História - Itaparica (BA)

A Ilha de Itaparica situa-se na Baía de Todos os Santos e de sua ocupação se tem notícias desde os primeiros tempos da colonização portuguesa. Os primeiros assentamentos indígenas foram dando lugar aos engenhos de açúcar, grande riqueza do Recôncavo Baiano no período colonial. Sua posição estratégica tornou-a alvo de inúmeros invasores que pretendiam a conquista da cidade de Salvador, a capital da Colônia, e das ricas vilas de Maragogipe e Cachoeira, cujo acesso se fazia pelo rio Paraguaçu.

Tal localização fez com que a ilha fosse duramente castigada, tendo seus engenhos incendiados, fatos que também explicam o grande número de fortalezas em seu território para, mediante fogo cruzado, impedir o ataque inimigo. Em 1647, o holandês Segismundo Schkoppe ocupou a ilha e construiu um forte para garantir a ocupação. Em 1704, após a saída dos holandeses, da região, o governador Dom Lourenço de Almeida ordenou a construção do atual Forte de São Lourenço, no mesmo local do antigo forte. 

A localização do Forte de São Lourenço foi estrategicamente importante por dois motivos: impedia o desembarque de inimigos no único porto natural da ilha, além de proteger e abrigar as pequenas embarcações vindas do Recôncavo que abasteciam a cidade. Sua função era defender a entrada das barras dos rios Paraguaçu e Jaguaribe. 

O município pertencia a Salvador, até 1833, quando foi emancipado. Em 1890, a vila passou à categoria de cidade. Primitivamente, se estendia por toda a ilha e Salinas das Margarida. Em 1919, a cidade recebeu o título de Estância Hidromineral. Em seu atual território - 35 km² de superfície - existe apenas uma sede situada ao nível do mar e o município limita-se com Vera Cruz e as águas da Baía de Todos os Santos. 

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