Dia do Patrimônio é marcado pela certificação da Pampulha como Patrimônio Mundial
Dono do título inédito de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno, o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), recebeu o certificado de Patrimônio Mundial reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) nesta quarta-feira, 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Histórico. A entrega aconteceu no Museu de Arte da Pampulha e contou com a presença do ministro da Cultura, Marcelo Calero, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Braz, entre outras autoridades.
Em seu discurso, Kátia Bogéa agradeceu o empenho e envolvimento dos técnicos do Iphan que trabalharam para o reconhecimento, destacando o trabalho da ex-presidente do Instituto, Jurema Machado, também presente na cerimônia, e anunciou a realização de evento inédito para 2017.
“Faremos no próximo ano, nas comemorações dos 80 anos do Iphan e no primeiro ano de comemoração deste reconhecimento, o primeiro seminário internacional sobre os desafios da gestão do patrimônio moderno, trazendo para a Pampulha esse debate internacional, com gestores de sítios do patrimônio moderno declarados em diversos países”, afirmou a presidente.
Pampulha em conjunto
Situado em uma das regiões mais tradicionais de Belo Horizonte e de grande significado para diversas gerações, no Brasil e no mundo, o Conjunto Moderno da Pampulha foi concebido com o objetivo de criar uma obra de arte total, integrando as peças artísticas aos edifícios e estes à paisagem, e conta com as quatro primeiras obras assinadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, projetadas na década de 1940. O conjunto possui também jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx, painéis com azulejos do pintor Candido Portinari e esculturas de artistas renomados como Alfredo Ceschiatti e José Alves Pedrosa.
Formado por uma paisagem que agrega quatro edifícios articulados em torno do espelho d’água de um lago urbano artificial, o Conjunto Moderno da Pampulha é integrado pela Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) e o Iate Golfe Clube (Iate Tênis Clube), todos bens construídos entre 1942 e 1943.
Inspirado nas concepções do suíço Le Corbusier (pseudônimo de Charles-Edouard Jeanneret-Gris), criador dos Cinco Pontos da Nova Arquitetura – planta livre, fachada livre, pilotis, terraço jardim e janelas em fita –, Niemeyer planejou os edifícios do Conjunto. Por sua vez, Roberto Burle Marx teve como influência os ideais do resgate da identidade nacional e as vanguardas europeias das artes. Segundo seus próprios depoimentos, o seu contato com a riqueza da flora brasileira em jardins botânicos de Berlim (Alemanha) o fez compreender como seria importante resgatar espécimes nativas nos jardins do país. Embora muitas vezes comparados a telas de pintura, suas criações se revelam vivas por se transformarem com o passar dos anos e por representarem novas e livres maneiras de combinação cromáticas e de harmonias entre espécimes.
Dia Nacional do Patrimônio Histórico
O espírito incansável do historiador e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, como defensor do Patrimônio Cultural Brasileiro, provocou a criação do Dia Nacional do Patrimônio, comemorado desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completaria 100 anos.
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