Jongueiros do Espírito Santo discutem política estadual de salvaguarda
A partir desta sexta-feira, dia 05 de agosto, grupos de Jongo e Caxambu do Espírito Santo se reúnem em Vitória (ES) para dialogar sobre a elaboração de um Plano de Salvaguarda estadual desse bem cultural da região Sudeste, reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reunião também busca promover um espaço de articulação entre representantes dos grupos capixabas.
O evento é promovido pelo Iphan, que coordena a implementação das ações de salvaguarda dos bens culturais registrados, com apoio da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Participam do encontro 18 grupos de Jongo das cidades de Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Conceição da Barra, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy e São Mateus. Também estarão presentes representantes de grupos dos outros Estados do Sudeste, que irão contribuir com suas experiências na elaboração de planos de salvaguarda.
O Jongo do Sudeste
O Jongo, também chamado caxambu, tambu e batuque, é uma forma de expressão tocada, cantada e dançada, marcada na percussão de tambores. Tem suas origens na cultura dos povos africanos, principalmente os de língua bantu. É um elemento de identidade e resistência cultural de várias comunidades formadas a partir dos escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar do sudeste brasileiro. É um elemento de identidade e resistência cultural para várias comunidades e também espaço de manutenção, circulação e renovação do seu universo simbólico.
Registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro em novembro de 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Jongo do Sudeste foi inscrito no Livro das Formas de Expressão. O registro teve como base a pesquisa desenvolvida pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, e teve como suporte a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais.
A salvaguarda
As ações de salvaguarda são medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio cultural imaterial, tais como a identificação, a documentação, a investigação, a preservação, a proteção, a promoção, a valorização, a transmissão – essencialmente por meio da educação formal e não-formal - e revitalização desse patrimônio em seus diversos aspectos.
No Espírito Santo, o Iphan tem realizado visitas aos grupos em todo o Estado, a fim de conhecer melhor as realidades locais e os integrantes dos grupos, divulgando e esclarecendo os conceitos como patrimônio imaterial e salvaguarda. Essas ações têm promovido maior proximidade entre o Iphan e os detentores e uma maior mobilização entre os próprios grupos.
Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Carmen Lustosa – carmen.costa@iphan.gov.br
(61) 2024-5504 - 2024-5511
(61) 99381-7543
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr | www.instagram.com/IphanGovBr