Sítio Roberto Burle Marx faz parte de exposição no Jardim Botânico de Nova Iorque

Capa- museu Judaico em Nova Iorque (EUA) recebe exposição sobre Roberto Burle MarxUm pedaço da zona oeste do Rio de Janeiro (RJ) está inspirando turistas do mundo inteiro, no Jardim Botânico de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Está aberta a exposição Brazilian Modern: The Living Art of Roberto Burle Marx, que narra a vida do paisagista e artista brasileiro Roberto Burle Marx. Um dos destaques da exposição  é o espaço reservado ao Sítio Roberto Burle Marx (SRBM), uma área de 400 mil m² situada em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro (RJ), e reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro. O sítio onde ele viveu foi doado pelo próprio artista ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Peças de vários momentos do artista fazem parte da mostra. Pinturas e artes de toalhas pintadas à mão, por exemplo, compõem a Loggia – uma estrutura arquitetônica projetada por Burle Marx, que fica entre sua antiga residência e a capela de Santo Antônio da Bica, utilizada como ateliê pelo artista no Sítio Roberto Burle Marx. Com o objetivo de levar o visitante a passear pelos elos entre diversas linguagens usadas por ele, a mostra reúne, ainda, desenhos, tapeçarias e obras concluídas nos últimos 30 anos da carreira do artista. O herbário do Jardim Botânico de Nova Iorque também terá uma visita virtual a partir da qual será possível conhecer as espécies vegetais do Sítio.

As plantas se espalham pela propriedade em Barra de Guaratiba. São 3,4 mil espécies tropicais nos cerca de 400 mil m² da propriedade. E, para levar os ares da zona oeste do Rio de Janeiro à Nova Iorque, foi traçada uma parceria entre o Sítio carioca e o Jardim Botânico novaiorquino. Em 2017, a diretora do SRBM, Claudia Storino, foi convidada pelo Jardim Botânico para integrar, na condição de conselheira, o Comitê Consultivo da exposição, fornecendo informações e indicando roteiros e instituições para pesquisa dos acervos e projetos do artista.

De lá para cá, houve ainda duas visitas: em setembro de 2018, quando o curador artístico convidado, Dr. Edward Sullivan, conheceu o sítio; e em março deste ano, com as presenças da presidente do Jardim Botânico, Carrie Barratt, e do curador botânico William Wayt Thomas. A exposição ficará aberta até o dia 29 de setembro.

Sitio Roberto Burle MarxSítio Roberto Burle Marx
O Sítio Roberto Burle Marx é uma unidade especial do Iphan responsável pela pesquisa, preservação e difusão do legado cultural de Roberto Burle Marx. O Sítio possui uma coleção botânico-paisagística e acervos arquitetônico, museológico e bibliográfico. Além das 3,4 mil espécies de plantas, são mais de três mil obras do acervo museológico, sete edificações, cinco espelhos d’água e sete sombrais viveiros nos quais são cultivadas espécies que demandam baixa exposição à luz do sol.

Tombado pelos governos estadual e federal, o SRMB foi oficialmente anunciado como candidato a Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e pode receber o título durante a 44ª reunião do comitê da organização a ser realizada em 2020. Propriedade em que Burle Marx morou até o final de sua vida, o SRMB é o maior registro da vida e da obra do artista: desde a criação de um jardim tropical moderno à produção das artes visuais.

Desenvolvido pelo Iphan, o dossiê de candidatura do SRMB como Patrimônio Mundial expressa os atributos que o tornam valor universal excepcional. Também defende que o Sítio é um exemplo representativo do paisagismo moderno e do pioneirismo de Burle Marx no campo da preservação ambiental. Assim, as edificações, obras de arte, jardins, mata nativa, lagos, viveiros, trilhas e vistas revelam a concepção do artista, o que influenciou a visão de paisagismo no Brasil e no mundo.

O Sítio Burle Marx está aberto à visitação de terça a sábado, à exceção de feriados. As visitas devem ser agendadas previamente pelo e-mail (visitas.srbm@iphan.gov.br) ou por telefone (21-2410-1412). Os ingressos custam R$ 10, sendo que estudantes e maiores de 65 anos têm direito a meia entrada; crianças de até cinco anos, funcionários do setor cultural e professores não pagam. Escolas também podem marcar excursões pelos mesmos contatos.

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