O Iphan no Amazonas

A sede da Superintendência do Iphan em Manaus funciona no Porto de Manaus, bem tombado pelo Instituto em 1987, mesmo ano da criação da Superintendência. Até então (1979 - 1987), o Amazonas esteve agregado à 1ª Diretoria Regional, com sede em Belém, atendendo aos estados do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia, além dos então territórios do Amapá e Roraima. Às superintendências estaduais - segundo o Decreto nº 6.844, de 7 de maio de 2009 - compete a coordenação, o planejamento, a operacionalização e a execução das ações do Iphan, em âmbito estadual, bem como a supervisão técnica e administrativa dos escritórios técnicos e de outros mecanismos de gestão localizados nas áreas de sua jurisdição.

Desde 1987, época da instalação da Superintendência o Amazonas, o trabalho de salvaguarda do patrimônio neste Estado identifica as referências culturais milenares, como as tradições dos grupos indígenas que lá residem, e busca conciliá-las com as questões ambientais de interesse internacional. Além do trabalho gerencial, interinstitucional e multidisciplinar, voltado para a presença de culturas autóctones de expressiva diversidade até as fronteiras dos países limítrofes, o Iphan atua na preservação dos monumentos tombados em Manaus, capital do Estado. Este legado documenta a arquitetura eclética produzida no auge do ciclo da borracha, no final do século XIX: o Teatro Amazonas, o Reservatório Mocó, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e o conjunto arquitetônico que abriga a sede da Superintendência. 

A conexão entre os patrimônios material e imaterial no Amazonas intensifiou-se a partir dos anos 2000e esta característica determinante é ainda mais evidente na observação das comunidades ribeirinhas e indígenas que habitam o Alto Rio Negro e o Solimões. As ações de preservação do patrimônio consideram as referências culturais, não dissociando o patrimônio material do imaterial como mostram os bens Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro e a Cachoeira de Iauaretê - Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri, ambos protegidos pelo Iphan.

 

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