Paisagem Urbana dos Séculos XVIII e XIX

O reconhecimento mundial da cidade deve-se, principalmente, ao fato de Ouro Preto constituir-se em um sítio urbano completo e pouco alterado em relação à sua essência, que é de formação espontânea a partir de um sistema minerador, seguido por uma marcada presença dos poderes religioso e governamental e pelas fortes expressões artísticas que se destacam por sua relevância internacional. Seu traçado urbano colonial mantém-se intacto. Os exemplares das arquiteturas religiosa e civil mais expressivos, bem como as suas obras de arte, encontram-se preservadas.

Ao longos dos anos, houve a expansão ao longo das estradas e entorno, mas com a manutenção da escala nas novas edificações, manteve-se sem alterações visíveis a paisagem urbana construída nos séculos XVIII e XIX. Do mesmo modo, estão preservados os monumentos da arquitetura religiosa e civil, como oratórios, capelas, pontes e chafarizes. Quanto às edificações de moradia e comércio, modificações internas inevitáveis têm sido permitidas desde que mantida a forma original de seus exteriores. As medidas de preservação adotadas pelo governo federal com apoio das administrações estadual e local têm mantido a integridade do bem cultural.

O valor extraordinário de Ouro Preto, traduzido na paisagem urbana que se consolidou ao longo dos séculos XVIII e XIX, mantém-se perfeitamente legível devido não só à estagnação econômica sofrida pela cidade na primeira metade do século XX, mas principalmente pelas medidas de proteção que se seguiram ao seu reconhecimento, em 1938, como patrimônio histórico e artístico nacional. Permanecem igualmente preservadas em sua autenticidade as edificações referenciais como os palácios, igrejas, fontes, pontes e a maioria das casas de comércio e residências do período colonial.

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