporação dos postulados da arquitetura moderna e das inovações tecnológicas nas instalações, por meio da aplicação dos conceitos revolucionários da arquitetura bioclimática na edificação de dimensões monumentais, com o objetivo de promover a eficiência energética e o conforto ambiental do usuário, tanto térmico quanto de iluminação.

Mais informações para a imprensa:
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