Fortes Incluídos na Lista Indicativa a Patrimônio Mundial
Forte de Santo Antônio da Barra - Salvador (BA) - Possui a forma de um decágono irregular e foi construído no local da segunda cidade lusitana de Salvador (1534). Abandonado por causa da resistência nativa e reconstruído em 1582, logo após a união dos reinos de Portugal e Espanha (1580 -1640), com o aumento do risco de ataques por parte das potências europeias. Fazia parte das defesas adicionais de Salvador e dos combates contra os corsários ingleses e holandeses, que marcaram a história da cidade, no final do século XVI e início do século XVII. Atualmente, funciona como um museu naval.
Forte São Diogo - Salvador (BA) - Faz parte do complexo da Barra de Salvador, junto com os fortes Santo Antônio e Santa Maria, e foi construído em 1625 e reconstruído em 1694, sob a forma de uma bateria semicircular. Tombado pelo Iphan, em 1954, o Forte São diogo é uma propriedade do Exército Brasileiro.
Forte São Marcelo - Salvador (BA) - Conhecido como Forte Nossa Senhora do Pópulo e Forte do Mar, o Forte São Marcelo foi construído fora da costa pelos portugueses, por medo de novas invasões holandesas. Com desenho circular, é o único exemplar ainda existente no País. Tombado desde 1938, pertence ao Iphan.
Forte de Santa Maria - Salvador (BA) - Erguido logo após a reconquista da Bahia, em 1652, quando uma frota de soldados espanhóis, italianos e portugueses tentaram retomar a cidade de Salvador, ocupada pelas forças da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. A construção atual é resultado de uma reconstrução feita em 1694. O bem é tombado pelo Iphan, desde 1938, e tem o Exército Brasileiro como gestor.
Forte de Nossa Sra. de Mont Serrat - Salvador (BA) - Construído em 1582, é um Forte de transição com algumas características de um castelo medieval. Durante os combates contra os corsários ingleses e holandeses em 1587, 1599, 1604 e 1627, e foi tomado pela frota da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, em 1624, servindo como ponto de resistência holandês contra os moradores de Salvador. Nesses tempos de conflito, sempre foi guarnecida por moradores da milícia baiana. Atualmente é administrado pelo Exército Brasileiro.
Forte de Coimbra - Corumbá (MS) - A partir de 1775, a Coroa Portuguesa ordenou que se construísse fortificações militares, em alguns pontos do rio Paraguai, e o Forte de Coimbra foi o primeiro a ser erguido. Também durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), o Forte de Coimbra teve papel fundamental nas batalhas travadas tendo como pano de fundo as paisagens tranquilas do Pantanal. Atualmente, o Forte é administrado pelo Exército Brasileiro que decidiu pela visitação turística e tem como atrações a visita à parte alta da construção de onde se observa o rio Paraguai ao lado de antigos canhões, além do passeio à vila de moradores e à gruta Buraco do Suturno.
Forte de Santa Catarina - Cabedelo (PB) - É uma construção em alvenaria de pedra e cal concluída em 1597, sob a invocação de Santa Catarina de Alexandria, padroeira da Capela do Forte, e em homenagem a Dona Catarina de Portugal, Duquesa de Bragança. O imóvel, de propriedade da União, é administrado, desde 1992, pela Fundação Fortaleza de Santa Catarina.
Forte de Santa Cruz (Forte Orange) - Itamaracá (PE) - Conhecido como Forte Orange, é um dos testemunhos da ação portuguesa e holandesa em Pernambuco durante o período do Brasil Colonial. O monumento foi construído, em 1630, por militares holandeses da Companhia das Índias Orientais, e sofreu diversas mudanças em sua estrutura desde a restauração portuguesa de 1654, mudando seu nome para Forte de Santa Cruz. Erguido em pedra calcária e alvenaria de cal, o bem foi tombado pelo Iphan, em 1938, e é gerido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco. O Iphan reuniu informações sobre o Forte, em Orange/Itamaracá - Sítio Histórico Arqueológico que estão disponiveis para download.
Forte São João Batista do Brum - Recife (PE) - A origem do Forte remonta a 1595, quando os corsários ingleses, sob o comando de James Lancaster, o ergueram. Mais tarde, passaria por várias expansões e modificações. Uma delas, que marcou a sua história, foi a construção de Schans de Bruyne, pelos holandeses em 1630, um dos principais pontos de resistência para o cerco das forças luso-brasileiras, que ocorreu entre 1630 e 1635. Tombado pelo Iphan, em 1938, o bem pertence ao Exército Brasileiro e, atualmente, abriga um museu.
Forte São Tiago das Cinco Pontas - Recife (PE) - Originalmente construído em formato pentagonal, pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, em 1630, foi um elemento-chave para as defesas holandesas da cidade de Recife, sendo mantido sob o cerco pelos moradores de Pernambuco, durante 1630 a 1635. Reconstruído por moradores de Pernambuco, no final do século XVII, com layout retangular. Atualmente, funciona como o Museu da Cidade do Recife.
Forte dos Reis Magos - Natal (RN) - Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis pelo calendário católico. Desde 2014, a gestão do edifício foi transferida para o Iphan e com a Igreja de Santo Antônio, a Catedral, o Museu de Sobradinho e o Palácio do Governo, a fortificação integra um conjunto urbanístico de grande expressão em termos artísticos e histórico-culturais na cidade.
Forte de Príncipe da Beira - Costa Marques (RO) - Considerada a maior edificação militar portuguesa construída fora da Europa, no Brasil Colonial, fruto da política pombalina de limites com a Coroa Espanhola na América do Sul, definida pelos tratados firmados entre as duas coroas, entre 1750 e 1777. Inaugurado em 20 de agosto de 1783 para consolidar a ocupação na região disputada com os espanhóis. Atualmente, o Forte é ocupado pelas Forças Armadas, embora tenha ficado mais de 40 anos em estado de completo abandono.
Forte São João - Bertioga (SP) - Originalmente construído em 1532 para impedir que os indígenas utilizassem o Canal de Bertioga em ataques à cidade de Santos, foi o posto militar em que serviu o artilheiro alemão Hans Staden, autor de um dos primeiros relatos sobre a conquista da América. A partir daí, os moradores de São Vicente o usaram para expulsar os calvinistas franceses que haviam se instalado no Rio de Janeiro, em 1555. O Forte atual foi erguido, em 1750, no contexto de fixação das fronteiras com os países de colonização espanhola. Tombado em 1940, atualmente é a sede de um museu municipal.