Publicação do Iphan apresenta resultados das ações de salvaguarda para o Patrimônio Cultural

O que o Toque dos Sinos em Minas Gerais, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, o Modo de Fazer Viola de Cocho, no Mato Grosso, a Caboclinho União 7 Flexas. Goiana (PE)Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani, no Rio Grande do Sul, e o Carimbó, no Pará, possuem em comum? Todos são bens culturais registrados como Patrimônio Cultural do Brasil e recebem ações de salvaguarda. Essas são medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio imaterial e que podem ser conhecidas no relatório Saberes, Fazeres, Gingas e Celebrações - Ações para a salvaguarda de bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.

Para que um bem seja registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é necessário possuir relevância para a memória nacional, continuidade histórica e fazer parte das referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira.  Para preservar e manter vivos esses atributos, é realizado um extenso trabalho de salvaguarda que envolve identificação, documentação, preservação, valorização, proteção e promoção, que se inicia logo após a titulação como Patrimônio Cultural do Brasil.

O relatório elaborado pelo Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) apresenta as principais ações desenvolvidas para cada bem em parceria com as comunidades, governos estaduais e municipais, assim como instituições privadas para 41 bens culturais desde os primeiros registros, em 2002, até 2018. O livro conta ainda com a descrição dos procedimentos do governo federal para a Promoção e Sustentabilidade dos Bens Registrados; Gestão dos Processos de Salvaguarda; Direitos Culturais e Cidadania; e Gestão Participativa. 

De acordo a Coordenação-Geral de Promoção e Sustentabilidade do DPI, o objetivo da salvaguarda de bens Registrados é construir meios para a política participativa dos atores sociais diretamente envolvidos na produção e reprodução do bem cultural em questão. A intenção é aumentar a participação democrática dos detentores dos bens culturais na formulação, no planejamento, na execução e no acompanhamento de políticas de preservação do patrimônio cultural e com isso promover o alcance da sustentabilidade cultural dos Patrimônios Culturais do Brasil. 

Renda Irlandesa de Sergipe: do risco de extinção à sustentabilidade
Registrado como Patrimônio Cultural em 2009, o famoso artesanato produzido em quatro municípios de Sergipe estava com a qualidade de produção comprometida devido à dificuldade de acesso à principal matéria-prima, o lacê, sendo, por muito tempo, uma constante preocupação das rendeiras. A falta do produto no mercado, essencial para continuidade do ofício de fazer Renda Irlandesa nos moldes de Divina Pastora, foi agravado com a crise da fábrica que produzia e fornecia o lacê. 

Conhecendo os problemas enfrentados para continuidade da prática, o Iphan deu início a uma busca nacional por maquinário que produzisse o lacê e, em 2018, conseguiu a aquisição dos equipamentos e os doou para as associações de rendeiras. A ação garantirá não somente a sustentabilidade da prática como ainda a autonomia das artesãs que serão gestoras de todas as fases da produção. Esse é apenas um exemplo de ação de salvaguarda desenvolvida pelo Instituto, entre centenas de outras realizadas, que pode ser conferida na publicação.

A Política Brasileira de Preservação do Patrimônio Cultural 
A política de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial desenvolvida no Brasil é considerada exemplar desde sua origem no ano 2000.  Mas desde os anos de 1950 que políticas públicas para a dimensão imaterial do Patrimônio Cultural estavam em curso no país com os trabalhos desenvolvidos no campo do folclore e da cultura popular.

Diversos estados e municípios também têm se baseado na política federal como fundamento e inspiração para elaborar as legislações locais. No âmbito internacional, a prática brasileira foi influência direta para a elaboração da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada em 2003 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Também foi determinante para a criação do Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da América Latina e Caribe (Crespial), que reúne 15 países da região. 

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan

comunicacao@iphan.gov.br
Fernanda Pereira – fernanda.pereira@iphan.gov.br
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-5511- 2024-5513 - 2024-5531
(61) 99381-7543
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr

Publicação: Ações de salvaguarda para o Patrimônio Cultural

  • MA_Tambordecrioula_Edgar Rocha
    Coreiras e Coreiros do Tambor de Crioula. São Luis (MA).
  • Wajãpi_Eric Brochu
    Centro de Documentação e Formação Wajãpi. Aldeia Jakare, Terra Indígena Wajãpi (AP).
  • BA_BarquinhaMirim_Reinilson do Rosário
    Samba de Roda Barquinha Mirim. Bom Jesus Dos Pobres. Saubara (BA).
  • MS_Mestre de CururuSebastião Brandão
    Oficina com Mestre de Cururu Sebastião Brandão.
  • BA_DonaCadu_Luiz Santos
    Dona Cadu: Ricardina Pereira da Silva Sambando em Coqueiro do Paraguassu (BA).
  • Capoeira_Marcel Gautherot
    Capoeira. Foto retirada por Marcel Gautherot (BA)
  • TO_LourdeMahuederu_Cejane Pacini
    Lourde Mahuederu Karajá, Ceramista em Oficina de Boneca Karajá. Aldeia Santa Isabel do Morro (TO).
  • RN_Encontro_Bonecos
    6º Encontro de Bonecos e Bonequeiros do Rio Grande do Norte (RN).
  • PE_Caboclinho_Criança
    Caboclinho União 7 Flexas. Goiana (PE)
  • RS_Tava_Coral
    Apresentação de Coral de Jovens Guarani na Tava (RS).
Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin