Está em curso uma parceria entre o Sítio Roberto Burle Marx (SRBM), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o Museu de Favela (MUF), no Rio de Janeiro (RJ). Desde 2016, o Museu participa da iniciativa de moradores locais da comunidade do Cantagalo para a criação de um jardim coletivo, após a desobstrução de uma área utilizada anteriormente para descarte de lixo.

Para contribuir com o projeto, a equipe do Sítio Roberto Burle Marx forneceu 73 mudas, respeitando a criação coletiva. Na perspectiva do jardim como obra de arte, a diretora do Sítio, Claudia Storino, lembra a fala de Roberto Burle Marx: “a paisagem também se define por uma exigência estética, que não é nem luxo nem desperdício, mas uma necessidade absoluta para a vida humana e sem a qual a própria civilização perderia sua razão de ser”. São nove espécies diferentes que comporão a paisagem do jardim comunitário, entre elas, a Alamanda amarela, a Russélia vermelha, a Clusia pedra azul e a Bougainvillea.              

Segundo o responsável pela articulação institucional do MUF, Sidney Silva, a parceria começou antes mesmo de receber as mudas. “Apresentamos uma proposta e a equipe do Sítio veio ao espaço para fazer a medição, levantamento e análise do solo. Depois vieram contribuir com quase cem mudas para o jardim comunitário”.

O próximo passo, segundo o diretor do MUF, é envolver as escolas locais, moradores e toda a comunidade em um evento de plantio, além de pensar a estrutura de irrigação das plantas e aquisição de materiais para o jardim que também contemplará horta e árvores frutíferas.