Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Serro (MG)

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de Santa Rita, Museu Sacro na Igreja do Matozinhos, Chácara e Casa do Barão do Serro, Praça João Pinheiro e o Eixo Matriz/Matozinhos/Córrego Quatro Vinténs, Praça Doutor João Pinheiro, Eixos Quatro Vinténs/Lucas e Matriz – Matozinhos, Mercado Municipal do Serro, entre outros.

Casa dos Ottoni (Praça Cristiano Ottoni) - Atual Museu Regional do Serro, é uma construção de aparência simples, com estrutura autônoma de madeira, de acordo com a tradição da região, lembrando os velhos solares rurais mineiros. Construída no século XVIII, sua importância histórica está ligada à família Ottoni, clã descendente de italianos e de um ramo da família do bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme. A origem da família no Serro se deve ao oficial da Casa de Fundição da antiga Vila do Príncipe, Manuel Vieira Ottoni, cujos vários descendentes se destacariam na vida pública, dentre eles, seus netos Teófilo Ottoni (líder político e revolucionário) e Cristiano Ottoni (um dos primeiros diretores da antiga Estrada de Ferro Pedro II, depois Central do Brasil), ambos naturais do Serro. Teófilo Ottoni  - célebre figura política do Império, destacou-se pela atuação à frente da Revolução Liberal de 1842. O Museu foi instalado na Casa dos Ottoni, em 1980, e seu acervo é constituído, principalmente, por imagens que saíam na Procissão de Cinzas, imagens que pertenceram à demolida Igreja de Nossa Senhora da Purificação, além de precioso arquivo de documentação antiga da Câmara do Serro (1714), época da criação da Vila do Príncipe. 
 
Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos - Situada em uma encosta na confluência das ruas General Pedra e Matozinhos, foi construída no final do século XVIII. Os devotos de São Benedito decidiram erguer sua capela própria destinada a abrigar a imagem de Nossa Senhora das Mercês, mas os confrades das Mercês, agrupados na sua associação desde 1735, desistiram do projeto de uma igreja particular para a irmandade e colaboraram com a construção da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, sob a condição de ali se instalarem definitivamente.  Os altares foram executados ao gosto rococó. Na capela-mor pode-se apreciar um conjunto de pinturas de excepcional qualidade, cuja autoria é atribuída a Silvestre de Almeida Lopes. Nas pinturas murais, pelo menos uma das cenas - a Adoração dos Pastores - foi identificada por Luís Jardim, como baseada em gravura de um missal editado em Antuérpia (Bélgica), em 1744. 

Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Igreja do Carmo) - Construída a partir de 1780, pela Ordem Terceira do Carmo local que, desmembrada da Irmandade Carmelita do Arraial do Tijuco, formou-se, autonomamente, na Vila do Príncipe. A planta obedece ao partido tradicional das edificações religiosas da região: nave, capela-mor (englobando o consistório ao fundo), torres quadrangulares destacadas do corpo da construção, ao qual se agregaram posteriormente dois anexos laterais com função de sacristias. Os trabalhos de decoração formam um conjunto bastante gracioso, tendo, em princípios do século XIX, impressionado favoravelmente o naturalista francês Saint-Hilaire, que considerou sua ornamentação superior a de muitas igrejas da França. 

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE

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