Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Recife (PE)
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Capela Dourada, Convento e Igreja de Santo Antônio, Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, Igreja Madre de Deus, Capela de Nossa Senhora da Conceição da Congregação Mariana Igreja do Divino Espírito Santo, Igreja de Nossa Senhora das Fronteiras, Igreja de Nossa Senhora do Pila, Igreja de Nossa Senhora do Terço, Convento e Igreja do Carmo do Recife, Igreja da Ordem Terceira do Carmo de Santa Teresa (Convento do Carmo), Igreja do Bom Jesus dos Martírios, Casa de Gilberto Freyre (atual Fundação Gilberto Freyre), Casa natal de Joaquim Nabuco, Casa natal de Oliveira Lima (atual Colégio e Universidade dos Jesuítas), prédio da atual Academia Pernambucana de Letras, prédio da atual Faculdade de Direito do Recife), Sobrado Grande da Madalena (atual Museu da Abolição), Edifício Chanteclair e Teatro Santa Isabel, entre outros.
Igreja e Convento de Nossa Senhora das Neves e Ordem Terceira de São Francisco - A construção foi iniciada em 1585. Com a invasão holandesa, o edifício foi seriamente danificado e abandonado. Reconstruído no século XVIII, tornou-se um dos mais belos conjuntos do Brasil. O convento é parte de um conjunto arquitetônico barroco de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o claustro e uma belíssima sacristia franciscana. O interior da nave é composto por forro em gamela, com pintura sobre painéis e paredes decoradas por azulejos em azul e branco, vindos de Portugal.
Convento e Igreja de Santo Antônio - A Ordem dos Carmelitas se instalou em Olinda, na ermida de Santo Antônio e São Gonçalo, por volta de 1580, iniciou a construção da igreja, a primeira da Ordem na América Latina. Quando Olinda foi destruída pelos holandeses, a igreja e o convento sofreram sérios danos. A partir de 1654, com a expulsão dos invasores, os frades voltaram ao convento e o reconstruíram. A igreja foi fechada em 1820 com a transferência do padre prior para Recife, o que provocou o abandono do convento. Em 1897, foram realizadas obras de restauração na capela-mor.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares - Começou a ser construída em 1723, por uma irmandade de militares. Uma de suas atrações é o forro em talha rococó, de excepcional qualidade. Apresenta, em sua entrada, uma rara e significativa pintura sobre a Primeira Batalha dos Guararapes, ocorrida na Restauração Pernambucana do domínio holandês, quando muitas vitórias foram associadas à proteção mariana aos militares. A igreja está localizada na área central de comércio popular, onde predomina casario com sobrados de dois a quatro pavimentos dos séculos XVII, XVIII e XIX.
Igreja e Mosteiro de São Bento - O início das obras do mosteiro remonta a 1599. O primeiro prédio foi destruído pelos holandeses e reerguido na segunda metade do século XVII. Nos espaços internos podem ser apreciadas peças de alto valor artístico, como, gradis de jacarandá, pinturas de episódios da vida de São Bento e retratos de velhos abades e mestres da Ordem Beneditina no Brasil. No claustro estão sepultados vários monges da abadia. Em 1860, o mosteiro sofreu restauração completa, destacando-se a ampla capela-mor e todo seu douramento. O retábulo e a talha são inspirados no Convento de São Bento de Tibães, Portugal. O altar-mor, com as esculturas de São Gregório e Santa Escolástica, é de mestre Gregório.
Forte de São João Batista do Brum - A fortificação começou a ser construída em 1629, no istmo de Olinda, e os holandeses deram continuidade ao projeto. Após a retomada portuguesa do forte, em 1654, foi elaborada uma planta para sua reconstrução, que incluiu o fosso inundado protegido pelo muro. Serviu como refúgio, durante a Revolução Pernambucana, para o Governador e Capitão-general da Província de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, e de cárcere para prisioneiros de guerra na Confederação do Equador e Insurreição Praieira. No Forte, foi instalado o Museu Militar.
Fortaleza de São Tiago das Cinco Pontas - Datado do século XVII, foi construído durante a invasão holandesa, e reconstruído em alvenaria de pedra e cal, em 1684, quando ganhou um novo plano que ficou com área superior à antiga. Em seu interior possuía uma capela dedicada a São Tiago e subterrâneos para prisão, demolidos em 1822. Ao longo do tempo serviu de palco para vários acontecimentos políticos e, atualmente abriga um teatro e o Museu da Cidade do Recife, que possui em seu acervo grande número de peças arqueológicas, mapas, plantas, fotografias gravuras de Pernambuco.
Mercado São José - Inaugurado em 1875, para comercialização de frutas, verduras e peixes, é considerado o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, um raro exemplar da arquitetura do ferro do século XIX. Quando de sua inauguração, havia a expectativa de equiparar Recife às cidades mais modernas do mundo em termos de abastecimento e higiene. O Mercado São José por muito tempo conseguiu manter o seu propósito e também abastecia hotéis, restaurantes e navios que atracavam na cidade. Atualmente, o Mercado mantém sua função acrescido de uma variedade de produtos como plantas e raízes.
Conjunto paisagístico do Sítio da Trindade (Arraial Velho do Bom Jesus) - Tombado pelo Iphan, em 1974, e situado no bairro de Casa Amarela, em Recife, o Sítio da Trindade foi um espaço importante no período da invasão holandesa como local de resistência contra os invasores. Naquela área de terreno elevado, existiu o Forte Arraial do Bom Jesus, também chamado de Arraial Velho. Posteriormente as terras foram adquiridas pela família Trindade Paretti, que deu origem ao nome atual.
Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE