Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Natal (RN)
Imagens tombadas que se encontram em igrejas e capelas de Natal: Nossa Sra. das Candeias (talhada em madeira, em estilo barroco do século XVII), Santos Reis Magos (esculpidos em madeira, século XVII), Nossa Sra. da Conceição (esculpida em madeira, em estilo barroco, século XVIII), Senhor Morto (esculpida em madeira, século XVIII), Nossa Sra. das Dores (esculpida em madeira, policromada). As obras do século XVII são imagens portuguesas, enviadas por El-Rei D. José I, à capela do Forte dos Reis Magos após restauração, devido a ocupação holandesa. Além desses bens, também foram tombados o Palácio do Governo (atual Governo Estadual do Rio Grande do Norte), Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Antigo prédio da Capitania dos Portos Solar Bela Vista (atual Centro de Cultura e Lazer do SESI), Estação Ferroviária da Esplanada Silva Jardim, entre outros.
Forte dos Reis Magos - Monumento histórico mais importante de Natal e marco inicial da história da cidade. Construído entre 1598 e 1630, na barra do rio Potengi. Seu traçado é atribuído ao padre jesuíta Gaspar de Sampères, de acordo com teorias arquitetônicas renascentistas italianas do século XVI.
Igreja de Santo Antônio - Terceira igreja erguida em Natal, destaca-se pelo porte e beleza, um exemplar representativo do estilo barroco na cidade. Também é conhecida como Igreja do Galo. Integra um harmonioso conjunto de edificações históricas, do qual fazem parte a Casa do Bispo, o antigo Erário Público, a Igreja Matriz, entre outros. As obras foram, provavelmente, concluídas em 1766, data inscrita no alto da porta principal. A construção abrigou o Quartel Policial, o Colégio Diocesano e, finalmente, o Convento de Santo Antônio.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - Segundo templo católico de Natal, construída 1714 para atender às classes sociais menos favorecidas - escravos, negros libertos e pobres. Ocupa uma localização privilegiada, sob um platô de onde se descortina a paisagem do estuário do rio Potengi.
Palácio Potengi - Atual Pinacoteca do Estado/Palácio da Cultura. Em meados do século XIX, funcionavam no local a Assembleia Legislativa, no andar superior, e a Tesouraria Provincial, no andar térreo. Construído em estilo neoclássico, entre 1866 e 1873.
Véu da Noiva ou Sobradinho - É um dos últimos exemplares de residência de classe abastada natalense do século XIX. Primeiro sobrado particular erguido em Natal, construído entre 1816 e 1820. O acentuado declive da parte posterior da cobertura deu origem ao nome de Véu da Noiva. Nos anos 1920, abrigou algumas instituições, como o Sindicato Geral dos Trabalhadores, até que, em 1962, recebeu o Museu Café Filho. A construção apresenta traços simples, característicos da arquitetura colonial brasileira.
Armazém Real da Capitania - Atual Superintendência do Iphan no Rio Grande do Norte. Prédio solidamente construído em alvenaria de pedra e cal. Era, ainda em 1752, citado como ponto de referência. É provável que em fins do século XIX, apresentasse a feição atual. Durante muitos anos, serviu como residência e comercio.
Prefeitura Municipal de Natal (Palácio Felipe Camarão) - Prédio construído no local da antiga Intendência Municipal e inaugurado em 7 de setembro de 1922, dentro da programação comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. Ostenta uma fachada rebuscada, de estilo eclético, muito em voga à época de sua construção.
Centro de Turismo de Natal - O prédio situa-se no alto de uma colina, de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade. Desconhece-se o autor do projeto e a época da edificação. Pelos traços arquitetônicos de inspiração neoclássica, é provável que a sua ala mais antiga date de fins do século XIX. Em 1911, foi ampliado e adaptado para abrigar o Asilo de Mendicidade Padre João Maria. A partir de então a sede do Orfanato Padre João Maria (para meninas, sob a direção de religiosas Filhas de Santana) e, anos depois, da Casa de Detenção de Natal.
Teatro Carlos Gomes - Atual Teatro Alberto Maranhão. Nos últimos anos do século XIX, o Bairro da Ribeira começava o seu desenvolvimento, e no início do XX, despontava como o principal centro cultural e comercial da cidade. Surgiu o teatro da Praça Augusto Severo, cujas obras foram iniciadas em 1898 e inaugurado em 1904, em estilo chalé e uma composição clássica. Em 1910, foi reformado pelo arquiteto Herculano Ramos e reinaugurado em 1912, com dois pavimentos, em arquitetura eclética e elementos art nouveau.
Antigo Liceu Industrial - Atual Instituto Federal de Ciência Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte. A construção data, provavelmente, do início do século XX. Em 1909, o Presidente da República, Nilo Peçanha, criou as Escolas de Aprendizes Artífices em todo o território nacional, oficialmente instalado no prédio do Antigo Liceu Industrial, em 1910. De expressivo valor arquitetônico, após ampla restauração que contribuiu para a requalificação do Centro Histórico de Natal, o imponente edifício voltou à sua função educacional.
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - Construído em 1938, em estilo neoclássico, é uma das mais significativas edificações que Natal preserva. Primeira instituição destinada a pesquisar e divulgar a história do Estado, criada em 1902, o Instituto abriga um dos mais importantes acervos culturais do Estado. Ali se encontra a primitiva pia batismal da Matriz de Natal, a estola do padre Miguelinho (mártir e herói da Revolução de 1817), os paramentos do padre João Maria (considerado santo pela população católica), o primeiro telefone instalado em Natal, e o cofre da Provedoria Real da Capitania do Rio Grande (datada do início do século XVIII), entre outras peças, além de amplo acervo documental.
Casa à Rua da Conceição, 601 - Atual Museu Café Filho. Construída a pedido de José Alexandre Gomes de Melo, militar da Guarda Nacional, entre 1818 e 1820, foi o primeiro edifício assobradado em Natal e único edifício colonial existente no perímetro da cidade. É considerado um exemplar típico de residência da classe abastada da época
Marco de Touros (Marco Quinhentista) - Apresenta o padrão quinhentista português - confeccionado em pedra lioz, com cerca de 1,60m de altura - ostenta o relevo da Cruz da Ordem de Cristo e a representação das armas do Rei de Portugal, Dom Manuel. Acredita-se que a esquadra portuguesa que saiu de Lisboa, em 1501, comandada pelo capitão-mor André Gonçalves, trazia a bordo este padrão, assentado na costa norte-rio-grandense como índice oficial de domínio no mesmo ano. O marco foi identificado por historiadores, em 1928, na atual Praia do Marco e levado, em 1976, para o Forte dos Reis Magos, onde se encontra, atualmente.
Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE