Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL)

Diversidade Linguística

O Inventário Nacional da Diversidade Linguistica é uma política voltada para o reconhecimento da diversidade linguística como patrimônio cultural, por meio da identificação, documentação e ações de apoio e fomento. Por ser um instrumento com a dupla finalidade de pesquisar as línguas e reconhecê-las como patrimônio cultural, o INDL visa ao mapeamento, a caracterização e o diagnóstico das diferentes situações relacionadas à pluralidade linguística brasileira. Ou seja, para que uma língua seja incluída no Inventário, é necessário, antes de tudo, produzir conhecimento sobre ela, documentar seus usos e realizar um diagnóstico sobre as suas condições de vitalidade. A produção de conhecimento sobre as línguas, incluindo a documentação audiovisual e os diagnósticos sobre vitalidade linguística, é elemento estruturante dessa política, pois parte considerável das línguas existentes ainda é pouco conhecida. 

Além de possibilitar a ampliação do mapa da diversidade linguística brasileira, os inventários também fomentam a mobilização das comunidades em torno dos temas relacionados à suas línguas maternas, contribuindo para o fortalecimento enquanto gestores do seu próprio patrimônio cultural. Entre as ações de valorização previstas, encontra-se o reconhecimento das línguas enquanto referencial de identidade para os diversos grupos sociais que vivem no país. Essa importância é reconhecida por meio do título de Referência Cultural Brasileira, emitido para cada língua incluída no INDL.

Objetivos
• Promover e valorizar a diversidade linguística brasileira;
• Fomentar a produção de conhecimento e documentação sobre as línguas faladas no Brasil; e
• Contribuir para a garantia de direitos linguísticos. 

Linhas de Atuação

Diversidade Linguística· Apoio à produção de conhecimento e documentação sobre diversidade linguística; 
· Execução das ações de valorização e promoção das línguas;
· Fomento à preservação e disponibilização de acervos documentais e bibliográficos de interesse para a salvaguarda da diversidade linguística;
·  Atender a necessidades de fortalecimento das línguas;
·  Desenvolvimento de ações amplas de promoção da diversidade linguística. 

Atores Principais
A execução da Política da Diversidade Linguística envolve muitos atores. O mais importante deles são as comunidades linguísticas, ou seja, os grupos de pessoas que falam determinadas línguas e que as reconhecem como parte integrante da sua identidade, do seu modo de viver e de estar no mundo. Os processos de produção de conhecimento e reconhecimento de línguas devem ser realizados com participação, anuência e protagonismo dos falantes. Essa participação é fundamental para o fortalecimento da diversidade linguística. 

Outros atores importantes são os poderes públicos aos quais se refere o Decreto Nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010. Entende-se por poderes públicos tanto o governo federal quanto os Estados e Municípios, nas suas diversas instâncias e órgãos. O impacto e o alcance das ações de preservação da diversidade linguística dependem da articulação de todos, mas principalmente daqueles que são responsáveis diretos pelas áreas de educação, saúde e cultura, setores estratégicos para a garantia de direitos linguísticos.

As instituições da sociedade civil que trabalham no campo da diversidade linguística também são atores estratégicos nesse processo. Atuando junto com as comunidades e com o poder público, eles constituem uma importante rede de parceiros que potencializa o alcance das ações, permitindo que elas possam chegar a diferentes regiões e comunidades.

Publicações
As publicações elaboradas pelo Iphan para orientar a produção de conhecimento e documentação sobre línguas, visando a sua inclusão no Inventário. O Guia propõe um escopo de dados/informações necessárias à caracterização de determinada língua, fornece um conjunto de orientações teórico-metodológicas e um formulário para a sistematização dos resultados da pesquisa. Pode ser utilizado para a produção de conhecimentos novos (em situações de identificação de línguas ainda não estudadas) e para a sistematização ou complementação de conhecimentos já existentes, produzidos em outros contextos.

Leia mais

Anais do Seminário Ibero-Americano de Diversidade Linguística
Guia de Pesquisa e Suplemento Metodológico - INDL
Mapa Etno-histórico de Curt Nimuendajú

 

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