Banco Central lança moeda comemorativa de Olinda (PE), Patrimônio da Humanidade
Segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco, em 1982, Olinda (PE) tem seu conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) desde 1968. A bela cidade pernambucana foi escolhida para ser a sétima homenageada pela série numismática Patrimônios da Humanidade no Brasil, do Banco Central do Brasil, e terá uma moeda comemorativa.
O lançamento da peça contará com a presença do diretor de Articulação e Fomento, do Iphan, Marcelo Brito, e da superintendente do instituto no estado, Renata Duarte Borba. O evento ocorrerá no dia 25 de novembro, na Prefeitura de Olinda (PE).
Moeda Comemorativa
A série começou em 2010, ano do cinquentenário de Brasília, quando o Banco Central lançou a moeda comemorativa da capital federal. Em sequência foram lançadas, anualmente, as moedas de Ouro Preto (M
G), Goiás (GO), Diamantina (MG), São Luís (MA) e Salvador (BA).
Com padrão da moeda de Real, as peças são cunhadas em metal nobre, com a sofisticada tecnologia "proof" – tratamento dado aos cunhos e aos discos, que são polidos até que suas superfícies obtenham o brilho de espelho, e aos relevos que são jateados com areia para fosqueamento, o que resulta em um profundo contraste – e a qualidade de suas gravuras fazem delas obras de arte brasileiras. Suas composições artísticas têm por base documentos históricos e a tiragem é rigorosamente limitada ao máximo estabelecido. Elas são vendidas pelo site do Banco do Brasil e vem protegida por uma cápsula transparente, para melhor conservação de seu brilho e o edital do Banco Central do Brasil, garantindo-lhe as características descritas.
A homenageada
Olinda foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco, em 1982, após Ouro Preto (MG), e seu conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico havia sido tombado, pelo Iphan, em 1968. Destacam-se, na cidade, excepcionais exemplos de arquitetura religiosa dos séculos XVI e XVII, como o Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, e o Convento de Nossa Senhora das Neves que integra o conjunto arquitetônico do Convento de São Francisco.
Vizinho a Recife, capital de Pernambuco, o centro histórico de Olinda abrange uma área de 1,2 quilômetro quadrado e cerca de 1.500 imóveis, os quais testemunham diferentes estilos arquitetônicos: edifícios coloniais do século XVI harmonizam-se às fachadas de azulejos dos séculos XVIII e XIX e às obras neoclássicas e ecléticas do início do século XX. O traçado urbano é característico dos povoados portugueses de origem medieval, com seu encanto intensificado pela paisagem e localização.
Uma das mais antigas cidades do Brasil, Olinda é predominantemente residencial, marcada por espaços exíguos, pelo casario e seus quintais arborizados com muitas espécies frutíferas trazidas pelos colonizadores. Os espaços maiores foram reservados aos largos e praças que, definidas pelos edifícios religiosos, são responsáveis em grande parte pela estruturação da malha urbana.
Apesar da fragilidade geológica do território e consequente dificuldade para sua conservação, a cidade manteve-se bastante íntegra. O informal e sinuoso traçado urbano, a riqueza de igrejas e conventos barrocos, como a Igreja da Sé (1537), somam-se ao casario singelo com fachadas de azulejos e balcões de treliça, os muxarabis. Casas e muros definem as ruas tortuosas e ladeiras íngremes
As características essenciais do centro histórico estão expressas na forma e concepção do sítio, nos materiais empregados em suas edificações, na manutenção do uso residencial como predominante e na maneira de morar de seus habitantes, ao longo dos séculos, além do artesanato e tradições imbricadas entre o sagrado e o profano. Essas características são atestadas no mais antigo documento existente sobre Olinda, a Carta do Foral que registra o primeiro plano diretor da cidade, e pela cartografia holandesa e gravuras de Frans Post (século XVII).
A cidade conserva, com muita fidelidade, a trama urbana, a paisagem e o sítio da vila fundada em 1535, por Duarte Coelho Pereira. Merecem destaque especial os raros exemplares de edifícios sacros remanescentes desse século. Seu acervo representativo de várias épocas integra-se de maneira exemplar ao sítio físico, formando um conjunto peculiar, cuja atmosfera é garantida pela presença do mar e da vegetação. O caráter próprio e diferenciado de Olinda está nessa ambiência paisagística, que a identifica ao longo da história.
Serviço: Lançamento da Moeda Comemorativa da cidade de Olinda (PE)
Data: 25 de novembro
Horário: às 10h
Local: Prefeitura de Olinda - Palácio dos Governadores
Endereço: Rua de São Bento, 123 - Varadouro - Olinda (PE)
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