Projeto Itinerários Culturais do Mercosul

Organismos internacionais - a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Conselho Internacional dos Monumentos e Cidades (Icomos), entre outros - apresentaram propostas para desenvolver projetos regionais que promovam o patrimônio cultural e, ao mesmo tempo, estimulem o desenvolvimento das comunidades dos sítios patrimoniais. Entre as propostas estão os itinerários culturais que ultrapassam a escala do elemento isolado e do conjunto de imóveis e abrangem o território, as paisagens culturais, os caminhos, roteiros, sítios arqueológicos e cidades, utilizando o patrimônio cultural como um instrumento para seu reconhecimento.

Os países que integram o Mercosul Cultural consideram que os itinerários culturais surgiram deliberadamente da vontade dos antepassados para alcançar um objetivo concreto e, atualmente, devem ser revalorizados e resignificados como fonte de coesão e integração cultural. O desenvolvimento do Projeto de Itinerários Culturais busca atender à necessidade de produzir conhecimento sobre os bens de valor patrimonial, resultantes de processos históricos, ao longo dos ciclos econômicos, em diversos ecossistemas compartilhados pelos países da região, a fim de legitimá-los e certificá-los como destinos patrimoniais, ou seja, destinos turísticos culturais. 

O itinerário é um espaço físico definido pelo trajeto de um caminho que durante um longo período de tempo foi percorrido em ambos os sentidos (de ida e de volta) e nele se produziram novas expressões culturais. Isto confere uma visão holística que enfatiza - a partir das distintas identidades - o trabalho conjunto pela identidade regional e pluralidade cultural da América do Sul. Por meio do Projeto, serão identificados itinerários da região do Mercosul para convertê-los em projetos de desenvolvimento regional sustentável, fomentar ações articuladas e sustentáveis de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural, incentivar o turismo e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades detentoras do patrimônio existente na região. Assim, os países fomentarão o conhecimento sobre a diversidade cultural da região, valorizando o patrimônio comum reconhecido.

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