Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Petrópolis (RJ)

Coleção de armas de Sérgio Ferreira da Cunha (acervo do Museu de Armas Ferreira da Cunha); Palácio da Princesa Isabel e os seus jardins; casas do padre Correia (Fazenda da Posse), de Carlos Oswald, da Fazenda Samambaia, da Fazenda Santo Antônio (distrito de Itaipava); retábulo e imagem de Nossa Senhora do Amor Divino (inclui a mesa de comunhão, duas credências e o arcaz da sacristia, atualmente incorporadas à Igreja Matriz de Correias), entre outros.

Palácio de Cristal e Praça da Confluência (Praça Koblenz) - É uma das principais praças previstas no plano urbano de Petrópolis, projeto do major Júlio Frederico Köeler. Densamente arborizada, recebeu por certo tempo o nome de Passeio Público, local de exposições de flores e produtos agrícolas, de 1875 a 1877. Em 1884, foi importado e montado um pavilhão - o Palácio de Cristal - construído nas oficinas de St. Sauver-les-Arras (França), por encomenda do Conde D’Eu (marido da Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II), então presidente da Sociedade Agrícola de Petrópolis. Sua pedra fundamental foi lançada, em 1879, e coube ao engenheiro Eduardo Bonjean acompanhar a montagem do Palácio de Cristal, inaugurado em 1884, com um grande baile, do qual participou toda a Corte Imperial brasileira. 

No palácio, até 1886, anualmente era realizada a exposição promovida pela Sociedade Agrícola e Hortícola de Petrópolis. Após a Proclamação da República, o palácio entrou em um período de decadência. A partir de 1938, sediou o Museu Histórico de Petrópolis até à criação do Museu Imperial. Exemplo típico de arquitetura "das grandes exposições", surgidas com a Revolução Industrial, o palácio é pré-moldado em estrutura metálica, com vãos preenchidos por vidros transparentes (originalmente, cristais "bisotados" importados da Bélgica). Atualmente, é administrado pela Prefeitura Municipal de Petrópolis e utilizado para exposições promovidas pela prefeitura ou por iniciativa particular.

Casa de Santos Dumont (Casa Encantada) - Atual Museu Santos Dumont. A autoria do projeto é do próprio Santos Dumont e a casa foi construída em 1918. Era utilizada por Dumont como casa de veraneio até seu falecimento, em 1932. Localizada em terreno íngreme e aparentemente inaproveitável, apresenta detalhes que demonstram a inventividade e a personalidade originais de seu criador. É um chalé do tipo alpino, de proporções diminutas, com três pavimentos: a oficina, no primeiro andar; o local de moradia, no segundo; e uma espécie de água-furtada, no terceiro. A escada de acesso em meios degraus, em ziguezague, obriga as pessoas a iniciarem a subida sempre com o pé direito; os móveis são embutidos, à exceção das cadeiras. O chuveiro (a álcool) foi mais uma criação do inventor. Em 1936, a casa, seu mobiliário e objetos de uso de Santos Dumont foram doados à Prefeitura Municipal de Petrópolis por seus familiares. 

Palácio Imperial de Petrópolis, Parque e Quartel dos Semanários - Atual Museu Imperial. Construído por determinação do imperador, a partir de 1845. A obra durou mais de 10 anos e o projeto decorativo do edifício é de Manuel de Araújo Porto Alegre. Edifício de linhas neoclássicas, com dois pavimentos de terraço sobre o pórtico, e jardins executados por João Batista Binot. Nos assoalhos, foram usadas madeiras de melhor qualidade (pequiá, jacarandá, pérola e canela) e nas portas e alicerces, o cedro. Mármore e cantaria foram empregados em detalhes do prédio e na decoração dos jardins. Desde sua criação, o Museu reúne objetos representativos do 1º e 2º reinados (mobiliário, pintura, esculturas, prataria, porcelanas, cristais, peças de indumentária, além das coroas Real e Imperial). O Palácio era a residência preferida do imperador D. Pedro II e sua família. 

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan, IBGE e Prefeitura Municipal de Petrópolis

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