História - Salvador (BA)

Fundada em 1549, pelo primeiro Governador-Geral do Brasil Tomé de Souza, foi a primeira capital do pais. O governador trouxe de Portugal a recomendação de escolher um novo ponto, mais para o interior da baía, com adequadas condições de defesa e portuárias, além de abastança de água. Nascia, assim, São Salvador, a sede do Governo-Geral entre 1549 e 1763, por muitos anos a maior cidade das Américas. Em 1763, o Marquês de Pombal transferiu a capital do país para a cidade do Rio de Janeiro.

Para ajudar na fundação e povoação de Salvador, vieram, com o Governador Geral, cerca de mil homens entre artesãos, voluntários, marinheiros, condenados, soldados e sacerdotes. No ano seguinte, desembarcaram na costa baiana os primeiros escravos para o trabalho na cultura da cana-de-açúcar e de algodão, e na produção de tabaco e gado, no Recôncavo Baiano. Com a riqueza gerada pela lavoura açucareira, em meados do século XVII, iniciou-se a chamada fase monumental da arquitetura baiana, apoiada na transição do estilo renascentista para o barroco, representada por seus principais edifícios, dentre os quais: Igreja e Convento de São Francisco, Igreja do Carmo, Igreja e Convento de Santa Teresa (atualmente, o mais importante museu de arte sacra do país), Igreja e Mosteiro de São Bento.

Entre os séculos XVI e XVIII, além de desempenhar um papel estratégico na defesa e expansão do domínio lusitano, a cidade foi o centro do desenvolvimento econômico, cultural e político da Colônia e passagem obrigatória das embarcações vindas da África e da Ásia. Sua relação comercial e cultural com a costa ocidental da África foi alimentada pelo vil tráfico de escravos, em troca principalmente de cacau, fumo e cachaça. Após um século de sua criação, Salvador se tornou a segunda cidade do Império português em importância, perdendo somente para Lisboa.

O centro ainda apresenta grupos de construções e espaços que permitem a leitura do modelo das cidades fundadas pelos portugueses no além-mar. Um casario uniforme, entremeado por conjuntos de arquitetura monumental e, principalmente, a distinção entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, garante a identificação de uma paisagem herdada do período colonial. O tombamento do trecho da Orla Marítima de Salvador preservou a paisagem local, onde alguns registros históricos relatam a realização da pesca de baleias, desde o século XVII. Atualmente Salvador é o terceiro município mais populoso do Brasil e centro econômico da Bahia, é também porto exportador, além de centro industrial, administrativo e turístico.

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