Floresta Atlântica, a Maior Biodiversidade da Terra
As florestas atlânticas são compostas por ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes, com exemplares que chegam a atingir 50 metros de altura, e grande diversidade de briófitas, cipós e epífitas, como bromélias e orquídeas. A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios, mamíferos e aves das mais diversas espécies. A vida é muito intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam formando uma camada contínua. Essa cobertura gera uma região de sombra que, por sua vez, cria o microclima típico sempre úmido e sombreado. Dessa forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats para a diversificada fauna.
A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia, havendo subdivisões do bioma em diversos ecossistemas devido a variações de latitude e altitude. São 250 espécies de mamíferos, 1020 de pássaros, 197 de répteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes que integram até hoje o bioma, sem contar os insetos, demais invertebrados, e, ainda, as espécies não descobertas pela ciência que podem habitar os trechos intactos de floresta. Outro número impressionante da fauna da região refere-se ao endemismo: das 1711 espécies de vertebrados que ali vivem, 700 são endêmicos (55 de mamíferos, 188 de aves, 60 de répteis, 90 de anfíbios e 133 de peixes).
Essas características a tornam o bioma com a maior biodiversidade da Terra. Por outro lado, em um bioma reduzido a cerca de 7% de sua cobertura original, é inevitável que a diversidade faunística esteja pressionada pelas atividades humanas. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Mata Atlântica abriga hoje 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil.