História - Porto Nacional (TO)

Porto Nacional
Cidade de Porto Nacional (TO)

A história de Porto Nacional (TO) está ligada à navegação pelo rio Tocantins e à extração de ouro que trouxe muitos garimpeiros. A mineração foi responsável pela maioria dos pequenos núcleos de habitantes que se estabeleceram na região.  A travessia de mineradores, tropeiros, mascates e viajantes era realizada em barcos do português Félix Camôa (barqueiro e primeiro morador do local), onde está o núcleo histórico de Porto Nacional.  

Os bandeirantes chegaram à região pelo sul da Província de Goiás, no final do século XVI, quando o capitão Sebastião Marinho organizou a primeira bandeira conhecida que atingiu as nascentes do rio Tocantins, por volta de 1592. Em 1723, Bartolomeu Bueno da Silva anunciou a descoberta de ouro na região e, com o início da exploração desse minério, surgiram vários povoados, entre eles Porto Real (atual Porto Nacional), em 1738. A instalação do destacamento militar encarregado da vigilância da navegação também incentivou o povoamento. 

Anos mais tarde, em 1791, o cabo Thomaz de Souza Villa Real estabeleceu uma rota de comércio sul-norte e instalou um destacamento militar na região. Com a privilegiada localização entre dois povoados mineradores importantes, Pontal e Carmo, surge Porto Real, que se desenvolve com o comércio e a navegação. Em 1831, Porto Real é elevado à categoria de vila, com o nome de Vila de Porto Imperial.

Com a vinda da família real portuguesa, em 1808, para o Brasil, houve a retomada do crescimento da futura cidade de Porto Nacional. D. João VI, em 9 de março de 1809, criou a Comarca no Norte da Província de Goiás, denominada São João da Barra (atual Marabá, no Pará). Na mesma época, o desembargador Joaquim Teotônio Segurado foi designado para dirigir a comarca e desenvolver a navegação nos rios Araguaia e Tocantins. A vila se transformou em um importante entreposto comercial para os negociantes que faziam a viagem em botes pelo rio Tocantins, de Palmas até Belém do Pará e vice-versa. 

No início da década de 1860, Porto Imperial havia se transformado em um importante empório comercial, com muitos comerciantes, comércio fluvial intenso com o Norte e mais de 4.000 habitantes. Em 1861, adquire o título de cidade e recebe o nome de Porto Nacional e, em 1868, Couto Magalhães fundou a Companhia de Navegação do Araguaia, com navios a vapor para desenvolver a economia do norte de Goiás (atual Estado de Tocantins).  A cidade passa a viver um período importante para a expansão de sua área construída, com a chegada, em 1886, dos primeiros religiosos da Missão Dominicana vindos da Europa que se instalam na cidade, onde constroem praças, vielas e casarões. 

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