História - Aracati (CE)

No início do século XVII, o capitão-mor Pero Coelho de Souza partiu da Paraíba para desalojar os franceses, estabelecidos no Maranhão. A expedição dividiu-se em dois grupos: enquanto um seguia diretamente para o rio Jaguaribe, o outro, sob a chefia do capitão-mor, atingia o mesmo ponto, por terra. Na região, o chefe da expedição comandou a construção do Fortim São Lourenço (em homenagem ao santo do dia), em agosto de 1603, que deu origem ao povoado de Porto dos Barcos.

Quando os holandeses foram expulsos de Recife, colonos portugueses, pernambucanos e paraibanos instalaram-se na várzea do rio Jaguaribe. Com esse afluxo de imigrantes, o lugarejo se transformou em um importante centro comercial, impulsionado pelo comércio de gado e exportação de couros e peles. Como era porto navegável e seguro para as embarcações, logo se tornou um centro de atração das fazendas ao redor. Durante o século XVIII, o lugar era o principal porto de escoamento dos produtos derivados da pecuária, principal atividade econômica da capitania cearense.

Com a denominação de Aracati, a vila passou à condição de cidade, em 1842. Aracati é uma palavra de origem indígena, composta de ara(tempo) e catu (bom) - significa bons tempos, ou ara (claridade) e catu(bonançoso) – uma região que impressionava pela claridade e mansidão de suas águas. Ainda no século XIX, década de 1880, com o crescimento da cidade, as autoridades locais determinaram que qualquer nova construção observasse o alinhamento das ruas e a continuidade do espaço construído. Apesar dessas normas, a cidade chegou ao século XIX com uma rua principal e duas secundárias, paralelas ao rio Jaguaribe, entrecortadas por becos e travessas, sem uma praça formalmente estruturada, mas com centenas de edificações que formam o seu patrimônio cultural.

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