Rio de Contas (BA)
Tombado pelo Iphan, em 1980, o conjunto arquitetônico de Rio de Contas reúne praças e ruas que ainda apresentam o traçado antigo, com monumentos públicos e religiosos em pedra, casario em adobe e igrejas barrocas. Área tombada reúne construções centenárias, que representam uma arquitetura civil sem paralelo em todo o sertão baiano. Dentre 287 edificações, estão a Casa de Câmara e Cadeia (atual Fórum), a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e a Igreja Santana, todas tombadas como bens individuais, em 1958.
Esse patrimônio foi constituído, basicamente, por edifícios da segunda metade do século XVIII e início do XIX. As características arquitetônicas das construções são as mesmas do litoral baiano, com os monumentos religiosos e públicos em pedra, enquanto a arquitetura civil é de adobe. As casas apresentam elementos que lembram a decoração surgida, mais tarde, em Paraty (RJ), e suas fachadas eram tradicionalmente brancas com esquadrias azuis.
A área tombada corresponde a um conjunto de edificações que serve de união aos monumentos anteriormente tombados, sendo que estes reuniam os principais elementos de arquitetura urbana até o século XIX: imóveis residenciais, igrejas e prédios públicos. Estão excluídas as áreas de expansão de data posterior ao tombamento. Nos arredores da cidade encontram-se vestígios de represas, aquedutos, túneis e galerias, que testemunharam a grande atividade de mineração naquele sítio.
Situada ao sul da Chapada Diamantina - na vertente oriental da Serra das Almas, à margem esquerda do rio Brumado -, a cidade está localizada em suave declive, segundo traçado razoavelmente regular. A tipologia urbana é simples, mononuclear, resultando em um conjunto bastante homogêneo. Rio de Contas é uma das raras "cidades novas" coloniais, criada por Portugal, por meio de Provisão Real, de 1745, que recomendava a escolha do sítio próximo a algum arraial estabelecido, em um local saudável, com traçado regular e arquitetura capaz de garantir seu embelezamento. A cidade surgiu como um centro de mineração de ouro e logo se transformou em verdadeira Capital Regional.
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