Premiados do Iphan são homenageados com show de José Miguel Wisnik & Ná Ozzetti

Ná Ozzetti foi a primeira cantora a interpretar e a gravar um conjunto de canções de José Miguel Wisnik. Foi com ela, também, que ele fez os primeiros shows de sua carreira, o memorável Princesa e Encantada no Espaço Off, junto com Suzana Salles, e a série de shows no Crowne Plaza em que se lançava como compositor, tudo na segunda metade dos anos 80. Embora aliados desde sempre, seus roteiros seguiram caminhos próprios, sem que eles se apresentem juntos num espetáculo único e exclusivo por muito tempo. O reencontro de José Miguel Wisnik com Ná Ozzetti em show em Brasília é também muito especial porque encerra a cerimônia de premiação dos oito vencedores da 26ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O repertório do espetáculo inclui canções que marcam a história dos encontros entre o compositor e a cantora, como A olhos nus, Mais simples, Laser, Pesar do mundo e Sem receita. Entre essas, as inéditas Tudo vezes dois, Louvar ”(parceria de Wisnik com Cacaso) e Sinal de batom (parceria dele com Alice Ruiz). Ná interpretará também canções recentes, como Tristeza do Zé (parceria de Wisnik com Luiz Tatit) e Pérolas aos poucos, da qual ela registrou uma extraordinária versão com André Mehmari.
A banda é formada por José Miguel Wisnik ao piano, Marcio Arantes no contrabaixo e na guitarra, Swami Junior no violão e no baixo elétrico, Sérgio Reze na bateria e Guilherme Kastrup na percussão.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é uma homenagem ao primeiro presidente do Iphan e foi criado em 1987 em reconhecimento a ações de proteção, preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro. O advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em 17 de agosto de 1898 em Belo Horizonte. Foi redator-chefe e diretor da Revista do Brasil. Iniciou a vida política como chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas. Entre 1934 e 1945, período em que Gustavo Capanema era ministro da Educação, Rodrigo Melo Franco de Andrade integrou o grupo formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922, quando se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil. Em 1937 fundou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual Iphan, que presidiu até 1967.

Este ano, o Iphan homenageia também o escritor e poeta Mário de Andrade, que fez parte do grupo de intelectuais, escritores e artistas que colaboraram para consolidar a ideia de uma instituição voltada para a preservação do patrimônio cultural no Brasil entre os anos 1920 e 1930. O Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, em 1936, solicitou a Mário de Andrade a elaboração de um ante-projeto de lei para a organização jurídica da proteção do patrimônio cultural brasileiro e a criação do Iphan. A partir deste trabalho, sob a coordenação de Rodrigo Melo Franco de Andrade, a instituição foi criada pela Lei Nº 378, de 13 de janeiro de 1937. Em 30 de novembro de 1937 é promulgado o Decreto-Lei Nº 25, que “organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional” e institui o instrumento do tombamento. Ainda hoje o Decreto-Lei Nº25 é o principal instrumento de preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Fonte: Ascom-Iphan

Compartilhar
Facebook Twitter Email Linkedin