Acordos bilaterais na agenda do Secretário da Cultura do Brasil e presidente do Iphan, em Portugal

Cidade de Lisboa, em Portugal

Cooperações nas áreas de patrimônio dos países de língua portuguesa, audiovisual, literatura e teatro serão tratadas entre os dois países, além dos 200 anos de independência do Brasil

À frente da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires inicia, nesta segunda-feira, dia 18, missão internacional em Portugal, acompanhado da presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. Em Lisboa, eles participam da segunda reunião da Comissão do Patrimônio Cultural da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organização internacional formada por nove países lusófonos – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe – que compartilham referências culturais do patrimônio edificado, histórico, arqueológico e imaterial. 

O secretário da Cultura, além de tratar das relações brasileiras no bloco, terá intensa agenda para debater temas da cooperação bilateral com autoridades portuguesas, como os preparativos para o Bicentenário de Independência do Brasil, cujas atividades de celebração já começaram e ocorrem até 2022, e cooperações nas áreas do audiovisual, patrimônio, literatura e teatro.  

“Além da língua, Brasil e Portugal têm uma história comum. Precisamos unir esforços para cuidarmos juntos da nossa memória e identidade cultural. Nada mais justo do que este ser o meu primeiro destino internacional como secretário da Cultura”, disse Pires. “Será uma grande oportunidade de fortalecimento do intercâmbio de nossas ações culturais, ampliando o acesso e a visibilidade de nossas produções não só para Portugal, mas para toda esta comunidade de nove países que têm o português como língua materna”, completou.

Monumento da descobertaPatrimônio Cultural
A cooperação bilateral com Portugal visa, entre outros aspectos, trazer ao Brasil modelos de negócio que garantam a viabilidade econômica dos monumentos brasileiros. Portugal, que foi eleito o melhor destino turístico do mundo em 2017, é referência em turismo cultural. É neste sentido que a presidente do Iphan destaca que “essa missão tem uma importância ímpar porque o Brasil merece ter sua história contada da melhor forma, para que brasileiros e estrangeiros vivam melhor a experiência de visitar esses bens, que são mundiais”. Kátia Bogéa completa dizendo que “Portugal é, por excelência, ‘a fonte’ onde buscar as melhores estratégias para a promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro”. O Brasil, por sua vez, é referência na política de salvaguarda de patrimônio cultural imaterial.

Lisboa/Portugal

A reunião da Comissão do Patrimônio Cultural da CPLP deverá, entre outras questões, definir a metodologia para elaboração do Atlas do Patrimônio Cultural, que vai mapear os bens culturais dos nove países-membros da comunidade internacional. Em 2019, o Brasil vai oferecer oficina técnica de formação em elaboração de listas indicativas de Patrimônio Cultural aos nove países-membros. Em 2020, será aberto um novo curso, de Salvaguarda de Patrimônio Cultural Imaterial.

Kátia Bogéa se reúne na quarta-feira, dia 20, com a diretora-geral do Patrimônio Cultural de Portugal, Paula Araújo da Silva, com quem o Brasil está desenvolvendo intercâmbio de experiências. O Paço Imperial, Centro Cultural do Iphan no Rio de Janeiro (RJ), vai receber em breve uma exposição sobre o Patrimônio Imaterial luso-brasileiro. Sexta-feira, dia 22, a presidente do Iphan participa de reunião de trabalho com o diretor regional de Cultura do Norte, António Ponte para conhecer a experiência dos Centros de Interpretação Turística em sítios do Patrimônio Mundial de Portugal. O Iphan pretende levar a experiência portuguesa para as 13 cidades brasileiras detentoras de sítios de Patrimônio Mundial. Será apresentada proposta de intercâmbio de gestores locais brasileiros junto a casos portugueses.

Livro, tela e palco
Literatura será o principal tema tratado em reunião entre o secretário Henrique Pires e a ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, na terça-feira, dia 19. Na pauta, temas como a 31ª edição do Prêmio Camões, a mais importante premiação para o conjunto da obra de autores da língua portuguesa. Em 2019, o Brasil será responsável por selecionar o júri que vai eleger o autor premiado. A entrega do prêmio será feita por Portugal. Também vão conversar sobre o Prêmio Monteiro Lobato, versão de literatura infantil similar ao Camões, que depende de aprovação no Congresso Nacional brasileiro para sair do papel. Vão falar ainda sobre a Biblioteca Digital Luso Brasileira, que reúne o acervo digital das Bibliotecas Nacionais de ambos os países.

Ainda na terça-feira, a coprodução audiovisual será o assunto da reunião do secretário com Luíz Chaby Vaz, diretor do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), parceiro da Agência Nacional de Cinema (Ancine) no Concurso de Coprodução para Cinema Brasil-Portugal, lançado em 2018. Com financiamento de R$ 300 mil, via Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, o edital está em fase de habilitação dos 11 projetos inscritos. Brasil e Portugal assinaram em 1985 tratado de coprodução audiovisual bilateral. 

A produção audiovisual também será tratada em reunião na quarta-feira, dia 20, entre Pires e o secretário-executivo da CPLP, o embaixador português Francisco Ribeiro Telles. Eles vão debater o programa CPLP audiovisual, cujo objetivo é implantar e fomentar políticas para o setor no contexto do bloco. Ainda em Lisboa o secretário visita a exposição Dona Maria da Glória (1819 -1853): um registo intimista, sobre a vida da única rainha europeia que nasceu no Brasil. O secretário também cumprirá agenda na Fundação Calouste Gulbenkian, que desenvolve programas para melhorar a qualidade de vida das pessoas através da arte. 

Henrique Pires se reúne, na sexta-feira, dia 22,, com os diretores dos festivais teatrais DDD e Fitei, que levarão este ano cerca de 15 peças de teatro brasileiras para os palcos portugueses. E encerra a viagem em Matosinhos, município a nove quilômetros de Porto, onde visita a Casa de Cultura, que abriga a exposição Infinito Vão, uma homenagem a 90 anos de arquitetura brasileira. Na programação, a palestra Lúcio Costa e a construção de um patrimônio Nacional, proferida pelo diretor do Iphan Andrey Schlee, e o lançamento dos Anais do 5º Fórum Internacional do Patrimônio Arquitetônico Brasil/Portugal, ocorrido no Rio de Janeiro, em 2018. 

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