História - Porto Alegre (RS)

Porto Alegre nasceu de uma pequena colônia de açorianos que se estabeleceram na região, por volta de 1752. Anos mais tarde, em 1772, a cidade foi fundada como Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, em referência aos casais açorianos que povoaram o local, e elevada a capital da Província, em 1773, com o nome Madre de Deus de Porto Alegre. A partir de 1821, elevada por dom Pedro II ao categoria de cidade, desenvolveu-se, por sua localização estratégica às margens do rio Guaíba e da lagoa dos Patos, com as exportações de trigo e charque, até a deflagração da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), de 1835 a 1845, entre a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e o governo do Império Brasileiro. 

Nos anos seguintes - com a construção das praças da Matriz e da Alfândega, da sede de governo, um cemitério, prisão, teatro e a Igreja Matriz -, começava a surgir a cidade que se transformaria na capital do Estado.  Entre 1856 e 1858, foi edificado um novo cais, composto por paredões, trapiches, escadarias, parapeitos e assentos. Em razão dos serviços de que dispunha e com a região mais uma vez em conflito com a Guerra do Paraguai (1864-1870), houve uma nova fase de crescimento econômico, acentuada pela imigração, principalmente, de italianos e alemães. 

Durante a fase de prosperidade da capital - entre 1900 e 1930 -, a Avenida Independência consolidou-se como a preferida pelas elites de comerciantes e industriais para construção das suas residências, com a Rua Duque de Caxias e, mais tarde, a continuidade da Av. Independência no bairro Moinhos de Vento. A avenida constituiu-se como um dos eixos de desenvolvimento que fazia a ligação da península da ocupação inicial com o Arraial de São Manuel, um dos três núcleos populacionais de meados do século XIX e que formariam mais tarde os bairros incorporados à malha urbana. A década de 1940, com a urbanização de outros bairros, inicia a degradação dos palacetes da região, que passam a ser ocupados por pensões, comércio ou substituídos por prédios de apartamentos.

A infraestrutura anteriormente exclusiva da área do centro foi estendida para essa região pela administração municipal, como o calçamento de paralelepípedos, em 1925. A construção dos palacetes caracterizou uma mudança na arquitetura, com a adoção do ecletismo em substituição à arquitetura do período colonial. Esses palacetes foram pouco a pouco sendo construídos com materiais importados e mão de obra mais qualificada, utilizados também na construção de prédios públicos. Foram construídos grandes casarões coloniais portugueses e outros prédios administrativos no mesmo estilo, além de estruturas importantes como o Mercado Público Municipal. O Theatro São Pedro é um exemplar da florescente vida cultural e política da capital gaúcha, nesse período. A década de 1940, com a urbanização de outros bairros, fica marcada pela degradação dos palacetes da região.

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