Dois Séculos de Disputas entre Portugal e Espanha

A origem do nome do Parque Nacional do Iguaçu, localizado no Estado do Paraná, vem do Guarani (i - água; guaçu - grande) e foi dada pelos índios Kaingang, antigos habitantes desse fantástico ecossistema. Em 1542, a área foi ponto de passagem das expedições espanholas que, comandadas por Dom Álvaro Nuñes Cabeza de Vaca, seguiam em direção à bacia do rio da Prata. Mais tarde, por volta do século XVII, o local acolheu importantes missões de padres jesuítas espanhóis. A região foi objeto de disputa entre Portugal e Espanha por mais de dois séculos.

Durante os séculos XVII e XVIII ocorreram inúmeros embates entre bandeirantes paulistas, com objetivo de escravizar os indígenas e expandir as fronteiras do império português; espanhóis, defendendo o território atribuído pelo Tratado de Tordesilhas; jesuítas, defendendo um projeto de evangelização e de organização social dos indígenas, que lhes assegurava uma certa autonomia e liberdade; e os índios, com a colaboração dos jesuítas, lutando contra a sanha exploratória dos dois primeiros.

A garantia de que esse território seria português e integrado ao mapa do Brasil veio com o Tratado de Madri (1750), celebrado entre Portugal e Espanha. Em 1765, foi sugerida a criação de um estabelecimento militar na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina para garantir o domínio português sobre a área. No entanto, na região, que continuou relegada e esquecida, ocorreram novos fatos ligados às disputas entre espanhóis e portugueses, numa saga que se arrastaria até fins do século XIX.

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