Monumentos e Espaços Públicos Tombados - Santo Amaro (BA)

Casa da Câmara e da Cadeia (atual Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores), Solar Paraiso (Solar do Conde de Subaé/Solar Araújo Pinho), Sobrado de Bitú (sobrado da Praça da Purificação) e Igreja de Nosso Senhor do Amparo (imóvel datado de 1817), entre outros bens.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação (Igreja Matriz de Santo Amaro) - A construção foi iniciada em 1706 e concluída no final deste século. Como sua construção demorou quase um século, houve uma adaptação aos modismos de cada época. Ampliada em 1750, a igreja só foi realmente concluída no final do século XVIII. No seu interior, modificado durante a década de 1920, destacam-se os forros com pintura ilusionista da nave e transepto, dez painéis figurados de azulejo, o acervo de imagens e alfaias.

Igreja Matriz de Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos - Construída em 1718, menos de uma década  depois, em 1726, estava parcialmente arruinada. A segunda igreja começou a ser construída em 1768, de acordo com planta do capitão engenheiro Nicolau de Abreu Carvalho. No seu interior estão quadros que retratam a vida de Nossa Senhora e do Menino Jesus, atribuídos a escola de José da Rocha, que fazem parte de um notável acervo de arte que inclui painéis de azulejos, a pintura de José Vicente na capela-mor e as imagens de Nossa Sra. de Oliveira e Nossa Sra. das Dores, em rocca, além do mobiliário em jacarandá.

Paço Municipal - Casa de Câmara e Cadeia - Atual Prefeitura Municipal de Santo Amaro. A povoação de Santo Amaro foi elevada a categoria de vila em 1727 e, neste mesmo ano, os oficiais da Câmara solicitam o apoio financeiro da coroa para a construção da Casa de Câmara e Cadeia, concluída em 1769. Em 1916 a sede da Imprensa Oficial da Vila passa a funcionar no prédio. Na década de 20, do século XX, a cadeia que funcionava no andar térreo desde a construção do prédio, foi transferida para outro local. O edifício foi construído à imagem e semelhança do Paço Municipal de Salvador.

Santa Casa de Misericórdia: prédio central - Atual Hospital Nossa Senhora da Natividade. Fundada em 1778, quando foi iniciada a construção do hospital, sob a invocação de Nossa Senhora da Natividade. O edifício recebeu um tratamento neoclássico, com dois pisos em torno de um pátio central, possuindo paredes de alvenaria mista de pedra e tijolo e divisórias em alvenaria de tijolo. Como outros edifícios de função hospitalar, possui uma planta de grande rigor formal, perfeitamente simétrica com relação ao eixo longitudinal. A capela conserva ainda belas imagens de rocca, além de lampadário de prata.

Museu do Recolhimento dos Humildes - Originou-se da construção, em 1793, de uma capelinha para louvar Nossa Senhora. Esse Recolhimento, único no interior da Província da Bahia, abrigava senhoras religiosas, viúvas, meninas órfãs, servas, escravas, pensionistas, filhas de senhores de engenho e meninas de destacadas famílias das redondezas e até de outros estados, que ficavam confinadas enquanto seus pais e maridos viajavam, ou como forma de punição por atos indevidos. Em 1817, D. João VI concedeu ao estabelecimento o direito de funcionar como escola para a educação do sexo feminino. O acervo é formado por cerca de 500 peças, entre arcas, baús, joias, imagens e alfaias da capela, e trabalhos artesanais produzidos pelas reclusas, como os bordados com fios de ouro e pedras preciosas.

Na igreja, estão a coroa de Nossa Senhora, o nicho onde ela se encontra e o crucifixo trabalhados em ouro e prata. A coleção de imagens em madeira policromada apresenta a Nossa Senhora Divina Pastora, o Passos da Paixão e o Cristo (no qual as gotas de sangue que escorrem do corpo são incrustações de pedras de rubi). O Museu dispõe de peças do ato litúrgico (cálice e patena) em ouro e prata, uma coleção de prataria onde pode ser observada a predominância do estilo Dona Maria I (rainha de Portugal), o carrilhão composto por sete sinos (contém a escala musical e ainda é ouvido diariamente na hora do Ângelus), pinturas, objetos de opalina, e ourivesaria.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/iphan e IBGE

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