Patrimônio Cultural Brasileiro é vitrine para o mundo

Exposição Patrimônio Imaterial RJCaracterística marcante do povo brasileiro e reconhecida em qualquer lugar do mundo, a diversidade cultural é um dos destaques da Casa Brasil, espaço que comportará um conjunto diverso de atividades turísticas, gastronômicas, culturais, esportivas, sociais e econômicas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Ministro da Cultura e presidente do Iphan visitam exposiçãoA exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro – A Celebração Viva da Cultura dos Povos é um dos destaques da Casa e apresenta ao público os 38 bens culturais do País catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo cinco deles declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A abertura contou com a presidente do Iphan, Kátia Bogéa e do ministro da Cultura, Marcelo Calero.  

Por meio de recursos audiovisuais e interatividade, em ambientes recriados e textos didáticos, o visitante poderá conhecer e vivenciar os 38 patrimônios imateriais divididos em quatro categorias - Saberes, Lugares, Celebrações e Formas de Expressão.  

Patrocinada pela Caixa Econômica Cultural, a mostra gratuita que possui direção de arte de Ronald Teixeira e curadoria de Luciano Figueiredo, esteve na capital carioca durante a Copa do Mundo e já passou pelas cidades de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Recife (PE) e São Paulo (SP), além da capital Brasília (DF). 

De acordo com o diretor de arte, a exposição tem tido uma ótima receptividade, sendo vista até o momento por cerca de 10 mil pessoas. “Estar na vitrine brasileira durante os jogos olímpicos demonstra a importância que o povo brasileiro dá ao seu patrimônio cultural”, disse.   

Os bens imateriais registrados no Brasil em âmbito nacional: o Ofício dos Mestres de Capoeira e a Roda de Capoeira. Regionalmente, o Teatro de Bonecos do Nordeste, o Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, do Rio Grande do Norte; Babau, da Paraíba; e Mamulengo, de Pernambuco.  Do Amapá, a Arte Kusiwa - pintura corporal e arte gráfica Wajãpi. Do Amazonas, a Cachoeira de Iauaretê – lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri – e o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. Da Bahia, o Ofício das Baianas de Acarajé, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e a Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Do Espírito Santo, o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. 

De Goiás, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis. Junto com Tocantins, Goiás compartilha os patrimônios Rtixòkò - expressão Exposição Patrimônio Imaterial RJartística e cosmológica do Povo Karajá – e os Saberes e Práticas Associados aos Modos de Fazer Bonecas Karajá. Do Maranhão, o Complexo Cultural do Bumba-meu-Boi do Maranhão e o Tambor de Crioula do Maranhão. Minas Gerais contribui para o patrimônio imaterial com o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro e serras da Canastra e do Salitre, o Toque dos Sinos e o Ofício dos Sineiros. Minas Gerais divide com São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o Jongo do Sudeste.  

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm registrado como bem cultural o Modo de Fazer Viola-de-Cocho. E, somente, o Mato Grosso registra o Ritual Yaokwa do Povo Indígena EnaweneNawe. No Pará, fazem parte do patrimônio o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, as Festividades de São Sebastião na Região do Marajó, o Carimbó e o Modo de fazer Cuias no Baixo Amazonas. No Paraná e São Paulo, compartilham o Fandango Caiçara. Em Pernambuco, a Feira de Caruaru, o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo Marinho. No Piauí, a Cajuína. No Rio Grande do Norte, a Festa de Sant'Ana de Caicó. 

O Rio de Janeiro também marca presença com a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty e as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro - partido alto, samba de terreiro e samba-enredo. Sergipe tem o Modo de Fazer Renda Irlandesa. E completam a lista o Rio Grande do Sul com a Tava - lugar de referência para o povo Guarani - e o Ceará com a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha. 

O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa - pintura corporal e arte gráfica Wajãpi, Frevo, Círio de Nossa Senhora de Nazaré e a Roda de Capoeira são os bens reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. 

O que é Patrimônio Imaterial Cultural
Exposição Patrimônio Imaterial no RJDurante 15 anos, o Iphan tem registrado patrimônios imateriais brasileiros. O conceito estabelecido pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988, é composto de bens de natureza material e imaterial, incluídos aí os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas. 

A definição se alinha à Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em 1° de março de 2006, e define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural".

Serviço:
Exposição Patrimônio Imaterial - A Celebração Viva da Cultura dos Povos
Visitação:
05 de agosto a 18 de setembro, das 10h às 20h. 
Local: Casa Brasil   
Endereço: Pier Mauá, na Zona Portuária do Rio de Janeiro (RJ)

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