Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Mucugê (BA)
Cemitério de Santa Isabel, Igreja Matriz de Santa Isabel e Igreja de Santo Antônio, entre outros.
Cemitério de Santa Isabel - Entre o núcleo histórico e a encosta encontra-se o Cemitério de Santa Isabel (também chamado “cemitério bizantino”) que tem área plana e murada, e a área especial onde está um conjunto de mausoléus, em cujas fachadas se reproduzem miniaturas de fachadas de igrejas e capelas - apoiadas na encosta rochosa da serra - se distinguem por sua cor branca. O arranjo paisagístico integra os mausoléus à rocha em decomposição.
Construído no século XIX, tem em destaque a silhueta das sepulturas brancas diante do fundo montanhoso. Implantado na encosta rochosa da Serra do Sincorá, a noroeste de Mucugê, começou a ser construído em 1854, pela Câmara Municipal. A obra foi concluída em 1886, quando uma epidemia assolou a vila. A escolha deste sítio deveu-se, provavelmente, à existência de terrenos planos fáceis de escavar e próximos da cidade.
O cemitério está dividido em duas partes: uma plana, murada, situada sobre os terrenos de aluvião do vale onde estão as covas rasas e a outra, constituída por um conjunto de mausoléus implantado sobre a encosta rochosa da serra. Os túmulos caiados são vistos à distância e se integram de forma notável à paisagem do cerrado. Os mausoléus brotam da rocha nua, como a vegetação, em uma integração similar às "locas" ou "tocas", habitação dos garimpeiros que se instalavam na região. A distinção é promovida pela cor dos mausoléus - construídos em pedra e/ou tijolos, revestidos de reboco e caiados - e muitos terminam em arcos ornamentais, coroados e outros tantos são miniaturas de igrejas e capelas.
Igreja Matriz de Santa Isabel - Erguida em meados do século XIX, pelo frei Caetano de Troyria, com grande auxílio da população, em um terreno doado pelo coronel Reginaldo Landulpho. Totalmente restaurada pelo Iphan, em 2014, com obras de conservação da edificação, além da restauração dos bens móveis e integrados ao monumento (acervo de imagens sacras). O templo estava deteriorado pelas condições climáticas e desgaste natural dos materiais, o que comprometeu as atividades religiosas. Apresenta uma fachada neoclássica, com três naves internas e um coro em formato de U, estruturados por uma alvenaria em pedra e pilares internos. Em 1952, foram realizadas algumas obras, inclusive a substituição do piso de pedra pelo piso de ladrilho e, em 1978, houve a recuperação do telhado.
Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan, Sítios Históricos e Conjuntos Urbanos de Monumentos Nacionais - Volume I: Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Iphan/Programa Monumenta), Inventário Nacional de Bens Imóveis/Sítios Urbanos Tombados - Manual de Preenchimento – Volume 82 (Iphan/Edições do Senado Federal), IBGE e http://www.cidadeshistoricas.art.br/mucuge/muc_his_p.php