Monumentos e Espaços Públicos Tombados - João Pessoa (PB)

Capela do Engenho da Graça, Casa na Praça do Erário (atual Agência dos Correios), Convento e Igreja de Santo Antônio, Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Capela Dourada), Casa de Oração e Claustro da Ordem Terceira de São Francisco, Igreja da Misericórdia, Igreja da Ordem Terceira do Carmo ou Igreja de Santa Teresa de Jesus, Igreja do Mosteiro de São Bento, ruínas da Casa da Pólvora, ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, sobrado à Rua Peregrino de Carvalho, Ponte Pública do Tambiá e Porto do Capim, Capela do Engenho da Graça, sobrado à Rua Peregrino de Carvalho - N°. 117, Fonte do Tambiá, Rua das Trincheiras e as proximidades da Rua Odon Bezerra (Bairro de Tambiá), e Intendência da Antiga Alfândega (Prédio Amarelo).
 
Porto do Capim - Criado em águas fluviais para escoar a produção local, principalmente o açúcar de exportação. Ao seu redor, estabeleceu-se a importante região comercial do Varadouro, onde foram construídos armazéns e a Alfândega. A partir de meados do século XIX, chegaram as primeiras ferrovias e a antiga Estação Ferroviária foi instalada no local. No início do século XX, a ferrovia se expandiu em sentido norte até o porto da cidade de Cabedelo, desativando o Porto do Capim e interferindo na integração entre o rio e a cidade, o que causou o abandono da região.
 
Fábrica de Vinho Tito Silva - Fundada em 1892, por Tito Henrique da Silva. Seu tombamento representou uma inovação nessa área, pois foram preservados o monumento, a maquinaria, o equipamento, além da técnica industrial. O prédio é formado por três blocos independentes, interligados pelos pátios internos. A empresa possui, entre outros objetos raros, 20 tonéis de madeira de lei datados de 1892, prensas manuais e uma máquina de rotular alemã de 1930.

Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes: ruínas - As ruínas se encontram a cerca de 300 metros da beira do mar, no Pontal de Campinas. A data da construção está envolta em uma lenda, segundo a qual um navio teria naufragado em alto-mar, mas a tripulação conseguiu se salvar e nadou até à costa paraibana. O comandante, agradecido, teria mandado construir uma igreja nessa praia. De acordo com outra versão, a igreja teria sido construída no século XVI, após a chegada dos padres da Companhia Jesuítica. 

Convento e Igreja de Santo Antônio e Casa de Oração e Claustro da Ordem Terceira de São Francisco - Atual Museu Sacro-Escola da Paraíba. Considerado um dos melhores exemplares da chamada "escola franciscana", no Brasil, sua construção teve origem em 1588, quando chegou à Paraíba o frei Melchior de Santa Catarina, para ali instalar uma fundação franciscana. O projeto original é de autoria do frei Francisco dos Santos e as principais obras foram concluídas, em 1591. Com a invasão holandesa o convento foi danificado e, em 1636, os frades foram expulsos e ali instalado um posto militar, pois sua localização era estratégica: dominando todo o Vale do Sanhauá, estendendo-se pelo rio Paraíba até Cabedelo. Restaurado após a retomada da cidade pelos portugueses. No início do século XVIII, foram iniciadas as obras que deram à edificação suas feições atuais com a Igreja, o Convento, a Capela, a Casa de Oração e o Claustro da Ordem Terceira, o Adro com o Cruzeiro e a cerca conventual com seu Chafariz. 

Destacam-se a torre recoberta de azulejos e a superposição de abóbadas, as talhas de arenito de folhagens e flores estilizadas, se entremeiam com relevos barrocos. As paredes são revestidas de azulejos portugueses que formam painéis sobre a história de José do Egito. O púlpito é uma obra de arte com um rico trabalho de talha dourada, considerado pela Unesco como único no mundo inteiro. Possivelmente, sofreu influência da arte indígena. O Convento de São Francisco possui pátio em estilo mourisco, a escadaria de acesso ao primeiro andar apresenta imagem esculpida em pedra do corrimão representando influência inca ou asteca, e é conhecida popularmente com o nome de "mascarão". O adro, em plano inclinado, é cercado por muro revestido de azulejos contendo seis nichos com cenas da Via-Sacra. O cruzeiro é formado por cruz monolítica, com pedestal apresentando figuras de pelicanos ou a ave mitológica Fênix, “representando Cristo alimentando os filhos com sua própria refeição e a ressurreição". 

Igreja da Santa Casa da Misericórdia - Não é conhecida a data em que começou a ser edificada, pois seu arquivo se perdeu durante a invasão holandesa. Segundo consta, foi a primeira igreja da Paraíba, tendo Duarte Gomes da Silveira instituído o morgado de São Salvador do Mundo, por volta de 1639, estando no centro dessa capela a sua sepultura e a de sua esposa, D. Fulgência Tavares. A igreja é de extrema simplicidade na fachada e no interior, onde a falta de ornamentação das paredes é quebrada apenas pela presença do púlpito e do coro. Foi muito modificada durante os anos e resta apenas como elemento original, o tabernáculo com seus relevos dourados esculpidos de madeira. 

Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira do Carmo) - A Igreja de Santa Teresa é anexa à Igreja de Nossa Sra. do Carmo, diferindo desta por ter proporções menores e riqueza de detalhes. As talhas da capela-mor são bem executadas e quase todas cobertas de ouro. O forro do teto é em abóbada ogival, contando episódios da vida e morte da grande reformadora do Carmo. No centro abre-se uma gigantesca rosa de pétalas douradas, de onde saem diversos raios que se dividem em triângulos, no meio dos quais ressaltam bustos de santos da ordem embutidos na madeira. A sacristia tem cômoda de jacarandá com nicho aberto ladeado de ornatos; dois armários laterais divididos em escaninhos com portinholas (de grande valor artístico) e pia de pedra talhada, instalada em um compartimento especial.

Igreja de São Bento (Igreja do Mosteiro de São Bento) - Data de 1585, a construção da primeira igreja. A atual, do século XX, teve suas obras iniciadas em 1721, por Frei Cipriano da Conceição. Em 1739, estavam concluídas a capela-mor, ladrilhamento, retábulo e trono. As obras prosseguiram e, em 1749, foi celebrada a primeira missa. As reformas de 1811, realizadas por frei João de Santa Rita, ampliaram o pavimento da capela-mor e outros reparos. Na época do tombamento encontrava-se muito alterada internamente, conservando de original o aspecto externo com uma das suas duas torres inacabadas. O altar-mor é em talha de madeira, em um trabalho muito delicado. O estilo da igreja é simples, contrastando com outras igrejas da ordem beneditina.

Casa da Pólvora: ruínas -  Construída entre 1704 e 1710, para armazenar as armas e munições da Capitania, por ordem da Rainha de Portugal, Catarina. A construção é toda em blocos de pedra, com argamassa de barro e cal, com uma única porta e duas frestas, provavelmente para o arejamento da munição. A cobertura é em forma de abóbada. 

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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