Segue em cartaz a exposição sobre povos indígenas que ocupavam território de Nova Iguaçu (RJ)

Exposição a cultura tupi nas terras de Guaguassu: Fragmentos da história iguaçuana da Pré-História ao Século XVII

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    Grande parte das peças expostas consiste em artefatos arqueológicos
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    Na chegada, visitante adentra uma maloca que oferece uma experiência multissensorial
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    Mostra segue em cartaz até o dia 18 de dezembro
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    Segundo andar da exposição apresenta peças sobre a chegada de europeus ao Brasil
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    Artefato produzido por povos indígenas

A exposição A cultura tupi nas terras de Guaguassu: Fragmentos da história iguaçuana da Pré-História ao Século XVII, que oferece uma experiência imersiva e multissensorial, segue em cartaz até 18 de dezembro no Complexo Cultural de Nova Iguaçu (RJ), também conhecido como Casa de Cultura Ney Alberto. O visitante tem a impressão de se deslocar no tempo: em vez do atual centro iguaçuano, na Baixada Fluminense (RJ), se encontra no mesmo território, mas há séculos atrás, quando as terras que deram origem à cidade eram ocupadas por povos indígenas.

Promovida pela Prefeitura de Nova Iguaçu por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu, a exposição recebe o apoio do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura. A iniciativa destaca-se por trazer uma exposição com enfoque indígena, tema que tradicionalmente não costuma integrar a programação cultural nesta região do estado.

Para conhecer o acervo da mostra é preciso adentrar em uma maloca formada por fibra de piaçava – nome que designa a fibra de palmeira usada na fabricação de vassouras, artesanato e coberturas de cabanas. A abertura que faz as vezes de porta é propositalmente baixa para que o visitante faça uma reverência à cultura indígena na qual está prestes a mergulhar. No interior da oca, mais de 10 quilogramas de ervas tradicionais aguçam o olfato, ao mesmo tempo em que sons de manifestações tradicionais preenchem o ambiente. Uma rede dos povos Kalapalo, do Xingu, e outros objetos compõem o cenário, que é ornamentado com ilustrações que representam os costumes indígenas.

A primeira parte da exposição apresenta cocares, artefatos líticos - como lâminas, amoladores e pedra de fazer fogo - bem como peças de cerâmica, como urnas funerárias. O fio condutor é o modo de viver dos povos tradicionais antes do contato com os europeus. Algumas peças remontam à pré-história: é o caso de uma lâmina de machado com procedência estimada entre 6 e 9 mil anos.

Na segunda etapa da mostra, as peças transportam o visitante para o período logo após o contato com os europeus, no século XVI. Mapas antigos, primeiras edições de livros raros e a representação de uma caravela quinhentista em miniatura se destacam. No mesmo espaço, é possível conhecer peças sacra com origem na ocupação do território pela Companhia de Jesus, além de uma série de gravuras oriundas das missões artísticas executadas por artistas europeus para registrar os povos tradicionais.

A história dos primeiros habitantes de Nova Iguaçu

O próprio nome do município de Nova Iguaçu, construído às margens do rio Iguaçu que lhe emprestou o nome, remonta à ocupação do território por povos indígenas. O nome provém do termo "y-gûasu", derivado do tupi, que significa "água grande" ou "rio grande".

Os povos pertencentes ao tronco Tupi foram os últimos povos indígenas a habitar o território atualmente conhecido como Nova Iguaçu. Antes deles, os tamoios, que pertencem ao mesmo tronco, também fizeram morada na região. Muito mais tarde, no século XVII, constituiu-se a Vila de Iguassú, utilizada como pouso de tropeiros que transportavam e revendiam mercadorias ainda no período colonial. Durante o Ciclo do Café, em 1833, a vila foi alçada à condição de município. Atualmente, trata-se de uma das cidades mais populosas da Baixada Fluminense.

Aberta ao público no Complexo Cultural de Nova Iguaçu, a mostra atende às medidas de combate ao novo coronavírus (covid-19). Além de ser auferida a temperatura dos visitantes no local, é disponibilizado álcool em gel. O uso de máscara é obrigatório.

Serviço
Exposição A cultura tupi nas terras de Guaguassu: Fragmentos da história iguaçuana da Pré-História ao Século XVII
Local: Complexo Cultural de Nova Iguaçu: Casa de Cultura Ney Alberto
Endereço: Rua Getúlio Vargas, 51, Centro, Nova Iguaçu
Entrada: Gratuita
Horário de visitação: 10h às 20h
Exposição em cartaz até 18 de dezembro


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