Canoa Costeira Dinamar - MA

Em 2009, com a contribuição do Estaleiro Escola do Maranhão, o Iphan identificou e cadastrou 21 das últimas canoas costeiras em atividade na Baía de São Marcos (MA). A pesquisa estimou que existiam entre 30 e 40 canoas em atividade, sendo 27 em melhor estado de conservação. Uma delas é a canoa costeira Dinamar. A partir da ação do Iphan e com recursos do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Estaleiro restaurou a Canoa Costeira Dinamar, escolhida entre as cadastradas em função do estado precário de conservação e das poucas condições econômicas do seu proprietário. Assim como no caso baiano, a proposta de tombamento da primeira canoa costeira busca contribuir para sua preservação e valorização.

Os cúteres ou canoas costeiras são um dos maiores barcos tradicionais do Brasil. O convés é fechado, arrematado por cabine rasa. Na proa há um alongado gurupés (pau de giba) e a bita (frade), que usualmente apresenta forma de cabeça humana. O formato da vela, com cores vivas, é dado pela forte inclinação da carangueja que, visualmente, converte sua forma quadrada em triangular. Quando navegam, essas embarcações impressionam: inclinam-se suavemente com o vento, enquanto colorem a Baía de São Marcos com as diferentes tonalidades de seus cascos e velas. Atualmente, ainda é possível encontrar exemplares que possuem o fundo do casco composto por uma peça única, acrescida de outras tábuas que dão a forma final ao modelo, porém esta prática foi abolida por escassez de árvores, junto à costa, de tamanho e qualidade adequados. 

 

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