Sede do Iphan em Curitiba (PR) é reaberta, após restauro

Sede do Iphan Paraná

Um singelo exemplar da arquitetura de imigração em Curitiba passou por uma obra de restauração e está como novo. A casa que abriga o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Paraná (Iphan-PR), situada no bairro de Juvevê, será reaberta ao público nesta quinta-feira, 13 de dezembro, com direito a nova biblioteca e programação cultural. Executada em duas etapas, a obra contou com a construção de edifício anexo, com investimento total de R$ 1,8 milhão.

A casa de madeira de 1920 conta agora com um novo edifício anexo, que abriga seu acervo bibliográfico, fotográfico e audiovisual, uma biblioteca especializada no campo da preservação do patrimônio cultural aberta a consulta pública, além de salas de escritório para os setores técnico e administrativo. A casa tem ainda duas galerias, para abrigar diversas atividades culturais e oficinas de educação patrimonial. 

Construída pelo Major Domingos Nascimento Sobrinho, é um dos mais importantes exemplares da arquitetura paranaense. Localizada originalmente no bairro do Portão, foi adquirida pela então SPHAN-Pró Memória em 1984 e transladada para um terreno no bairro do Juvevê, cedido pela prefeitura de Curitiba. No lugar da casa, foi erguido um edifício de seis andares. A instalação da Superintendência do Iphan possibilitou a salvaguarda desse exemplar da arquitetura de madeira. O processo de translação foi iniciado após minucioso levantamento arquitetônico, documentação fotográfica e numeração de todas as peças componentes do edifício.

Festejando a restauração
A reabertura da Casa Domingos Nascimento terá apresentação musical e duas exposições fotográficas. Uma mostra traz fotos da casa no bairro do Portão e do processo de translação e restauração. A segunda é a exposição fotográfica Saudade do Ninho, de Washington Takeuchi, que registrou as casas de madeira de Curitiba e região metropolitana. Na ocasião, haverá coquetel com sessão de autógrafos do livro Saudade do Ninho – A cidade de Madeira que existe dentro de Curitiba, que traz um inventário afetivo com mais de 100 casas de madeira.

No sábado, 15 de dezembro, haverá uma ação com o grupo Urban Sketchers, movimento dos desenhistas de rua, que se empenham em capturar a vida das cidades em sketchbooks


Sede do Iphan ParanáCasas de madeira de Curitiba
Curitiba possuía uma floresta de araucárias que ocupava grande parte de seu território, fornecendo madeira com características adequadas a construção. A partir da metade do século XIX, o governo do Paraná adotou uma política de ocupação do território, com o estímulo à vinda de imigrantes europeus a pequenas propriedades de terra. Surgiram as colônias nos arredores de Curitiba, em especial de alemães, italianos e poloneses. A grande diversidade de culturas e costumes dos imigrantes, trouxe também novas técnicas de construir as suas moradias.

No final do século XIX, o baixo custo, a abundância de matéria prima e a instalação de inúmeras madeireiras devido a intensificação e mecanização da exploração das florestas de araucária, propiciou a padronização do corte de elementos utilizados na construção de casas, tornando popular a arquitetura em madeira no Paraná e sua capital.

Em Curitiba, essas casas podem ser consideradas mais do que uma expressão arquitetônica. São uma legítima expressão cultural da cidade.

 

Serviço:

Abertura da Sede do Iphan Paraná
Data: 13 de dezembro de 2018, às 16h

Urban Sketchers Curitiba no Iphan
Data: 15 de dezembro de 2018, de 15h às 17h
Local: Iphan Paraná
           Rua José de Alencar, 1808 – Alto da Rua XV - Curitiba

 

Mais informações para a imprensa
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